13 Livros para 2013
“Nem só de G. R. R. Martin vive o homem”.
Após ficar temporariamente órfão de As Crônicas de Gelo e Fogo, até 2014 tem muito tempo para ficar ocioso… e tenho muitos livros na estante que ainda não li.
Às vezes compro pela internet quando vejo alguma boa promoção, às vezes ganho de algum amigo, e outras vezes compro em sebos.
Só que os livros acabam se acumulando, e eu sempre me pego pensando: “Não tenho nada para ler”.
Então resolvi me organizar, e nesse ano já escolhi os livros que lerei em 2013. E parece que vai dar certo.
Vou me propor a ler 13 livros.
Como são vários livros interessantes, então tive que criar um parâmetro de escolha…
Busquei priorizar autores de nacionalidades diversificadas, pois ultimamente todos livros que estava lendo eram de autores ingleses. Pode parecer besteira, mas autores de uma mesma nacionalidade tendem a escrever sutilmente de forma parecida.
Mesmo assim, os ingleses ainda estão entre os livros que escolhi… mas não posso dizer que não tentei…
A medida que eu for lendo, atualizarei o post e adicionarei minhas impressões sobre o livro.
Espero ter escolhido bons livros e que sirva de dica pára quem estiver a procura de uma leitura para passar o tempo…
1Q84
Autor: Haruki MURAKAMI
Nacionalidade: Japonesa
Ano: 2009
Sinopse
Duas histórias em paralelo se cruzam numa história cheia de mistério e eventos surreais. De um lado, Aomame, uma assassina profissional, suspeita estar em um mundo paralelo. De outro, Tengo, um aspirante a escritor, se envolve com um projeto de reescrever um livro misterioso escrito por uma estranha jovem chamada Fukaeri.
À medida em que as histórias vão se alternando, Aomame continua a perceber diferenças sutis na realidade. Já Tengo, aos poucos, passa a reparar em estranhas semelhanças entre a ficção fantasiosa de Fukaeri e a realidade, além de perceber que parece correr algum tipo de perigo quando se vê envolvido com uma misteriosa seita. De forma alternada, Murakami narra duas histórias que aos poucos convergem.
O que esperar?
Um título curioso. 1Q84. A letra q em japonês tem o mesmo som que o número 9. Um trocadilho para se referir a um mundo paralelo.
O único autor japonês que já li foi Eiji Yoshikawa, autor de Musashi e gostei do modo como ele retratou o Japão na Era dos Xoguns.
Pensei que seria interessante ver como o Japão dos anos 80 seria retratado. Fora isso não sei explicar por que me interessei pelo livro, mas resolvi compra-lo.
Eu sou fascinado por realidades paralelas. Matrix, Fringe, Alice no País das Maravilhas, por exemplo.
E esse livro parece mostrar uma realidade paralela com alterações sutis, quase imperceptíveis.
Minhas impressões
Já terminei de ler e concordo com o Chicago Tribune “Murakami é gênio”.
O pontos forte do livro é o mergulho no psicológico de cada personagem. Murakami nos mostra os problemas de infância e adolescência dos personagens, e qual o reflexo disso na vida adulta deles.
Um estilo de narrativa onde nos mostra muito dos sentimentos de cada personagem e isso os tornam reais demais.
O livro se desenvolve de forma gradativa, e mostra elementos bizarros, mas que serão abordados apenas nos próximos volumes. É de uma forma tão gradativa, que vamos entrando na realidade paralela entre 1894 e 1Q84, que fica difícil entender quando tudo mudou.
Não quero dar muitos spoilers aqui, mas o livro mostra (tirando a alegoria do da trama) como pequenas mudanças em nossa rotina podem mudar completamente nossa realidade.
O livro traz inconvenientes realidades sobre a natureza humana. Isso choca ao ler de forma crua, mas de qualquer forma, no fundo sabemos que existe.
SIDARTA
Autor: Hermann HESSE
Nacionalidade: Alemã
Ano: 1922
Sinopse
Sidarta, uma reflexão sobre a busca da sabedoria, é um romance lírico, baseado na juventude do Buda. Assim como outras criações de Herman Hesse, este livro foi fruto de uma viagem à Índia em 1911 e publicado onze anos depois, em 1922. Sidarta é um espírito rebelde, que seguiu os ensinamentos de Buda, mantendo-se fiel à sua própria alma.
O que esperar?
Cheguei até esse livro através de uma pesquisa feita para meu post sobre wargs e troca-peles.
Sidarta, o personagem principal, em sua busca por conhecimento aprendeu a sair do próprio corpo e experimentar viver em outros animais.
Fiquei interessado pelo conteúdo, mas ao ler a sinopse vi que o autor entra fundo na religião budista. Me interessei por esse motivo.
ONDE OS VELHOS NÃO TEM VEZ
Autor: Cormac McCarthy
Nacionalidade: Americana
Ano:2005
Sinopse
Cormac McCarthy apresenta em Onde os Velhos Não Têm Vez A história é a da fuga de Llewelyn Moss, homem que acha uma valise (e alguns corpos de homens mortos) em meio a um deserto com mais de dois milhões de dólares. A partir do momento em que decide pegá-la para si, é perseguido incessantemente por Anton Chigurh, um assassino psicopata em busca da valise. Por sua vez, o xerife Ed Tom Bell investiga as mortes relacionadas à operação que falhou e deu fim à maleta, se envolvendo assim na história da perseguição de Moss.
O que esperar?
Cormac McCarthy… Só isso já basta para esperar uma obra primorosa.
Dele já li A Estrada e fiquei fascinado. O modo que ele conduz a narrativa, conjugado com a estrutura dos diálogos.
Eu tentei me afastar de leituras medievais nesse ano, e esse livro me traz a sensação que estarei lendo um western moderno.
Gosto de quando o enredo nos traz personagens com objetivos iniciais diferentes e que ao final acabam interagindo, e afunilando toda a trama, convergindo para um só desfecho.
Minhas impressões
Realmente Cormac McCarthy é um dos melhores escritores da atualidade.
Com o seu estilo de escrita, o uso do “e” no lugar das vírgulas, a mudança drástica no ritmo narrativo, conseguimos perceber como ele domina a arte de escrever.
No início o leitor pode se perder, e não reconhecer logo no início quem está falando. Em poucos minutos você mergulha na narrativa e entende de modo intuitivo.
Os diálogos são rápidos e diretos, mas ao mesmo tempo criam uma atmosfera densa, onde você acaba ficando tenso. O livro tem um ritmo frenético, e o final é surpreendente.
As piadas irônicas de Moss, o modo como Chigurh trata a morte, e a experiência de Bell torna o livro muito humano, muito palpável.
Os capítulos iniciados pelos monólogos do Xerife Bell são de uma profundidade absurda… um velho homem, em um mundo moderno. Um homem com valores antigos que não consegue entender como o ser humano conseguiu se tornar tão assustador.
Acho que todas as pessoas de idade avançada acabam pensando nisso. Em como o mundo evoluiu. Como as coisas se tornaram tão selvagens assim.
Esse livro é muito bom… do início ao fim…
Precisarei ler outro livro do Cormac McCarthy, para considera-lo um dos meus autores favoritos. Já li dois.
O vilão Anton Chigurh se tornou um dos meus vilões favoritos…ao lado de Darth Vader… de verdade.
FRASE
Chigurh atirou em seu rosto. Tudo o que Wells já tinha sabido ou pensado ou amado escorreu devagar pela parede atrás dele.
DEUSES AMERICANOS
Autor: Neil GAIMAN
Nacionalidade: inglesa
Ano: 2001
Sinopse
Deuses Americanos, o melhor e mais ambicioso romance de Neil Gaiman, é uma viagem assustadora, estranha e alucinógena que envolve um profundo exame do espírito americano. Gaiman ataca desde a violenta investida da era da informação até o significado da morte, mantendo seu estilo picante de enredo e a narrativa perspicaz adotados desde Sandman. Neil Gaiman oferece uma perspectiva de fora para dentro – e, ao mesmo tempo, de dentro para fora – da alma e espiritualidade dos Estados Unidos e do povo americano: suas obsessões por dinheiro e poder, a miscigenada herança religiosa e suas consequências sociais, e as decisões milenares que eles enfrentam sobre o que é real e o que não é.
O que esperar?
Sou fã de quadrinhos, logo Neil Gaiman é um dos meus ídolos.
Já li Stardust e Belas Maldições e fiquei impressionado com os dois livros. Seus trabalhos nos quadrinhos, sempre são excepcionais. Sandman é de uma genialidade tremenda. 1602 feita pra Marvel é uma ótima HQ, assim como a “declaração de amor” que ele fez ao Batman em “Whatever Happened to the Caped Crusader?”.
A ideia de utilizar os deuses como personagens vivendo uma vida mundana é, sem dúvida, genial.
UM SULTÃO EM PALERMO
Autor: Tariq ALI
Nacionalidade: paquistanesa
Ano: 2006
Sinopse
Nesta narrativa lírica e detalhada, Tariq Ali confronta mais uma vez os estereótipos culturais do Islã. ‘Um Sultão em Palermo’ se passa na Sicília medieval, em Palermo, uma cidade muçulmana que rivaliza com Bagdá e Córdoba em tamanho e esplendor. O ano é 1153. Os normandos ocupam a ‘Siqilliya’, mas a cultura e a língua árabes dominam a ilha e a corte.
Este romance mapeia a vida e os amores do cartógrafo medieval Muhammad Al-Idrisi. Dividido entre sua amizade íntima com o Sultão e seus amigos que estão deixando a ilha ou arquitetando uma resistência contra o domínio normando, Idrisi encontra um alívio temporário no harém; mas, confrontado com as pessoas comuns de Noto e de Catânia entra em crise de consciência.
O que esperar?
Esse livro foi indicado por uma amiga (valeu Jana).
É um autor renomado do Oriente Médio que sempre mostra o conflito entre o Cristianismo e o Islamismo de uma forma cativante.
O que mais me deixou curioso é que a história mostra a vida de um cartógrafo e seu relacionamento com pessoas do palácio.
É um livro de um autor paquistanês que é famoso por seu tom crítico.
Me interessei justamente por ser diferente do tipo de leitura que estou atualmente acostumado.
O SENHOR DAS MOSCAS
Autor: William GOLDING
Nacionalidade: Inglesa
Ano: 1954
Sinopse
Este é um clássico da literatura, escrito por William Golding, vencedor do prémio Nobel. O “Senhor das moscas” é um dos mais significativos estudos da natureza humana, contendo importantes reflexões sobre a civilização e o seu papel na formação do ser humano.
O grupo de jovens rapazes naufraga e encontra-se numa ilha deserta, longe da supervisão dos adultos e das normas do mundo civilizado. O desnorte e o medo vão-se gradualmente desvanecendo, fazendo vir á superfície mecanismos que, segundo Golding, estão profundamente enraízados no ser humano, independentemente da sua idade, nação ou proveniência.
O que esperar?
Foi indicado por um amigo do twitter @torranceoulogan
Fiquei realmente curioso com a proposta do livro.
Um livro antigo que aborda o ser humano longe das barreiras morais impostas pela sociedade. Eu tenho uma grande tendência a gostar de histórias apocalípticas, ou histórias onde as pessoas são jogadas em uma situação diferente da situação do dia-a-dia.
Acho que é neste cenário que a verdadeira natureza do ser humano vem à tona.
Minhas impressões
Esse livro é muito interessante.
Primeiro, é interessante pelo fato de mostrar o comportamento de crianças nas décadas de 40-50.
Achei essas crianças muito mais curiosas, e despreocupadas com o desconhecido, comparadas às crianças de hoje.
O livro inicia-se com uma demonstração de ordem e democracia por parte das crianças. Um reflexo do que seus pais esperariam de seus filhos.
Com o desenrolar da história, as crianças entram em um vórtice de medo, raiva e inveja… e acima de tudo: Liberdade.
Golding nos mostra a natureza humana de forma crua, e indesejavelmente verdadeira.
Faz repensar o quanto somos selvagens. Novamente pensei nisso. Primeiro, ao ler Onde os Fracos não tem vez, e agora ao ler O Senhor das Moscas.
Esse livro nos mostra como as amarras morais afrouxam quando estamos longe daquilo que consideramos “a sociedade”.
Onde o forte devora o fraco…
OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA – JERUSALEM
Autor: J.J. BENITEZ
Nacionalidade: espanhola
Ano: 1987
Sinopse
O livro traz o relato de um militar e cientista norte-americano que, como integrante de um projeto batizado pela NASA de Operação Cavalo de Tróia , participou de uma experiência que lhe permitiu voltar quase dois mil anos no tempo e ser testemunha ocular da vida de Jesus Cristo.
O que esperar?
Ouço falar dessa saga há muito tempo. Não poderia ser diferente, pois a saga Operação Cavalo de Tróia começou em 1987 e terminou em 2011.
Já havia lido a série Deixados para Trás, e achei que tinha lido o bastante sobre histórias, cujo pano de fundo é a bíblia.
Há pouco tempo atrás, descobri que o autor de Operação Cavalo de Tróia acredita mesmo na história de seu livro. Ele afirma que tudo foi escrito com bases em documentos confidenciais da área 51 entregues a ele por um major americano.
Pronto… tem como não se interessar?
Agora só falta adquirir um exemplar… em lugar nenhum eu encontro!
A VIDA DE PI
Autor: Yann MARTEL
Nacionalidade: Canadense
Ano: 2002
Sinopse
O narrador da história é um garoto indiano de 16 anos chamado Piscine Molitor Patel, mais conhecido como Pi. Sua família administra um zoológico na cidade de Pondicherry, mas decide abandonar o país no auge de sua instabilidade política, nos anos 70. A idéia é se mudar para o Canadá, pegando carona no cargueiro que transferirá os animais do zoo para os EUA. Infelizmente, o navio afunda logo nos primeiros dias de viagem. Há apenas cinco sobreviventes: Pi, uma zebra, uma hiena, um orangotango e um tigre de Bengala, todos salvos pelo único barco salva-vidas disponível. Inicia-se aí uma cruel luta pela vida entre cinco mamíferos no meio do oceano Pacífico.
O que esperar?
Um livro difícil de encontrar para comprar.
Poucos eram os sebos que tinha um exemplar, e muito era o valor cobrado.
Um livro que queria ler a muito tempo, desde quando soube que a ideia central teria sido supostamente plágio da obra do escritor brasileiro Scliar, chamada Max e os felinos.
Consegui comprar por um preço acessível apenas após o lançamento do filme nos cinemas. Sou contra capas de livros inspirada nos filmes, mas o conteúdo vale a pena.
A VIAGEM DO ELEFANTE
Nacionalidade: portuguesa
Ano: 2008
Sinopse
‘A viagem do elefante’ é uma ideia que Saramago elaborava desde que, numa viagem a Salzburgo, na Áustria, entrou por acaso num restaurante chamado ‘O Elefante’. A narrativa se baseia na viagem de um elefante chamado Salomão, que no século XVI cruzou metade da Europa, de Lisboa a Viena, por extravagâncias de um rei e um arquiduque. Dom João III, rei de Portugal e Algarves, casado com dona Catarina d’Áustria, resolveu oferecer ao arquiduque austríaco Maximiliano II, genro do imperador Carlos V, nada menos que um elefante. Esse fato histórico é o ponto de partida para José Saramago criar uma ficção em que se encontram pelos caminhos da Europa personagens reais de sangue azul, chefes de exército que quase vão às vias de fato e padres que querem exorcizar Salomão ou lhe pedir um milagre.
O que esperar?
Acidez, ironia, perplexidade, dor, dificuldade de ler nos primeiros 5 minutos, sarcasmo e humor.
É isso que Saramago nos proporciona.
Ensaio sobre a Cegueira e Intermitências da Morte foram os dois livros dele que tive a oportunidade de ler. E posso dizer… ele é um escritor fantástico. Tirando sua posição religiosa (ou melhor, não religiosa) a obra dele é muito apurada e refinada. Com intermitências da morte eu ria sozinho.
Após se adaptar à estrutura narrativa, e a falta de formalidade nos textos passamos a nos deliciar com a história.
A sinopse me deixou curioso e imagino que haverá criticas e humor nesse livro. É esperar para ler.
ADMIRÁVEL MUNDO NOVO
Nacionalidade: Inglesa
Ano: 1932
Sinopse
O Estado científico totalitário zela por todos. Nascidos de proveta, os seres humanos (pré-condicionados) têm comportamentos (pré-estabelecidos) e ocupam lugares (pré-determinados) na sociedade: os alfa no topo da pirâmide, os ípsilons na base. A droga soma é universalmente distribuída em doses convenientes para os usuários. Família, monogamia, privacidade e pensamento criativo constituem crime. Os conceitos de “pai” e “mãe” são meramente históricos. Relacionamentos emocionais intensos ou prolongados são proibidos e considerados anormais.
A promiscuidade é moralmente obrigatória e a higiene, um valor supremo. Não existe paixão nem religião. Mas Bernard Marx tem uma infelicidade doentia: acalentando um desejo não natural por solidão, não vendo mais graça nos prazeres infinitos da promiscuidade compulsória, Bernard quer se libertar. Uma visita a um dos poucos remanescentes da Reserva Selvagem, onde a vida antiga, imperfeita, subsiste, pode ser um caminho para curá-lo.
O que esperar?
Sim. Eu não li ainda esse livro.
Se todos que indicam ou falam desse livro realmente o leram, talvez eu seja um dos poucos que não leram. Já ouvi falar tanto que praticamente já sei toda a história. Quero lê-lo para tirar minhas próprias conclusões.
Sei que o conteúdo desse livro serviu de base para muitas historias de Sci-Fi. E com certeza isso me agrada. Vamos ver o que me aguarda.
CRIANÇA 44
Autor: Tom Rob SMITH
Nacionalidade: Inglesa
Ano: 2008
Sinopse
Quando o corpo de um menino é encontrado sobre os trilhos de uma ferrovia, o agente Liev Demidov se surpreende ao saber que a família do garoto está convencida de que se trata de assassinato. Os superiores do oficial lhe dão ordens de ignorar o assunto, mas ele está determinado a encontrar a verdade por trás do terrível crime.
O que esperar?
Sinto que esse livro será uma espécie “Sherlock Holmes macabro”.
Faz tempo que não leio nada com teor policial e aquele mistério sobre a identidade do assassino. Um sentimento de nostalgia, lendo a sinopse deste livro.
NAS MONTANHAS DA LOUCURA
Autor: H.P LOVECRAFT
Nacionalidade: americana
Ano:
Sinopse
Sob o manto glacial da Antártida, uma expedição científica promovida pela Universidade do Miskatonie descobre surpreendentes indícios de civilizações muito anteriores à humanidade em nosso planeta. Num misto de horror e ficção científica que chamou de “horror cósmico”, H.P. Lovecraft escreveu um dos grandes clássicos da literatura fantástica do século XX e ofereceu aos leitores uma importante chave interpretativa para toda a sua obra.
O que esperar?
1° de fevereiro foi o aniversário de 85 anos do conto que deu início à mitologia de Lovecraft.
Nasceu a idéia de Cthulhu, uma entidade cósmica, mistura de octópode, humano e dragão.
Segundo os mitos de Lovecraft, a Terra teria sido habitada, há bilhões de anos, por criaturas que aqui teriam chegado antes que nosso planeta fosse capaz de gerar ou sustentar vida por si próprio. Eles, e não Deus, teriam criado a vida: o próprio Homem seria uma criação deles, gerada unicamente por escárnio e servitude.
Cthulhu acabou servindo de base para outros livros, tanto que passou a ser sinônimo de mal extremo em obras de terror.
Lovecraft é o pai do horror científico. E o livro Nas Montanhas da Loucura é um livro que aborda esse terror.
Espero conseguir comprar esse livro. Outro livro dificil de encontrar para comprar.
MORTE DOS REIS
Autor: Bernard CORNWELL
Nacionalidade: inglesa
Ano: 2012
Sinopse
Neste sexto livro da série Crônicas Saxônicas, Cornwell dá continuidade à saga de Uhtred e do reino de Wessex.
Após um longo período de debilidade, o poderoso rei Alfredo está morto. Sua morte dá início a um momento de tensão e incertezas no reino, além de abrir as portas para eventuais traições. Uhtred, braço direito do falecido rei, assume para si a responsabilidade de manter o país em ordem enquanto os problemas a respeito da sucessão não se resolvem, mas não é só com os traiçoeiros inimigos do reino e com os vikings que ele deve se preocupar. Sua relação cada vez mais intensa com a filha de Alfredo, Aethelflaed, o consome cada vez mais, apesar da proibição desse amor. E é preciso estar preparado, pois as rivalidades e intrigas de poder parecem estar caminhando para um desfecho sangrento.
O que esperar?
Mesmo fugindo dos romances medievais, não posso deixar de ler o sexto volume das Crônicas Saxônicas.
Uthred é um dos personagens que mais me afeiçoei depois de Derfel Cadarn.
Bernard Cornwell consegue, de forma brilhante, nos transportar para o centro de uma batalha e nos levar para a primeira fileira de uma parede de escudos. Sua narrativa é imersiva, crua e real.
Os personagens não são necessariamente bons ou ruins. Eles alternam de um lado ao outro tornando uma “coloração cinza”. Cornwell engrossa as fileiras desse tipo de escritores, assim como G. R. R. Martin. Essa postura que deixa o maniqueísmo de lado, me agrada muito.
Enfim, são esses os 13 livros para o ano de 2013.
Por que em 2014 lerei as Crônicas de Gelo e Fogo novamente para esquentar a cabeça antes de Os Ventos do Inverno.
Não, não estou dizendo que abandonarei Westeros por um ano… não tem como…
Outras teorias surgem sempre que converso com amigos, então logo logo surgirá novos posts sobre O que esperar de os Ventos do Inverno?’
E vocês? Quais serão os seus livros para 2013?
Wookie, parabéns pelas escolhas de leitura, são todas instigantes e são bem o que você falou: um refresco antes dos Ventos do Inverno. Mas se você me permite, eu gostaria de compartilhar com você algumas impressões de minhas próprias leituras sobre alguns dos livros que você listou, ok?
– “Admirável Mundo Novo”, lendo hoje, 2013, pode parecer até bem simplista o livro, mas a gente tem que ter em mente que é a obra que inaugura o gênero “o futuro não é mais como era antigamente”, Depois de ler, reveja “Blade Runner”, e você vai perceber como esse gênero não só evoluiu como acabaria criando coisas ainda mais interessantes. Mas Huxley tem o mérito da criação do estilo.
– “A Viagem do Elefante”, como você já leu Saramago, então já sabe o que te espera. Embora eu não considere essa a melhor das obras de Saramago, um escritor que se torna cansativo quando suas obras são muito longas, ele merece todos os créditos. Na verdade, sou meio cismado com o Saramago porque, à época do Nobel, os brasileiros desistiram da candidatura de Jorge Amado e de Drummond para apoiar o Saramago. E logo depois ele fez algumas declarações negativas quanto ao uso brasileiro da língua portuguesa, numa tremenda ingratidão.
– “Sidarta”, uma das obras-primas do Hesse! Não sei se você vai conseguir estabelecer alguma relação com GoT, mas a tentativa vale a pena! Só que, vale notar: o Sidarta em questão é e não é o Buda (Sidarta Gautama), e o livro é parte de, pelo menos, uma trilogia (com Demian e “O Lobo da Estepe” Hummm…, lobos?, talvez você goste desse…), de uma pentalogia (acrescentando aí, “Knulp” e “O jogo das contas de vidro”) e de todos os livros do Hesse, cujas histórias são entrelaçadas. Então, tome (MUITO) fôlego, ok?
Por fim, “Deuses Americanos”, pode começar a me xingar agora, mas o Gaiman como romancista até hoje não me convenceu… A trama continua bem amarrada, mas o estilo conciso e preciso das HQs, os diálogos na medida certa, tudo isso parece escasso quando ele coloca num romance, fica meio ralo, entende? Por isso que acho Coraline seu melhor livro, por ser mais curto, é mais denso. Nesse aspecto, Alan Moore é bem melhor (leia “A voz do fogo” uma obra meio, digamos, Targaryen)
Uma crítica apenas: não há nenhum latino-americano nessa lista. Então vou te sugerir dois livros: “Ficções”, do Jorge Luis Borges; e “Cem anos de Solidão”, do Gabriel García Márquez.
Um abraço, boas leituras (já sei que serão boas…) e desculpe a intromissão, ok?
Fernando, não há o que se desculpar!
o post é exatamente para isso…trocar informações…
Eu entendo o que você diz a respeito de Deuses Americanos, pois já estou lendo ele…e de verdade… está faltando algo… (mas vamos até o final para ver).
do G. G. Márquez eu li 12 contos peregrinos e Do amor e outros demônios.
Sobre Saramago gosto da obra dele, mas não gosto dele como pessoa. Acho que Caim demonstrou como ele era um velho mimado e reclamão. Ele é o típico ateu que sabe mais de Deus do que os outros.
Anotei suas dicas, e assistirei Blade Runner sim.
Oi Leandro!
Da sua lista, só posso comentar Morte de Reis, que foi o único que eu li. E como não amar Derfel, né? Uthred eu demorei um pouco mais pra gostar, mas Derfel foi instantâneo. Eu também prometi a mim mesma esse ano ler um pouco do que está só se acumulando na minha estante. Mas não programo, leio o que dá na telha. Mas posso te dizer que pretendo ler mais alguns livros do Bernard Cornwell. Eu tenho toda a coleção do Sharpe em português, mas só li o primeiro, e mais O Condenado e o Forte esperando.
Quanto a Operação Cavalo de Tróia, já tentei ler, mas não consegui terminar. Mas eu era adolescente, hoje pode ser que seja diferente. Tenho duas sugestões pra você: tenta num sebo, ou então vê se consegue trocar no skoob (http://www.skoob.com.br/usuario/28570 – essa é a minha página, mas acho que dá pra acessar daí, não sei se vc tá no skoob).
Beijos!
Fê
Eu achei O Condenado fraco. Dentre as obras do Cornwell que li.
Te indico Azincourt dele.
Já li, e amei! Sabia que há um projeto para Azincourt virar filme? Fiquei imaginando como vão fazer para incluir os dos santos que ficam falando com o Nick Hook o tempo todo…Mas claro que se sair mesmo, eu vou correndo pro cinema 🙂
Uma amiga minha leu O Condenado e gostou muito, mas mesmo que não seja dos melhores, ainda é do Bernie, então ainda é melhor que muita coisa por aí.
Beijos!
Ótimas escolhas de leitura, cara! Eu já li até o 6º livro das Crônicas Saxônicas, gostei bastante de todos eles e me senti praticamente na pele de Uhtred. Comecei a ler As Crônicas de Artur há pouco tempo e estou gostando bastante do Derfel Cadarn e suas aventuras ao lado de Artur.
Boas leituras e que 2014 chegue logo para desfrutarmos dos Ventos do Inverno!
Abração.
Eu acho as Cronicas de Artur a melhor obra de Cornwell!
E que venha Ventos do Inverno!
Se vc pegar o Operação Cavalo de Troia, esqueça o planejamento, eu fui do 1 ao 9 quase direto. Abraço
Sério? Hahahah tentarei resistir a tentação. Preciso seguir o conograma. Hehehe
Interessante a sua lista….. Gostei muito! Realmente muito eclético. Você vai adorar “A Vida de Pi” e “A viagem do Elefante”. Esse último é realmente hilário e retrata uma tosquice humana de gargalhar. Sobre o Tariq Ali, li “Confronto de Fundamentalismo” na faculdade, mas nunca li nenhuma história de ficção dele. Fiquei com vontade agora. rsrs. Posso então te sugerir um que acho que você irá se surpreender?!! Leia “Stonehenge” do Bernard Cornwell. Pra mim é uma evolução. Abraços
Leandro!
Mais um post bem bom…
Comecei 2013 bem, fui feliz nas escolhas..
Li o ‘Hobbit’ (não tinha lido ainda…mas já li..calma…pode largar a faca…)
Laranja Mecânica(Burgess) e Realidades Adaptadas (Philip K.Dick).
Vi nos comentários acima a respeito de Blade Runner, filme que foi baseado justamente no conto “Do Androids Dream of Electric Sheep” de Philip K. Dick. O livro realidades adaptadas é uma compilação de contos que tiveram adapatações para o cinema (Minority Report, Agentes do Destino e O Vidente..são alguns deles). Se você gostou de realidades alternativas, distorções no tempo e debates sobre “o que é real”, eu recomendo! Muito bom!
Valeu pelas dicas, não costumo fazer um planejamento do que vou ler no ano…Vou lendo o que aparece, fuçando em livrarias/sebos e principalmente seguindo dicas de amigos.
Assim, vou correndo providenciar 1Q84…quando vi na vitrine, achei que era uma reimpressão de 1984 (Orwell), só depois vi que tratava-se de um “Q”…muito interessante saber, através do blog, que tudo é um trocadilho sobre mundos paralelos.
Só li a versão brasileira de “Aventuras de Pi”…”Max e os Felinos”. Fiquei meio com pé atrás de valorizar a obra de Yann Martel, ele próprio não valorizou a água que bebeu na fonte do nosso conterrâneo. Não sei. Vai ser legal debatermos sobre isso! ou não…
Putz. Acabei escrevendo demais. Desculpa!
Mas é difícil achar lugares onde podemos ler e conversar sobre tantas coisas interessantes, mesmo o ouvinte sendo um Wookie Bebado..haha!
abraços;
Leandro!
Mais um post bem bom…
Comecei 2013 bem, fui feliz nas escolhas..
Li o ‘Hobbit’ (não tinha lido ainda…mas já li..calma…pode largar a faca…)
Laranja Mecânica(Burgess) e Realidades Adaptadas (Philip K.Dick).
Vi nos comentários acima a respeito de Blade Runner, filme que foi baseado justamente no conto “Do Androids Dream of Electric Sheep” de Philip K. Dick. O livro realidades adaptadas é uma compilação de contos que tiveram adapatações para o cinema (Minority Report, Agentes do Destino e O Vidente..são alguns deles). Se você gostou de realidades alternativas, distorções no tempo e debates sobre “o que é real”, eu recomendo! Muito bom!
Valeu pelas dicas, não costumo fazer um planejamento do que vou ler no ano…Vou lendo o que aparece, fuçando em livrarias/sebos e principalmente seguindo dicas de amigos.
Assim, vou correndo providenciar 1Q84…quando vi na vitrine, achei que era uma reimpressão de 1984 (Orwell), só depois vi que tratava-se de um “Q”…muito interessante saber, através do blog, que tudo é um trocadilho sobre mundos paralelos.
Só li a versão brasileira de “Aventuras de Pi”…”Max e os Felinos”. Fiquei meio com pé atrás de valorizar a obra de Yann Martel, ele próprio não valorizou a água que bebeu na fonte do nosso conterrâneo. Não sei. Vai ser legal debatermos sobre isso! ou não…
Putz. Acabei escrevendo demais. Desculpa!
Mas é difícil achar lugares onde podemos ler e conversar sobre tantas coisas interessantes, mesmo o ouvinte sendo um Wookie Bebado..haha!
abraços;
Primeiramente, devo dizer que achei seu blog muito interessante, na organização e principalmente no conteúdo dos posts!
Isso dito, você escolheu excelentes livros, com certeza. Procurarei saber mais sobre os que você citou que eu não conheço. :))
Meus livros para 2013 são: Musashi (Eiji Yoshikawa); Mulheres (Charles Bukowski); Cem Anos de Solidão (Gabriel García Márquez); Na Natureza Selvagem (Jon Krakauer); Lolita (Vladimir Nabokov); O Nome do Vento (Patrick Rothfuss); O Último Reino (Bernard Cornwell); Travessuras da Menina Má (Mario Vargas Llosa); Os Pilares da Terra (Ken Follett); Shambhala (Chogyam Trumgpa).
Voce já leu a triologia Millenium ?
Muito interessante a sua lista, inclusive ja li alguns e adorei, porém sinto falta de livros brasileiros, acho que nossa literatura é riquíssima em quase todos os tipos de livros, comédia, policial, ficção e etc. Portanto acho que seria interessante que em sua próxima lista, ou até em um próximo post, comentasse sobre algum livro brasileiro, até mesmo para incentivar a literatuta nacional, o que seria muito legal.
De qualquer forma desculpe a intromissão.
Quantas boas escolhas!
Devo confessar que não consigo me “programar” para ler livros, pois como boa bibliomaníaca, me rendo a um novo livro reluzindo numa promoção online ou numa prateleira qualquer. Mas assim como você, tenho muitíssimos títulos na fila de espera *que nunca é respeitada, rs). Uma boa dica – e que não é novidade pra ninguém – é usar o Skoob pra organizar essa lista. Ainda faltam alguns títulos pra acrescentar na minha estante virtual, mas estou conseguindo seguir uma ordem qualquer e avaliar os livros.
Da sua lista, estou com MUITA vontade de ler o 1Q84, As Aventuras de Pi, O Senhor das Moscas, Admirável Mundo Novo e Lovecraft (quero conhecer o autor e me recomendaram A Cor que Caiu do Espaço). Como não tenho nenhum deles e estou resistindo comprar novos livros, parece que a leitura vai ser postergada por um bom tempo.
Eu tenho esse livro ‘Operacao cavalo de troia’ jogado na minha estante ha mt tempo,dps desse resumo fiquei com muita vontade de ler.
Sensacional seu blog, suas narrativas, seus livros!!!! Fiquei com mais vontade de terminar a leitura de GOT.
Adorei as dicas, e ressaltando, o escritor Bernard Cornwell é fantástico, historiador e pesquisador. Tens de ler as Crônicas de Arthur.
Já li. Acho maravilhosa essa
Saga!
Obrigado!
Ana , da sua lista só não li, Musashi, vou comprar, mas AMEI Os Pilares da Terra e sua continuação Mundo sem Fim.
Gostei muito do blog , já li quase todos, destaque especial para a Trilogia Millenium e a série Operação Cavalo de Tróia.
Foi dito acima da polêmica entre “As aventuras de Pi” e “Max e os Felinos”, de Moacyr Scliar, – e não Sinclair, ok? – pois bem, fui ler os livros e vi que é um PLÁGIO DESCARADO!
Para quem quiser saber mais, vai um resumo abaixo:
A polêmica de Pi
Um jovem judeu foge da Alemanha nazista para o Brasil em um navio, que naufraga. O rapaz se salva em um bote com um jaguar que também estava no navio… Um jovem indiano, filho de um dono de zoológico, emigra com os pais para o Canadá, o navio naufraga e ele se salva num bote, junto com um tigre de bengala. Aqui as semelhanças não são meras coincidências. Quando Yann Martel ganhou o prêmio Booker, por “As aventuras de Pi”, foi perguntado sobre a semelhança de sua história com o livro “Max e os felinos”, do escritor gaúcho Moacyr Scliar. Martel confessou que usou a “idéia” do brasileiro. Mas a coisa ficou ainda mais feia ao declarar que apenas “quis aproveitar uma boa idéia estragada por um escritor ruim”. A deselegância de Martel fez muitas pessoas compararem. As aventuras de Pi é um bom livro, sim, mas não se compara a Max e os Felinos… foi o que a maioria disse. Scliar morreu em 2011. Antes de ver sua história roubada receber 11 indicações ao Oscar de 2013.
Leia Xogun a Gloriosa Saga do Japao, de James Clavell. É épico.
Não vi nada do Stephen King na sua estante…não gosta, ou ainda não conhece? Não acredito nem na primeira nem na segunda hipótese!
Olá, Patrícia.
Minha relação com Stephen King é complicada. Rsrs
Eu, há um tempo (na adolescencia) iniciei a leitura do Iluminado. Mas parei por motivos que nao consigo recordar. Depois disso tudo que via do SK me parecia complexo e eu pensava “da próxima vez leio um livro dele. Da próxima vez…” E ficou assim.
Comprei a série A Torre Negra mas nao iniciei a leitura. Pensei em comprar Sob a Redoma, mas muito caro.
So que esse seu comentário me deu vontade de reler o Iluminado.
Olá Drunk, espero que vc comece a ler Sk, pois acho ele um gênio, te indico “Desespero”, acho um ótimo livro com segredos surpreendentes, acho q vc vai gostar, a Saga A Torre Negra tbm é ótima!
“Voçê pode tirar o garoto do fogo do inferno, mas não pode tirar o fogo do inferno do garoto” (Stephen King – Desespero)