Já faz um tempo que falo sobre História em Quadrinhos aqui no Drunkwookie. Quadrinhos, além de ser uma paixão antiga, é também um assunto que eu poderia falar por horas a fio.
Por isso, decidi abrir um espaço maior para esse tema. E dessa vez em conjunto com uma outra grande paixão: cerveja.
Finalmente o “Drunk” Wookie está completo!
O projeto “Um quadrinho, uma cerveja” surgiu após perceber que algumas de minhas horas vagas eram preenchidas com a companhia de uma boa HQ e uma ótima cerveja. Então, nada melhor do que escrever e conversar com vocês sobre ambos assuntos.
A ideia é simples, pois será uma espécie de resenha com degustação (ou talvez uma degustação com resenha), que ao final, chegarei há uma conclusão sobre o quadrinho, a cerveja e a harmonização de ambos.
Onde encontrar a cerveja?
Muitos podem supor que encontrar a cerveja citada seja um pouco difícil. Na verdade é mais fácil do que vocês imaginam. Indico a vocês o melhor lugar para se comprar cerveja: A MyBestBeer.A loja traz, logo de cara, um site bem intuitivo, sendo bem fácil encontrar o produto que você procura. Há diversos tipos de menus que facilitam a pesquisa. Você não precisa ser um profundo conhecedor para encontrar sua cerveja.
Você só sabe que as cervejas frutadas são boas, ou é fã de cervejas escuras? Ali haverá um menu trazendo tais cervejas. E se você conhecer bastante sobre cerveja e quiser escolher apenas cervejas de “baixa fermentação”, no Mybestbeer tem essa opção.
Digo isso porque eu sempre encontro dificuldades em achar as cervejas que mais gosto.
Além disso, garanto que você encontrará os rótulos citados aqui no Drunkwookie, além de muitos outros.
Bem, agora é hora de apresentar a HQ escolhida e a cerveja selecionada para “harmonizar” com a leitura.
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História em Quadrinho do dia – Guerra Civil
Editora – Marvel Comics
Editora no Brasil – Panini
Roteiro – Mark Millar
Desenho – Steve McNiven
Arte-Final – Dexter Vines, Mark Morales, Seteve McNiven, Tim Townsend, John Dell III.
Cores – Morry Hollowell
Publicação original – 2006
Publicação no Brasil – 2007/2008 (Encadernado lançado em 2010)
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Rótulo do dia – Sierra Nevada Torpedo Extra IPA
País de Origem – EUA
Estilo – Indian Pale Ale
Volume – 355 ml
Teor alcoólico – 7.2%
Cervejaria – Sierra Nevada
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Guerra Civil é uma minissérie divida em 07 edições, lançada nos EUA em meados de 2006 e, aqui no Brasil, foi lançada nos anos seguintes (2007/2008).
Em 2010, a Panini relança a saga em um encadernado capa dura, com mais de 200 páginas contendo as 07 edições e extras, como capas variantes e seus esboços. Essa é a melhor forma de adquirir essa HQ por ser um material de luxo, onde o custo benefício bem atrativo.
Roteiro e Desenho
O roteirista dessa obra é Mark Millar, um escritor conhecido e adorado por muitos leitores.
Foi ele quem escreveu Superman – Entre a Foice e o Martelo (Superman – Red Son) uma graphic novel onde ele reinventa a história de Kal-El, imaginando como seria sua vida em solo soviético. Outra obra que vale a pena citar é Os Supremos e a aclamada Wolverine – Origem.
E já que estamos falando dos trabalhos de Mark Millar, não posso deixar de indicar suas obras autorais. São elas: Kick-Ass, Nemesis e Kingsman – Serviço Secreto. As três valem a pena serem lidas, e com certeza terão resenhas aqui no Drunkwookie.
Os desenhos ficam a cargo de Steven McNiven, um dos meus desenhistas preferidos. Ele é o responsável por Velho Logan, alguns números dos Novos Vingadores e alguns arcos pequenos da Marvel. Seu estilo de desenho cabe como uma luva à essa HQ.
A cerveja
A cerveja escolhida para acompanhar essa saga é uma cerveja artesanal muito apreciada, chamada Torpedo Extra IPA, produzida pela cervejaria americana Sierra Nevada. Essa cervejaria é a segunda maior cervejaria artesanal do país, sendo assim, muito conceituada no mundo inteiro.
O que precisamos saber antes de ler essa HQ?
O Universo dos quadrinhos é muito vasto e nem sempre é fácil entrar nele e entendê-lo, logo de cara. Muitas vezes é necessário uma imersão muito mais abrangente, e nem sempre temos tempo e/ou acesso à essa profusão de material. Isso acaba afastando algumas pessoas da leitura por se sentirem um pouco perdida.
Então, sabermos em qual cenário aquela história está inserida ou quais foram os fatos que levaram até ali é sempre interessante, pois facilita muito. Porém, confesso que para entender Guerra Civil não é necessário saber muito sobre o passado da Marvel.

Os Jovens Vingadores. Da esquerda para a direita temos: Wiccano, Hulkling, Célere, (Jessica Jones?), Gaviã Arqueira, Estatura, Patriota de Ferro e Visão (Jovem).
Basta sabermos que, até aquele momento, muitos super-heróis e até mesmo novas super-equipes (Novos Vingadores, por exemplo) surgiram após o grandioso evento Vingadores: A Queda (um importante arco de histórias publicado entre 2004-2005).
O que precisamos saber antes de beber essa cerveja?
Para quem não conhece todos os variados tipos de cerveja (eu me incluo nesse meio), é interessante sabermos o que seria cada um deles. Eu sempre vou explicar o tipo de cerveja que estou experimentando. Hoje será uma cerveja IPA.
A sigla IPA significa Indian Pale Ale. Esse estilo de cerveja é facilmente evidenciado pelo amargor, causado pela grande quantidade de lúpulo adicionada na receita.
Esse estilo de cerveja nasceu há um bom tempo atrás, quando os ingleses tinham controle sobre as Índias Orientais, no século XVII e enviava cerveja Pale Ale para seus soldados. Porém ela não chegava com qualidade, tendo em vista o tempo que demorava no transporte.
Para resolver o problema, os ingleses passaram a adicionar muito mais lúpulo na cerveja, pois o lúpulo é um conservante natural. Assim, a cerveja mantinha a qualidade, chegando nas Índias pronta para o consumo. Todavia, o lúpulo também é responsável pelo amargor da cerveja e isso acabava alterando as características de uma cerveja Pale Ale original.
Foi assim que surgiu um novo estilo de cerveja, a IPA.
Explicações prévias feitas, agora vamos para a melhor parte…
A HQ e a Cerveja
Guerra Civil é uma ótima história para aqueles que querem se aventurar no mundo das HQs. É ótima por dois motivos:
- Nessa saga temos contato com um grande número de super-heróis e muito vilões da Marvel.
- A qualidade do roteiro de Mark Millar é fascinante. Ele tem um ótimo domínio quando se trata de sagas grandes e seu modo de narrar é simples e direto, o que agradará velhos e novos leitores.
Muitas das mudanças trazidas por Guerra Civil foram bem vindas, outras nem tanto. Porém, não posso negar que a repercussão dessa saga na vida dos heróis perdurou por um bom tempo.
Já a Sierra Nevada Torpedo Extra IPA eu considero importante, tanto pela história (que vem desde o século XVIII), como também pelo fato dela ser uma cerveja extremamente marcante. Para quem nunca provou uma cerveja IPA, terá uma grande surpresa.
Heróis devem se registrar
Logo no início, e eu estou falando das 06 primeiras páginas, o estopim da trama é deflagrado. Um ato falho, executado por um herói “destreinado”, é capaz de chocar o povo americano e própria comunidade heróica, sendo necessário mudar seu status quo.
É assim que começamos nossa HQ.
Vou tentar manter o post livre de spoilers, mas quero dar um panorama geral para vocês entenderem melhor.
Um grupo de heróis da “…todos da terceira divisão, se tanto!” conhecido como Novos Guerreiros, estão participando de uma espécie de reality show, onde uma equipe de televisão acompanham o grupo de heróis no combate ao crime. Porém, dessa vez, o grupo encontram alguns vilões não muito conhecidos, mas poderosos. Os Novos Guerreiros acreditam serem capazes de derrotá-los, mas ao travarem combate, algo muito ruim acontece.
E a partir desse incidente televisionado, a população acaba questionando alguns preceitos fundamentais dos super-seres.
Quem está por debaixo da máscara? Quem é herói e quem é vilão? O que diferencia um mascarado bom, de um mascarado ruim? Quem vigia os vigilantes?
Ao lerem a frase acima, alguns lembrarão de Watchmen, outros lembrarão de aulas de filosofia.
Quis custodiet ipsos custodes? Quem guardará os guardiões?
A frase da obra Sátiras, do poeta romano Juvenal é a base para o desenvolvimento dessa trama. E eu acho isso sensacional, essa certa maturidade nos quadrinhos, bem elaborada e bem inserida no cenário de quadrinhos dos anos 2000.
Enquanto isso, você já está impressionado com a cerveja escolhida. É incrível como a Sierra Nevada Torpedo Extra IPA tem um início bem parecido com o de Guerra Civil. Ela mostra para que veio, logo no primeiro gole.
Do estilo IPA, é a mais forte que experimentei até hoje. Tem um gosto bem acentuado de lúpulo e tem um aroma de… Árvore. Deve haver algum nome mais específico para esse aroma, mas eu não consigo pensar em outro.
Dá vontade beber mais à medida em que evolui na leitura.
Voltando à Guerra Civil, com o governo exigindo que os heróis se registrem, já dá para saber que alguns serão a favor e outros serão contra.
Se de um lado vemos…
uma proibição aos super-heróis, num mundo com milhares de supervilões,
…por outro vemos a proposta de…
heróis registrados, assalariados e treinados.
É bem difícil escolher um lado em Guerra Civil. Ambos estão certos.
É aqui que nasce as diferenças ideológicas de Capitão América e Homem de Ferro. O Sentinela da Liberdade decide que heróis estão acima das politicagens, enquanto Tony Stark, decide que é inviável que jovens heróis usem seus poderes sem treinamento, sem controle.
A Torpedo Extra IPA também dividirá opiniões. O seu evidente amargor é perfeito para alguns paladares, e pode ser um pouco demais para outros. Porém, diferente de outras IPA que experimentei, a Torpedo é a mais balanceada, até hoje.
A medida em que a trama se desenrola, os heróis começam a tomar lados. Pró-Registro, Contra-Registro.
Há um momento muito bom que é quando Capitão América está na SHIELD conversando com Maria Hill. Ela pede para que o Capitão ajude-a à capturar todos aqueles contra a Lei de Registro. Surge uma acalorada discussão sobre “prender pessoas que arriscam a vida pelo país, sete dias por semana” contra “obedecer a vontade do povo norte-americano”.
O Capitão se nega a cumprir a nova lei. E é aqui que vemos a melhor frase da minissérie, dita por Maria Hill.
Acho que supervilões são caras mascarados que se recusam a obedecer à lei.
Já aqui, quem está degustando a Torpedo Extra IPA já escolheu seu lado. Muitos sabores vem junto com o do malte e do lúpulo. Algo bem floral e o persistente (e delicioso) aroma/sabor que lembra árvore.
Eu escolhi o lado Pró-IPA. Esse é definitivamente um estilo de cerveja que me agrada muito.
Homem-Aranha e sua indecisão
Dividido e sem saber para que lado correr, Peter decide ficar do lado de Tony Stark, porém sendo Pró-Registro, ele deverá revelar sua identidade.
Esse foi um momento muito importante para mim, quando li pela primeira vez. Meu super-herói favorito, revelando a identidade? Inimaginável. Na trama tal revelação também era importante pois para um herói que sempre prezou sua identidade secreta, a revelação em rede nacional faria com que heróis indecisos decidissem ficar do lado da lei.
A revelação de que Peter Parker é o Homem-Aranha traz grandes reviravoltas dentro da própria minissérie Guerra Civil e também fora dela, nas revistas mensais do Homem-Aranha.
A partir daí, heróis entram em confronto direto buscando mostrar que sua opinião está correta. Se de um lado temos Capitão América, Hank Pym, Demolidor, do outro temos Homem de Ferro, Homem-Aranha e Senhor Fantástico.
Homens que lutavam lado a lado, deixaram o bom senso de lado e se jogaram um contra o outro. É interessante ver que ambos os lados não jogar limpo. Vocês verão mentiras de ambos os lados, atitudes desesperadas de ambos os lados.
O resultado de tudo isso é a quebra de uma grande amizade e parceira, a dissolução da trindade fundadora dos Vingadores.
Quanto a Torpedo Extra, nesse momento já saberemos quem gosta e quem não gosta do estilo IPA. Seu amargor dividirá mesmo as opiniões.
O ponto alto da HQ é quando ambos os lados lutam entre si, e um elemento importante surge, virando a balança.
Thor surge, do lado de Homem de Ferro e Senhor Fantástico. O lado Contra-Registro sofre uma perda grande e você questiona as atitudes do Deus do Trovão.
Aqui os 7,2% de álcool já cumpriram seu papel. O grau etílico, sempre elevado nas IPAs, já pode ser sentido de forma empolgante.
A leitura se intensifica nos preparando para o desfecho! Percebo que a cerveja Torpedo Extra IPA da Sierra Nevada harmonizou de forma perfeita ao Quadrinho.
Os pontos altos da HQ é perceber a linha que Senhor Fantástico e Homem de Ferro ultrapassaram para cumprir a lei. Enquanto o Capitão América ultrapassou limites para defender suas convicções. Ver o Capitão se descontrolando e o próprio povo americano impedindo-o de continuar, é fenomenal. Uma HQ de 10 anos atrás, ainda bem atual.
Os pontos altos da cerveja é o fato dela ser uma artesanal americana, ter um gosto acentuado, mas bem balanceado. A Torpedo Extra IPA nos surpreende e empolga.
A batalha final, os diálogos finais, são muito bons e fazem você pensar. Independente de ser uma minissérie que teve o intuito de mexer com a base de muitos heróis (como muitos a julgam), Guerra Civil é uma das melhores sagas da Marvel, assim como a Torpedo Extra IPA é uma das cervejas artesanais mais gostosas que já experimentei.
A HQ termina de uma forma bem aberta, dando aquela sensação de não sabermos realmente qual será o futuro dali para frente. Diferentemente da nossa cerveja. Ao final da degustação você sabe qual será o seu futuro. Muitas IPAs para companha sagas em quadrinhos. Ao menos eu sei que vou querer experimentar diferentes cervejas IPA.
Veredicto Drunkwookie
Nota da HQ
Nota do Rótulo
Nota da Harmonização
Se o escocês Mark Millar sabe escrever uma história, a Sierra Nevada sabe fazer uma cerveja artesanal. É bem difícil passar em palavras o sabor ou aroma de algo de forma perfeita. E é por isso que convido vocês à experimentá-la. Para quem gosta de IPA, é a cerveja certa, para quem quer experimentar algo novo é uma ótima aposta.
Assim como Guerra Civil. É uma ótima HQ para adentrar no Mundo dos Quadrinhos, por abordar de forma adulta os heróis, suas condutas e suas responsabilidades. Para aqueles que amam o Universo Cinematográfico da Marvel também é uma oportunidade para aproveitar a oportunidade. Capitão América: Guerra Civil está chegando aos cinemas, dia 29 de Abril está bem próximo.
De qualquer forma, se você não gosta de quadrinho, ou de cerveja, dê uma chance, deguste, se divirta, se permita. Os resultados serão os melhores possíveis.
Como hjá havia dito, se você quer experimentar uma Sierra Nevada Torpedo Extra IPA, procure no MyBestBeer. A edição de luxo de Guerra Civil, eu indico comprar na FNAC. O preço está muito bom.
Aproveito para convidar vocês há se prepararem para o post da próxima semana. Nele farei resenha de Batman – A Corte das Corujas, que traz o primeiro arco da última reformulação do Universo DC Comics, na ótima companhia de uma Benediktiner Weissbier Dunkel, uma cerveja escura de trigo, que segue a mesma receita há quase 700 anos. Tenho um bom pressentimento a respeito dessa escolha. Até semana que vem.
Uma última (e ótima) novidade
Tive a oportunidade de ler a edição 03 da revista Ein Bier. Nela, existem várias notícias relacionadas a cerveja. Locais onde beber, um guia rápido sobre Queijos e Cervejas e muitas outras novidades. Para quem quiser entrar nesse mundo, acho bem interessante ler a Ein Bier.
Não se esqueça que o álcool é até mais importante que o lúpulo pra conservar a cerveja e os dois juntos que fazem essa maravilha chamada IPA! E 7,2% não é pouca coisa de teor alcoólico… Quanto dar 5 drunkinhos pro sierra nevada, eu não sei, daria 4 talvez, mas “iguais a ela eu já tomei mais de cem” (talvez não 100, que isso é coisa de bebum, mas umas 20, vai! Hehehe)… Que seja o primeiro post de muitos sobre hq e breja!!!! Parabéns!!!!
Por mais que a atitude do Homem-Aranha de revelar sua identidade tenha sentindo tanto temático quanto narrativo, eu achei estranho essa cagada, ele mesmo tinha falado sobre Octupus perfurar a noiva dele e deixar a mulher que cuidou sempre dele em perigo… Foi uma atitude muito idiota ._. Mas eu entendo a função disso, ele é o indeciso, ele é o ”homem comum” confuso em meio ao um ”polarização” política, mas não me pareceu muito real.
Minha parte favorita sem dúvidas é o Quarteto Fantástico, ele desenvolve mais o lado emocional da questão, dá mais perspectivas e mostra o que de fato a Guerra Civil faz, ela separa uma família. Uma família que deveria lutar juntos por um ideal maior se dividindo. Acho incrível a profundidade da Sue, além dela logicamente estar puta pelo marido deixar ela ao léu, ela está puta simplesmente porque essa guerra passou dos limites, ciborgs, ”a queda de um gigante” e armadilhas tudo isso é sem escrúpulos.
Eu não achei o Tony tão babaca quanto o pessoal dita ser .-. Nas partes que ele tá com a mãe de uns dos garotos que morreu, véi, você começa a entender ele (ou pelo menos deveria), você vê o porquê dele estar fazendo aquilo, ele estava pensando na segurança de todos e de fazer um lugar legal pro pessoal sem viver em um faroeste doido de super heróis e vilões, ele tava segurando uma barra tanto quanto o Cap. Mas o que ferrou o negócio foi a ideia IDIOTA de já ir caçando os amigos dele cara (quase que esquecendo que os cara se sacrificam também), um caça ás bruxas basicamente e fazer o ”42” ._. O que acaba com o Tony é como ele defende seu ponto de vista, não o ponto de vista em si. E certo pra mim seria: uma mescla dos dois: Ter registro sim, mas não sem aquela idiotice de revelar sua identidade civil, como eles estão em meios aos vilões eles deveriam ter o direito de ter a identidade secreta mas o governo saber quem são eles (sem instrumentação super-humana) porque os humanos ( ainda mais os super humanos) são instáveis e falhos devem ser policiados (sem perder seu livre arbítrio, é claro) pra escolas não serem explodidas.
Como esquecer a parte ”toma aqui suas 30 moedas de pratas, Judas.”?
A parte da moeda é memorável, Kimaris.
Li guerra Civil há algum tempo, e meu interesse pela história ressurgiu com a proximidade do novo filme do bandeiroso. Não dá pra dizer que é possível concordar ou discordar plenamente dos lados que surgem com a Registration Act. Na verdade, eu “disconcordo” com todos. Entretanto, embora ambos os lados tenham suas razões e justificativas, acho mais difícil aceitar a posição do Tony. Em primeiro lugar por que é sempre mais fácil defender o status quo, como o Capitão; em segundo lugar, por que o Cabeça de Ferro já começou liderando emboscadas e investidas pra prender os “rebeldes”. De cara já arrebenta (literalmente) a cara do Capitão América. Alguém lembra da “mandíbula pendurada”?! Tá certo que se fossemos esperar negociações políticas e acordos de sigilo de identidade para evitar conflitos. como sugerido por Kimaris no comentário acima, a revistinha perderia seu apelo editorial e comercial que é, justamente, colocar heróis contra heróis, num embate/combate de ideais. É preciso lembrar que estamos lendo coisas da Casa das Ideias, então os pontos de encontro com o “mundo real”, embora ajudem a seduzir o leitor que gosta de quadrinhos contemporâneos, precisam encontrar um limite, para não podar a fantasia e a diversão. No geral, eu gostei de Guerra Civil. E tb gostei do comentário do DW. Thumbs up!