Livros em 2016 – Parte II

Lembram-se da lista dos 16 livros para 2016?

Lá no início do ano eu havia criado uma lista com 16 livros que leria no decorrer do ano e muitos leitores me apresentaram suas listas pessoais.

Espero que vocês tenham conseguido manter o foco, pois eu não consegui.

No desenrolar do ano mudei algumas leituras por vários motivos. Por vezes, o livro que havia escolhido não foi fácil de encontrar para compra, em outras vezes olhava para na estante mas protelava a leitura e em alguns casos (boa parte deles) decidi ler algo que me indicaram.

De qualquer forma, serão 16 (ou mais) livros para esse ano. Meses atrás postei Livros em 2016 – Parte I, com quatro resenhas e hoje venho trazer minhas considerações sobre outros cinco livros.

5. 1Q84 – Parte III

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Sinopse – No último volume da trilogia Haruki Murakami, os protagonistas Tengo e Aomame continuam presos ao mundo paralelo de 1Q84, “onde coisas estranhas podem acontecer”. Eles precisam escapar não só dessa terrível realidade alternativa, em que duas luas pairam no céu, mas também da ameaça do chamado Povo Pequenino e de um sinistro grupo religioso em busca de um acerto de contas. E terão em seu encalço um implacável detetive, que se aproxima cada vez mais do esconderijo de Aomame, enquanto desvenda a real conexão entre ela e Tengo.

Autor – Haruki Murakami

Minhas impressões – Leiam a resenha aqui.

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6. Reunião de Heróis

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Sinopse – Estes são tempos difíceis para os habitantes de Morlômbia! Depois de meio século de guerra, o Rei Travis morre em batalha e é sucedido pelo seu primo Fallow, um tirano que apenas se preocupa com o poder, devastando tudo e todos em busca do que quer. Annabelle, irmã de Travis, fica em perigo de vida e escapa da cidade de Madrasis rumo ao imponente Elmo do Martelo, uma fortaleza escondida nas montanhas, para proteger os Morlombos dos invasores Ingols. Com a chegada iminente da guerra civil, cada um dos lados esforça-se por reunir aliados e conquistar a sua lealdade. Mas quem serão os heróis dispostos a lutar por cada um dos pretendentes ao trono de Morlômbia?

Autor – Ricardo Formigo

Minhas impressões – Esse foi um livro que ganhei do autor e fiz uma resenha especial, que você pode encontrar aqui.

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7. Os Imortais de Meluha – Trilogia Shiva

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Sinopse – A trilogia nos traz a história de Shiva, um homem que viveu cerca de 4.000 anos atrás, cujas aventuras eram tão grandiosas que as pessoas começaram a pensar nele como um Deus. A terra de Meluha, criada por um dos maiores monarcas, Lorde Rama, é um império cercado de perigos e ameaças, como a extinção do rio Saraswati reverenciado pelo povo, e que agora está lentamente secando. Eles também enfrentam ataques terroristas devastadores vindos do leste, a terra dos Chandravanshis. Para complicar ainda mais as coisas, estes parecem ter se aliado aos Nagas, uma linhagem de verdadeiros guerreiros que vivem à parte da sociedade em razão de suas deformidades físicas. A única esperança para os Suryavanshis é uma antiga lenda: Quando o mal atinge proporções épicas, quando tudo parece perdido, quando parece que os teus inimigos triunfaram, um herói vai emergir. Shiva é um rústico imigrante tibetano ou realmente esse herói? E afinal, ele quer ser esse herói? Este é o primeiro volume da trilogia sobre Shiva, o homem simples cujo carma o transformou em o Deus dos Deuses.

Autor – Amish Tripathi

Minhas impressões – Esse livro me levou por vários caminhos de reflexão.

O primeiro deles foi passar a entender que tenho um problema com capas de livros. Geralmente tenho um pé atrás com capas como essas.  Capas que trazem fotos tratadas ou montadas, para ilustrar um livro de romance, me incomoda. Sei que não deve se julgar um livro pela capa, mas é difícil de me desvencilhar desse preconceito. Mas o que me importa realmente é o interior desse fantástico livro. Uma maravilhosa indicação de Susie Derkins.

Romances históricos são os meus preferidos. A história de Artur, de Azincourt, de Uhtred, de Thomas, Sharpe e tantos outras apresentada por Cornwell nos dá uma linda visão sobre a história da Inglaterra e as famosas guerras que esse país travou.

Já Conn Iggulden nos mostrou um pouco sobre o caminho de Julio Cesar e Roma, e da família de Gengis Khan.

Esse livro nos abre uma janela para vislumbrar um pouco sobre a formação da Índia e as lendas que formaram-se ao redor das ações de Shiva. O Oriente para mim é bem misterioso. Pouco sei sobre essa região e são poucos os autores  orientais que li.

Foi ótimo ter lido algo de Amish Tripathi. A narrativa é simplista, e quem procurar grandes descrições de batalhas entre os povoados indianos, se arrependerá um pouco. O autor opta por simplificar seu texto, nos levando pelos acontecimentos de forma leve e direta.

Eu gostei muito de ver o sofrimento do Lorde Shiva. Um rapaz, líder de um clã do Nepal, de repente se vê como cumpridor de uma profecia milenar.

Incomodado com o papel que querem que ele desempenhe e totalmente convencido de que é alguém passível de erros como qualquer ser humano, vemos Shiva tendo que lidar com suas decisões e seus medos.

O primeiro volume nos mostra uma cidade bem avançada chamada Meluha. Há discussões bem interessantes sobre Karma, e algumas atitudes religiosas da índia são abordadas aqui. O livro é muito bom e a leitura é bem agradável. O clima heróico da trama nos faz ler com atenção mesmo que a trama seja despretenciosa.

Me empolguei com o final e agora quero ler o segundo volume, mas acho que ficará para o próximo ano, pois ainda tenho 6 livros pela frente.

Notanota 4

8 – O Triste Fim do Pequeno Menino Ostra e Outras Histórias

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Sinopse O livro O triste fim do pequeno Menino Ostra, com poemas do autor e ilustrações de próprio punho, procura mostrar de forma livre seu imaginário. Nessa obra, em que as ilustrações evocam a doçura e a tragédia da vida, Burton apresenta uma galeria de personagens infantis peculiares. Incompreendidos e desajustados, eles lutam para encontrar amor e aceitação em um mundo cruel.

Autor – Tim Burton

Minhas impressões – Tim Burton. A obra desse autor fala por si só. Porém, o pequeno livro O triste fim do pequeno menino Ostra e outras histórias não empolga em nenhum momento.

O livro traz contos bem curtos 2 ou 5 páginas apresentando vários tipos de garoto e garotas. Existe o Menino Palito, o bebê Ancora, a Menina Trash, o Menino Brie, a Rainha Alfineteira e por ai vai. Qualquer coisa que possa ser um garoto ou uma garota, poderia fazer parte desse livro.

Achei bem desinteressante o livro todo.

Um exemplo é a história do Menino Brie onde rola uma rima, uma piada mais inocente, mas é bem sem graça.

Menino Brie tinha às vezes um sonho profecia. De seu rosto inteiro só iria sobrar uma fatia. Para os meninos aquilo não fazia lé com cré. Foi assim que Brie se deu bem com o vinho Chardonnay.

O que me chamou atenção forma as ilustrações feitas pelo próprio Tim Burton. São bem bonitas.

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9 – Wild Cards – O Começo de Tudo

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Sinopse Depois de criar um mundo em As Crônicas de Gelo e Fogo com mais de 20 milhões de cópias vendidas, George R. R. Martin estabelece um novo conceito de Super Heróis.

Há uma história secreta do mundo, uma história em que um vírus alienígena atingiu a Terra no final da Segunda Guerra Mundial, fortalecendo um grupo de sobreviventes com poderes extraordinários. Alguns foram chamados Ases – aqueles com habilidades físicas e mentais sobre-humanas. Outros foram denominados Curingas – amaldiçoados com bizarra deficiência mental ou física. Alguns usaram seus talentos a serviço da humanidade. Outros para o mal. Wild Cards é a sua história.

Publicado originalmente em 1987, Wild Cards traz, além do próprio George R. R. Martin, poderosos contos de Roger Zelazny, Walter Jon Williams, Howard Waldrop e Lewis Shiner.

Autor – G. R. R. Martin

Minhas impressões – Logo de cara eu classificaria Wild Cards como a história de heróis de G. R. R. Martin e seus amigos.

A saga Wild Cards é um grande ícone na história da cultura nerd, principalmente para os fãs de RPG. Confesso que na minha inf6ancia eu nunca fui fã do sistema GURPS, um sistema de role play game (RPG) que desembarcou no Brasil no início dos anos 90.

Quando entrei para esse mundo, em 92/93 adquiri um jogo da grow chamado Dragon Quest, que trazia as regras do famoso Dungeons & Drangons, e aí foi paixão à primeira vista.

Mas por que estou falando de RPG em um post sobre o livro que conta com a participação de Martin?

G. R. R. Martin criou um cenário para jogar RPG com seus amigos escritores. Porém, o hobby começou a ganhar força e tomar muito , mas muito tempo de todos eles (Sim, isso acontece com todos que jogam RPG). Foi então que eles decidiram escrever sobre personagens daquele cenário apocalíptico, o que deu origem ao compilado de contos chamado Wild Cards.

A premissa do livro é simples. Uma bomba alienígena explode no planeta Terra e algumas pessoas passam a desenvolver poderes, capacidades e aparências totalmente estranhas.

Se você foi agraciado apenas com poderes, como ter ganho asas de anjo e resplandecer você é considerado um Ás.

Agora se o que você ganhou te deformou, você é considerado um Coringa. De qualquer forma todos são considerados Cartas Selvagens, do original Wild Cards.

O livro reúne vários contos, e nos apresentam vários personagens e situações. Como é o primeiro volume o clima é de introdução ao cenário e aos personagens. Você passa a entender até onde vai o poder desses seres e como eles mudaram o modo como vemos o Mundo.

Sim, esses personagens estão inseridos no nosso mundo. Eles tiveram participação efetiva na Segunda Guerra Mundial. Um deles até se tornou galã de Hollywood. Porém, será possível que essas Cartas Selvagens vivam felizes com seus dons, ou se torturem por causa de sua maldição?

Eu gostei muito do livro e o modo como ele é disposto. De longe, sou fã do personagem criado por Martin. o Tartaruga. Ele é a verdadeira essência do Super-Herói. É uma espécie de Peter Parker . Gostei muito dele e do modo como o personagem decide usar seus poderes.

Teremos personagens que usa os poderes para o bem, para o mal, para si próprio ou para o governo. Há uma infinidade possibilidades a serem desenvolvidas. E isso é bem a cara do Martin.

Ele não escreve todos os contos, mas nem por isso a trama deixa de ser fascinante. Há personagens que não me cativaram, então por isso a nota 4.

Nota – nota 4

E vocês, o que leram até o momento?

1 Comentário

  1. 21 de outubro de 2016    

    Eu não sei porque ainda venho aqui com esperanças de encontrar Fronteiras do Universo entre os livros lidos… U.u
    Me interessei por essa trilogia Shiva (mas tenho esse mesmo preconceito com a capa, hahaha).

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