Essa é a continuação da série de post “As Histórias da Velha Ama”.

Para aqueles que ainda não leram a primeira parte das histórias da Velha Ama, clique aqui

Vamos lá…Dessa vez abordarei as histórias da pequena anciã que tratam sobre o outro lado da Muralha, sobre os Filhos da Floresta, a Era dos Heróis e os Outros.

As histórias da Velha Ama drunkwookieblogMais uma vez chamo a atenção de vocês para a dimensão de conhecimento que a Velha Ama tem.

Além de conhecer muito sobre histórias da época de “Depois do Desembarque de Aegon” (DDA), ela sabe coisas anteriores, anteriores a chegada dos Targaryen a Westeros…

Dessa vez agrupei as histórias sobre assuntos, uma vez que a maioria é sobre habitantes para-lá-da-Muralha e o agrupamento geográfico ficaria sem sentido.

No final deixarei as dúvidas que me surgiram, e no próximo post tentarei teorizar sobre essas dúvidas.

Histórias sobre o outro lado da Muralha

 É sobre o outro lado da Muralha que a Velha Ama mais fala aos garotos Stark. Gigantes, mamutes, caminhantes brancos e suas aranhas de gelo, etc…

Inicialmente, quando lemos as historias dela em A Guerra dos Tronos e A Fúria dos Reis, nos parece tudo fantasia ou histórias antigas para assustar crianças. Mas à medida que a trama se desenvolve, começamos a ver que tudo aquilo é real.

 As histórias que a velha Ama contava, era tudo o que os Stark sabiam sobre os selvagens

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Eram selvagens de Westeros, vindos de um sítio chamado Durolar. Um velho sítio arruinado, amaldiçoado. — A Velha Ama contara‐lhe histórias sobre Durolar, em Winterfell, na época em que ainda era Arya Stark. — Depois da grande batalha onde o Rei‐para‐lá‐da‐Muralha foi morto, os selvagens fugiram, e uma bruxa da floresta disse que se fossem para Durolar viriam navios levá‐los para um lugar quente.  A Dança dos Dragões, capitulo 45 – A Garota Cega

Essa história sobre Durolar é verdadeira. É sobre Durolar que Jon está falando momentos ante de ser traído.

E sim, muitos selvagens estão aguardando navios para leva-los a lugares mais quentes. Esses barcos são de escravagistas, que se aproveitam da situação, levando todos os selvagens possíveis para serem vendidos como escravos depois.

Robb pensava que se tratava de um selvagem, com a espada a serviço de Mance Rayder, o Rei-para- lá-da-Muralha. Pensar nisso fazia a pele de Bran formigar. Lembrava-se das histórias que a Velha Ama lhes contava à lareira. Os selvagens eram homens cruéis, dizia, escravagistas, assassinos e ladrões. Faziam amizade com gigantes e vampiros, raptavam meninas pela calada da noite e bebiam sangue por cornos polidos. A Guerra dos Tronos, capitulo 1 – Bran I

 Ainda que haja um tom fantasioso nas histórias da anciã, percebam que a essência das informações se mostraram verdadeiras.

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– Ele era um selvagem – disse Bran. – Eles roubam mulheres e vendem-nas aos Outros. Seu pai sorriu.

– A Velha Ama tem andado outra vez a lhe contar histórias. Na verdade, o homem era um insurreto, um desertor da Patrulha da Noite.  A Guerra dos Tronos, capitulo 1 – Bran I

A Ama também sabia sobre todos os antigos Reis-para-lá-da-Muralha.

– Os selvagens já invadiram o reino antes – Jon ouvira histórias tanto da Velha Ama como de Meistre Ludwin, em Winterfell. – Raymun Barba-Vermelha os levou ao sul nos tempos do avô do meu avô, e antes dele houve um rei chamado Bael, o Bardo.

– Sim, e muito antes deles houve Lorde Chifrudo e os reis irmãos Gendel e Gorne, e nos tempos antigos Joramun, que soprava o Berrante do inverno e evocava gigantes da terra. Cada um desses homens teve sua força quebrada na Muralha, ou foi quebrado pelo poder de Winterfell, do outro lado… A Furia dos Reis, capitulo 23, Jon III

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 Até o segundo livros, achávamos que os Gigantes, eram apenas invenções da velha, que queria assustar Bran e Rickon. Depois, tivemos certeza de que eles existiam.

— Wun Wun parecia‐se muito pouco com os gigantes nas histórias da Velha Nan, aquelas enormes criaturas selváticas que misturavam sangue nas papas matinais e devoravam touros inteiros, com pelagem, cornos e tudo. A Dança dos Dragões, capitulo 39, Jon VIII

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Nas histórias da Velha Ama, os gigantes eram homens muito grandes que viviam em castelos colossais, lutavam com espadas enormes e andavam por aí calçados com botas grandes o suficiente para um garoto se esconder lá dentro. Mas aqueles eram outra coisa, mais semelhantes a ursos do que a humanos, e tão peludos como os mamutes que montavam.

Muralhas, portas, salões, degraus, tudo era construído em uma escala desumana, que fazia com que Arya recordasse as histórias que a Velha Ama costumava contar a respeito dos gigantes que viviam para lá da Muralha. A Furia dos Reis, capitulo 26 – Arya VI

Outros seres fantásticos e misteriosos faziam parte dos contos da Velha Ama. Como por exemplo os troca-peles e warg,  

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 O lugar dos troca-peles e wargs eram as histórias da Velha Ama, não o mundo onde tinha vivido toda a vida. Mas ali, naquela estranha e erma região de rocha e gelo, não era difícil acreditar. A Furia dos Reis, capitulo 53 – Jon VII

Podemos perceber ue todos Stark souberam pela Velha Ama da existencia dessa habilidade misteriosa.

Warg. Transmorfo. Lobisomem. É como o chamarão, se alguma vez ouvirem falar dos sonhos de lobo.

Os nomes deixaram-no de novo com medo.

– Quem me chamará disso?

– Seu próprio povo. Com medo. Alguns vão odiá-lo se souberem o que é. Alguns tentarão até mesmo matá-lo.

A Velha Ama às vezes contava histórias assustadoras sobre lobisomens e transmorfos. Nas histórias, eles eram sempre malignos.

– Eu não sou assim – Bran protestou. – Não sou. São só sonhos. A Furia dos Reis, capitulo 35 – Bran V

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Existe uma diferença entre troca-peles e warg, que é abordada nesse post. Caso tenham interesse cliquem aqui.

Chegamos agora no clímax das histórias da Velha Ama. Agora trataremos sobre as histórias que falam sobre Os Outros e os Heróis da Era dos Heróis.

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Como a Velha Ama conhece tanto assim? Meistre Ludwin, um erudito, sabe também sobre essas histórias, mas percebam que quando ele fala é algo mais cético. Somente através da Velha Ama que sentimos uma abordagem amis real das histórias. E como essa Velha de cento e poucos anos pode saber de tudo isso?

Sobre isso falarei depois.

A Era dos Heróis aconteceu a 8000 anos atrás. Nessa Era tivemos vários heróis.

Como Symeon Olhos-de-Estrela

– Havia um cavaleiro que não enxergava – disse teimosamente Bran, enquanto Sor Rodrik continuava a ofender os rapazes lá embaixo. – A Velha Ama contou-me.

Tinha uma haste longa com lâminas nas duas extremidades que podia fazer rodopiar com as mãos e cortar dois homens ao mesmo tempo.

– Symeon Olhos-de-Estrela – disse Luwin enquanto anotava números num livro. – Quando perdeu os olhos, pôs safiras em forma de estrelas nas órbitas vazias, ou pelo menos é o que afirmam os cantores. Bran, isso é só uma história, como os contos de Florian, o Tolo. Uma fábula da Era dos Heróis – o meistre soltou um estalido

com a língua. – É preciso que ponha esses sonhos de lado, só vão lhe partir o coração. A Guerra dos Tronos, capitulo 66 – Bran VII

Outros nomes conhecidos dessa Era, eram O Rei da Noite, Brandon o Construtor  e Joramun

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 As sombras que se reuniam lembraram a Bran outra das histórias da Velha Ama, a história do Rei da Noite. Tinha sido o décimo terceiro homem a liderar a Patrulha da Noite, dizia ela; um guerreiro que não conhecia o medo.

– E esse era o seu defeito – acrescentava —, pois todos os homens devem conhecer o medo. – Sua perdição havia sido uma mulher; uma mulher vislumbrada do topo da Muralha, com a pele branca como a lua e olhos que eram como estrelas azuis. Sem nada temer, ele perseguiu-a, pegou-a e amou-a, embora a pele dela fosse fria como gelo, e quando lhe entregou a sua semente, entregou também sua alma.

“Trouxe-a de volta para Fortenoite e proclamou-a rainha e a si o seu rei, e com estranhas feitiçarias prendeu os Irmãos Juramentados aos seus desígnios. Governaram durante treze anos, o Rei da Noite e sua rainha cadáver, até que por fim o Stark de Winterfell e Joramun dos selvagens se aliaram para libertar a Patrulha da servidão. Após a sua queda, quando se descobriu que o Rei da Noite tinha andado fazendo sacrifícios aos Outros, todos os registros que se referiam a ele foram destruídos e até seu nome foi proibido.

“Alguns dizem que era um Bolton – concluía sempre a Velha Ama. – Alguns falam de um Magnar de Skagos, outros dizem Umber, Flint ou Norrey. Alguns querem nos convencer de que era um Woodfoot, membro da família que governava a Ilha dos Ursos antes da chegada dos homens de ferro. Mas não era. Era um Stark, o irmão do homem que o derrubou. – Então dava sempre um beliscão no nariz de Bran, ele nunca esqueceria disso. – Era um Stark de Winterfell, e quem sabe? Talvez seu nome fosse Brandon. Talvez dormisse nesta mesma cama, neste mesmo quarto.” A Tormenta de Espadas, capitulo 56 – Bran IV

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Mas o Herói mais conhecido, também chamado de o Ultimo Herói era Azor Ahai.

Tudo em que Bran conseguiu pensar foi na história da Velha Ama sobre os Outros e o último herói, perseguido através dos bosques brancos por mortos e aranhas tão grandes como cães de caça. Sentiu medo por um momento, até se lembrar de como a história terminava.

 O ultimo grande herói fadado a enfrentar os Outros.

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– Ah, minha querida criança de verão – disse a Velha Ama em voz baixa -, que sabe de medo? O medo pertence ao inverno, meu pequeno senhor, quando as neves se acumulam até três metros de profundidade e o vento gelado uiva do norte. O medo pertence à longa noite, quando o sol esconde o rosto durante

anos e as crianças nascem, vivem e morrem sempre na escuridão, enquanto os lobos gigantes se tornam magros e famintos, e os caminhantes brancos se movem pelos bosques.

– Você está falando dos Outros – Bran falou, como que se lamentando.

– Os Outros – concordou a Velha Ama. – Há milhares e milhares de anos, caiu um inverno que era mais frio, duro e infinito que qualquer outro na memória do homem. Chegou uma noite que durou uma

geração, e tanto tremeram e morreram os reis em seus castelos como os criadores de porcos em suas cabanas. As mulheres preferiram asfixiar os filhos a vê-los passar fome, e choraram, e sentiram as lágrimas congelarem em seu rosto – a voz e as agulhas calaram–se, ela olhou Bran com seus olhos claros e velados e perguntou: – Então, criança? Este é o tipo de história de que gosta?

– Bem… – disse Bran com relutância – sim, só que…

A Velha Ama acenou com a cabeça.

– Nessa escuridão, os Outros vieram pela primeira vez – a velha começou, enquanto as agulhas faziam clic, clic, clic. – Eram coisas frias, mortas, que odiavam o ferro, o fogo, o toque do sol e todas as criaturas com sangue quente nas veias. Arrasaram fortificações, cidades e reinos, derrubaram heróis e exércitos às centenas, montando seus pálidos cavalos mortos e liderando hostes de assassinados. Nem todas as espadas dos homens juntas logravam deter seu avanço, e até donzelas e bebês de peito neles não encontravam piedade. Perseguiam as donzelas através de florestas congeladas e alimentavam seus servos mortos com a carne de crianças humanas. A voz da Ama tinha se tornado muito baixa, quase um sussurro, e Bran deu por si inclinando-se para a frente para ouvir.

– Esses foram os tempos antes da chegada dos ândalos, e muito antes de as mulheres terem fugido das cidades do Roine através do mar estreito, e os cem reinos desses tempos eram os reinos dos

Primeiros Homens, que tinham tomado estas terras dos filhos da floresta. Mas aqui e ali, nos bosques mais densos, os filhos ainda viviam em suas cidades de madeira e colinas ocas, e os rostos das árvores mantinham-se vigilantes. E assim, enquanto o frio e a morte enchiam a terra, o último herói decidiu procurar os filhos da floresta, na esperança de que sua antiga magia pudesse reconquistar aquilo que os exércitos dos homens tinham perdido. Partiu para as terras mortas com uma espada, um cavalo, um cão e uma dúzia de companheiros. Procurou durante anos, até perder a esperança de chegar algum dia a encontrar os filhos da floresta em suas cidades

secretas. Um por um os amigos morreram, e também o cavalo, e por fim até o cão, e sua espada congelou tanto que a lâmina se quebrou quando tentou usá-la. E os Outros cheiraram nele o sangue quente e seguiram-lhe o rastro em silêncio, perseguindo-o com matilhas de aranhas brancas, grandes como cães de caça… A Guerra dos Tronos, capitulo 24 – Bran IV

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Lembrou-se de uma história que a Velha Ama tinha contado um dia, sobre um homem aprisionado num castelo escuro por gigantes malvados.

Era muito corajoso e inteligente, enganou os gigantes e escapou… Mas, assim que saiu do castelo, os Outros o capturaram e beberam seu sangue quente e vermelho. A Furia dos Reis, capitulo 9 – Arya III

Se prestarmos atenção nas histoias da Ama, ela sabe muito sobre os Caminhantes Brancos, sobre seus poderes e suas fraquezas.

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Basta os Stark acreditarem nela.

Sem o lobo gigante, Jon sentiu-se quase nu. Deu por si olhando para cada sombra com desconforto. Involuntariamente, pôs-se a recordar as histórias que a Velha Ama costumava contar quando era pequeno em Winterfell. Quase conseguia ouvir de novo sua voz, e o clicclic-clic de suas agulhas. Naquela escuridão, os Outros atacaram, costumava dizer, com a voz cada vez mais baixa.

Eram frios e estavam mortos, e odiavam o ferro, e o fogo, o toque do sol, e todas as criaturas vivas que possuíssem sangue quente nas veias. Os castelos, as cidades e os reinos dos homens caíram perante eles à medida que iam se deslocando para o sul sobre pálidos cavalos mortos, à frente de hostes de cadáveres. Alimentavam os criados mortos com carne de crianças humanas…A Tormenta de Espadas, capitulo 64 – Jon VIII

Uma historia interessante, seria sobre como os Outros conseguem seus filhos. E tudo indica que os Selvagens os ajudaram a muito tempo atras.

E suas mulheres deitavam-se com os Outros durante a Longa Noite e geravam terríveis crianças meio humanas. A Guerra dos Tronos, capitulo 1 – Bran I

Os Filhos da Floresta também fazem parte dos contos sombrios da Velha Ama.

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– Os homens verdes montam alces, costumava dizer a Velha Ama. Às vezes também têm chifres. A Tormenta de Espadas, capitulo 16 – Bran II

Esse povo foi dado como morto ha muito tempo…

Os filhos da floresta podiam lhe dizer uma coisa ou duas a respeito dos sonhos.

Corriam lágrimas pelo rosto do meistre, mas ele sacudiu a cabeça teimosamente.

– Os filhos… sobrevivem apenas em sonhos. Hoje. Mortos e enterrados. Chega, já chega. Agora as ataduras.

Unguentos e depois as faixas, e aperte-as bem, porque vai sangrar.

– A Velha Ama diz que os filhos conheciam as canções das árvores, que podiam voar como aves e nadar como peixes e falar com os animais – disse Bran. – Diz que criavam música tão bela que nos faziam chorar como bebes so de ouvir. A Guerra dos Tronos, capitulo 66 – Bran VII

A Velha Ama parece considerar um povo amistoso, os Filhos da Floresta.

– Os filhos o ajudarão – Bran exclamou -, os filhos da floresta!

Theon Greyjoy soltou um riso abafado, e Meistre Luwin disse:

– Bran, os filhos da floresta morreram e desapareceram há milhares de anos. Tudo o que deles resta são as caras nas árvores. A Guerra dos Tronos, capitulo 24 – Bran IV

E muitos nem acreditam que eles realmente viveram…

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– Há coisas mais escuras para lá da Muralha – ela olhou de relance a árvore-coração às suas costas, a casca clara e os olhos vermelhos, observando, escutando, pensando seus longos e lentos pensamentos. O sorriso dele era gentil.

– Você ouve em demasia as histórias da Velha Ama. Os Outros estão tão mortos como os filhos da floresta, desaparecidos há oito mil anos. Meistre Luwin lhe diria que nunca sequer chegaram a estar vivos. Nenhum homem vivo alguma vez viu um. A Guerra dos Tronos, capitulo 2 – Catelyn I

Mas foi após atravessar a Muralha que Bran descobriu que a Velha Ama estava mais uma vez, certa.

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— É uma criança. Uma filha da floresta. — Estremeceu, tanto de espanto como de frio. Tinham caído numa das histórias da Velha Ama. —Os Primeiros Homens deram-nos esse nome. A Dança dos Dragões, capitulo 13, Bran II

Fora todo esse conhecimento, que muitos podem até mesmo dizer: Ela sabe tudo isso por que é Velha. Meistre Ludwin também sabe muita coisa.

Sim. Eu concordo. Mas o conhecimento da Velha Ama vai além da simples informação. Ela sabe de coisas que não estão nos livros.

Ela sabe até da relação dos Corvos com os Filhos da Floresta.

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— Todas as aves têm nelas cantores?

— Todas — dissera o Lorde Brynden. — Foram os cantores que ensinaram os primeiros homens a enviar mensagens por corvo… mas nesses tempos as aves diziam as palavras. As árvores recordam, mas os homens esquecem, e por isso escrevem as mensagens em pergaminho e atam-nas em volta de patas de aves que nunca partilharam a sua pele.

Bran lembrara-se de que a Velha Ama lhe contara uma vez a mesma história, mas quando ele perguntou a Robb se seria verdade, o irmão riu e perguntou se ele também acreditava em gramequins. A Dança dos Dragões, capitulo 34 – Bran III.

Não há como negar. É através da Velha Ama de Winterfell que Martin “alimentou” nossa imaginação nesses 5 livros.

Tudo o que ela disse se fez verdade até o momento. Será que algo que a Velha Ama disse é mentira? Eu acredito que não.

E é por isso, que mais uma vez minha teoria sobre o futuro de Bran clique aqui para saber mais ganha forças. Quando eu leio outra história da Velha Ama, citada por Jon Snow, duas vezes, tenho certeza que veremos um dragão de gelo.

O vento soprava em rajadas, frio como o hálito do dragão de gelo nas histórias que a Velha Ama contara a Jon em rapaz. A pesada gaiola balançava. De tempos a tempos raspava contra a Muralha, dando origem a pequenos chuveiros cristalinos de gelo que cintilavam à luz do sol ao cair, como estilhaços de vidro partido. A Dança dos Dragões, capitulo 35, Jon VII

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Mas o vento soprava do leste ao longo da Muralha, frio como o hálito do dragão de gelo nas histórias que a Velha Nan contava. Até o fogo de Melisandre tremia; A Dança dos Dragões, capitulo 17, Jon IV

Conclusão

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Espero que todos tenham gostado da compilação de histórias da Velha Ama. Eu acredito nessas histórias, e creio que Martin dará vida a todas elas. Como a própria Velha Ama diz… essas histórias não são dela. As histórias são de Westeros, de antigas eras.

– Não quero mais histórias – Bran exclamou, com petulância na voz. Antes, ele gostava da Velha Ama e de suas histórias. Antes. Agora era diferente.

Agora a deixavam junto dele o dia inteiro, para vigiá-lo, limpá-lo e evitar que se sentisse só, mas ela só tornava as coisas piores. – Detesto suas histórias estúpidas.

A velha mulher mostrou-lhe um sorriso sem dentes. – Minhas histórias? Não, meu pequeno senhor, minhas, não. As histórias são, antes de mim e depois de mim, e antes de você também. A Guerra dos Tronos, capitulo 24 – Bran IV

Deixei para o final uma passagem interessante… sobre os Dragões de Daenerys.

Um momento interessante foi quando Bran indagou um Septão sobre o significado do cometa. E depois conversou com a Velha Ama.

Advinham quem acertou?

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Bran tinha perguntado ao Septão Cheyle sobre o cometa, enquanto organizavam alguns rolos salvos do incêndio da biblioteca. – E a espada que mata a estação – o septão respondera, e pouco tempo depois chegava o corvo branco de Vilavelha, trazendo a notícia sobre o Outono, portanto ele tinha razão.

Mas a Velha Ama achava que não, e ela vivera mais tempo do que qualquer um dos outros.

— Dragões – ela disse, erguendo a cabeça e fungando. Estava quase cega, e não conseguia ver o cometa, mas se dizia capaz de cheirá-lo. – São dragões, menino – insistiu. A Furia dos Reis, capitulo 4, Bran I

Gosto muito do persnagem da Velha Ama. Ela é responsável por plantar em cada um de nós, leitores, uma semente.

E quando vimos gigantes, mamutes, dragões, wargs e os Outros, (algo muito diferente desse lado da Muralha) aceitamos a novidade.

Passamos muitos momentos dizendo; A Velha Ama já tinha dito isso.

E agora, passamos a acreditar em tudo o que ela disse. Só nos resta saber quando e como suas histórias ganharão vida novamente.

Outro post sobre a velhinha?

Preciso de mais um post para finalizar tudo que acho sobre a Velha Ama.

Pois é claro que essa com pesquisa, fiquei com dúvidas na minha cabeça.

1- A Velha Ama tem mais de 100 anos. Qual a origem dela? Quem ela pode ter conhecido que ainda não sabemos?

2- Quem é Walder, e por que ele repete Hodor incessantemente?

3- Como ela pode conhecer tanto assim sobre Westeros? Uma simples ama de leite da Casa Stark poderia saber tanto assim? Como ela aprendeu isso? Será que foi por algum meio que desconhecemos?

4- Por que ela acha os corvos mentirosos?

Essas dúvidas, tentarei responder no próximo post. São suposições, com base em algumas evidências encontradas na obra de Martin.

Eu não consigo parar de revisitar As Cronicas de gelo e Fogo. E a culpa é da Velha Ama.

Ela costumava dizer que as velhas histórias são como velhos amigos. Temos de visitá-las de vez em quando. A Tormenta de Espadas, capitulo 7 – Catelyn I