Resolvi abrir uma nova seção aqui no blog.
Além de falar sobre As Crônicas de Gelo e Fogo, filmes e livros quero também falar sobre uma grande paixão minha: História em Quadrinhos!
É com esse primeiro post que inauguro a nova seção do blog. “Sobre HQs”.
Nessa seção falarei sobre arcos de histórias que marcaram época, o que esperar de novas sagas que estão por vir, se vale a pena acompanhar determinada HQs das bancas, e todo e qualquer assunto sobre o tema que eu me interessar.
O Primeiro post é sobre minha coleção de HQs. pois é graças a ela, que hoje tenho um pouco de conhecimento sobre o assunto.
O início da coleção
Uma das minhas maiores paixões é LER.
Quando era pequeno, minha vó sentava no sofá ao meu lado, abria um livro ilustrado da Disney e fingia ler para mim (ela não sabia ler).
As histórias que ela inventava eram sempre engraçadas.
Com o tempo eu queria ouvir outras histórias, mas ela dizia que eu precisava ler sozinho, pois assim poderia ler todos os livros que tínhamos na estante.
Eram muitos livros e revistas em quadrinhos. Pato Donald, Homem-Aranha, Fantasma, enciclopédias, obra completa de Monteiro Lobato e até um livro do Hemingway “O Sol Também Se Levanta”.
A curiosidade ia crescendo e o tempo disponível da minha vó não era dos maiores para ler tudo aquilo.
Então minha meta seria aprender a ler.
E foi em 90 que aprendi a ler, graças ao Maurício de Sousa e minha professora da Pré-escola.
E junto com a leitura nasceu a vontade de colecionar.
Minha primeira coleção foi de 05 revistas da turma da Monica! Você juntava tampinhas e trocava por revistas.
Após Mônica e Disney veio Pato Donald e Fantasma. Depois, Homem-Aranha e depois os livros.
Mas hoje o post é sobre quadrinhos… Então vou me ater ao tema…
A evolução dos quadrinhos colecionados
Até hoje tenho uma grande paixão por quadrinhos e consequentemente minha coleção. Desde pequeno eu tinha o hábito de guarda-las e relê-las.
As primeiras que tive, enchiam uma caixa de sapato.
Hoje com 29 anos… Tenho uma coleção que gira em torno de 1400 revistas.
No inicio eu colecionava Homem-Aranha. A maioria das minhas HQs hoje, são do Homem-Aranha.
Quando passei a ter um dinheiro dado pelo meu pai, comecei a comprar fielmente nas bancas as duas revistas mensais do Homem-Aranha.
Ele era um cara comum, igual eu (ok…eu pensava isso com 10 anos):
na época que eu colecionava, Peter Parker era um pouco diferente do que a origem dele.
Ele não usava óculos, não estudava mais e não sofria tanto bullying (a não ser por J. J. Jameson).
Mas as antigas histórias, que vinham com as revistas mensais me lembravam de quem Peter foi:
– Sempre sem dinheiro (eu me identificava com isso);
– Usava óculos (hahahaha com certeza me identificava com isso);
– Adorava ciências, e sofria represálias dos colegas de sala por ser tão nerd (nerd que eu digo era aquele que respondia todas as perguntas feitas pelos professores, e tinha um desejo intrínseco em aprender e ler. E não os Autointitulados nerds de hoje que usam óculos de armação grossa e assistem Big Bang Theory).
Por um bom tempo, o Homem-Aranha foi meu herói favorito.
E é por isso que a maioria do material que tenho é do Homem-Aranha (cerca de 450 revistas). Mas você começa a ler e logo a ter ideias…
Foi então que passei a me interessar por outros seres fantásticos, outros heróis e colecionar outras HQs…
Na verdade, os desenhos eram tudo para mim! Quem ligava para um bom roteiro?
Eu queria ver os desenhos magníficos de Jim Lee nos X-Men, e ficava enraivecido quando comprava uma HQ e via a arte de Sal Buscema.
Assim, eu lia Homem-Aranha, A Teia do Aranha, X-men e Batman.
Mutantes! Esses eram os melhores…quem nunca quis ser um mutante?
Foi nessa época que acompanhava o desenho dos X-men na TV e as histórias nos quadrinhos.
Eu sou obrigado a dizer que X-men nunca conseguiu segurar minha atenção por muito tempo.
Eu era fã da Tropa Alfa, e ela aparecia muito pouco.
Eu comprava muita porcaria, e o dinheiro dava só para as revistas em formatinho.
Lembro que minha primeira revista em formato americano foi comprada em 1991.
A Ultima Caçada de Kraven!
Acho que por isso, hoje sou fã do Kraven.
Foi minha primeira revista em formato americano e a primeira minissérie que comprei.
E detalhe: Peter usava o uniforme negro que de longe era o melhor, na minha opinião.
Depois entrei de cabeça no mundo 2099! Eu curtia muito a versão do Hulk 2099 e do Justiceiro!
O uniforme do Aranha era sensacional.
O primeiro contato com a qualidade
Depois disso fui apresentado à revistas mais antigas. Meu pai encontrou um caixa antiga de quadrinhos dele, e de lá surgiram edições de Watchmen… E várias do Fantasma…
Fantasma? Eu gostava…
Watchmen? Nem tanto.
Cavaleiro das Trevas? Não gostava daqueles traços e daquele colorido.
Serei sincero… Não direi que nasci fã das obras densas de Alan Moore e nem de Frank Miller…
Por que quando se tem 10 anos, a Jean Grey desenhada por Jim Lee e Fairchild desenhada por Scott Campbell é muito mais interessante que Spectral do Dave Gibbons.
Assim, Alan Moore só apareceu na minha vida, como referência depois de um bom tempo…
Eu gostava das HQs com pancadaria, com capas esvoaçantes e poderes coloridos!
Por que a Image Comics era a melhor na época?
Um marco nas historias em quadrinhos foi o aparecimento da Image Comics, justo na minha adolescência.
Simplesmente sensacional…
Mulheres exuberantes e heróis bombados!
Eu vivia Image Comics.
Quem não queria uma edição de Glory ou de Gen13?
Quem não queria ver o simbionte de Spawn atacando a esmo no Beco dos Ratos?
A arte era suficiente para aplacar minha vontade de ler!
E mais, você pagava R$ 3,00 e levava para casa apenas o que você queria ler.
Se eu comprei Spawn eu ia ler Spawn. Se comprei WildCats eu leria Wildcats.
O que me estressava nas revistas da Marvel e da DC Comics (até hoje é assim) é que:
Você juntava dinheiro. Comprava uma revista por causa das Guerras Secretas… Ok… Você chega em casa com uma revista de 50 páginas…
20 eram sobre As Guerras Secretas, e as outras 30? Sobre o Quarteto Fantástico ou o Surfista Prateado, ou os Novos Guerreiros…
Era e ainda é frustrante. Mas enfim… Com o tempo fui crescendo e conseguindo mais dinheiro.
Passei a comprar Spawn toda quinzena… e fiquei alucinado pela arte de Capullo.
E foi graças a arte dele, que hoje tenho todas as edições de Spawn da 1 a 100.
Sebos da minha vida
A partir dos 13 anos, eu vivia em Sebos (e ainda passo lá de vez em quando) procurando revistas de anos anteriores… o de heróis diferentes.
Foi ai que comprei muita coisa do Capitão América, Hulk e Vingadores.
E sempre que tinha oportunidade comprava alguma revista bem antiga do Homem-Aranha ou da Queda do Morcego.
Foi aí que começou a ganhar peso a minha coleção…
Eu demorei…mas completei A Queda do Morcego!
A edição numero 01, trazia um brutamontes quebrando o Batman com uma joelhada…
Pronto… Há premissa melhor para comprar?
É uma mega saga com 78 partes… Divididas em 37 revistas.
São 17 revistas do Batman e 20 revistas Liga da Justiça & Batman.
Comprei algumas na época, li outras emprestadas, mas hoje consegui completar minha coleção.
Dúvidas adolescentes
Dos 14 aos 16 anos, todas minhas economias eram guardadas e na hora que chegava às bancas, a cruel dúvida me assombrava…
Playboy ou Capitão América?
Cristina Mortagua ou X-men 2099?
Cida Marques, ou DC Versus Marvel?
Por sorte, eu tinha amigos que detestavam quadrinhos e amava Playboy… Assim, eu via as Playboy e comprava meus quadrinhos.
A Editora Abril agradecia de qualquer forma…
E a partir daí foi crescendo meu interesse por outros heróis e outras sagas.
Mudando a perspectiva
Foi nessa idade que eu acabei resgatando as antigas revistas do meu pai.
Tinha muita coisa média, muita coisa ruim, e algumas coisas ótimas.
Eu resolvi separar para ler Watchmen (que não havia chamado minha atenção), O Cavaleiro das trevas (edição 1 e 3 só) e uma edição Superaventuras Marvel 62.
Na capa, o Demolidor e a chamada sensacionalista: A Identidade do Demolidor Revelada!
Watchmen estava completa, li e pensei: Essa é uma revista totalmente diferente de todas que já li. Mas ainda assim não fiquei tão fascinado por ela.
Li Cavaleiro das Trevas e pensei: Batman é muito mais foda que o Spawn!!! Muito mais sombrio! Eu amo o Batman!
Só que as HQs atuais do Batman não me prendiam… e eu abandonava e decidia não colecionar mais.
Por muito tempo Batman para mim era: o Cavaleiro das Trevas e a Queda do Morcego (as 37 edições)
E finalmente li a Queda de Murdock.
Eu só tinha uma edição e corri para o sebo para conseguir as outras… Eu precisava terminar de ler.
PQP! Ali, naquele momento Frank Miller era o melhor escritor da face da Terra…
E ali eu acabei elegendo o Demolidor como o meu herói favorito… Ao lado de Peter Parker.
A Evolução dos Quadrinhos
Se você tem vontade de se aventurar pelo mundo dos quadrinhos, tenha em mente uma coisa:
Como assim, tendências?
Se colocarmos Marvel e DC lado a lado, veremos padrões.
Aquela era inocente de 1960 ficou para trás?
Ao que tudo indica sim… Hoje os personagens tem nuances cinzas em sua personalidade e suas motivações… Mas será que mudou mesmo?
Ambas (editoras) pregam que seguem linhas diferentes, mas no final uma copia a outra… e talvez seja aí que esteja a magia de tudo.
É tudo muito cíclico…
Pode se passar 20 anos, uma hora ou outra a Editora volta às origens do personagem, e mais uma vez remodelam seu caráter, e evoluem sua essência… até chegar em um climax insuportável, e ai matam, ou tiram ele de cena, e depois nos entrega novamente aquele mesmo heróis dos primórdios.
A Image Comics veio e quebrou alguns paradigmas, e na minha opinião veio com uma visão ousada.
Com o surgimento da Image Comics, vimos heroínas ficarem gostosa como deusas do olimpo, e heróis crescerem tanto, que nem humano normal usando anabolizantes chegaria perto sequer.
Algo que não havíamos visto antes. E isso mudou a visão do mercado.
Isso sem falar no anti-heroismo de Spawn.
Marvel e DC seguiram a tendência.
E essa decisão editorial perdurou por muitos anos e acabou saturando os leitores.
De verdade…
As Splash Pages começaram a cansar até os fãs mais fervorosos.
Um exemplo disso é Hush (Silêncio em português), uma saga do Batman desenhada por Jim Lee.
A arte é fenomenal mas cansa muito… o roteiro é péssimo.
É claro que as modas não são imutáveis, e logo veio a moda de matar Heróis, ou transformá-los em vilões!
A morte do Super-Homem, A Morte de Clark Kent, a maldade de Magneto e Professor X que se condensaram e se manifestaram na forma física de Massacre.
Na saga Massacre, metade da Marvel morreu na batalha.
Hal Jordan possuido por Parallax, matou muita gente na DC…
Enquanto a DC continuava em suas diversas Crises, a Marvel apostava em suas diversas Guerras.
Sempre tudo muito parecido. Era só escolher um lado. Mas na prática nada mudava de verdade.
Algo que eu gostava, mas que muitos amigos reclamavam… a mudança de uniforme.
Eu curtia muito quando o visual do herói mudava. E ainda gosto. Um dos que mais teve mudança foi o Homem-Aranha, até a época que acompanhei sua trajetória, acho que já usou uns 06 uniformes diferentes.
Eu nunca fui muito fã da DC, mas sei que ela mexer e muito com realidades paralelas, Terra 2, Terra isso, terra aquilo.
Eu particularmente não suporto muitas Realidades Paralelas.
Já a Marvel, desde guerras Secretas, teve uma vontade e colocar seus heróis para se espancarem.
Todos contra Wolverine, Guerras Secretas, Guerras infinitas, Guerra Civil, e por ai vai.
Isso saturou muito…
Os antigos heróis da Era Dourada e da Era de Prata acabaram se tornando cinza… Nem tão bons, e nem tão maus.
A quebra do maniqueísmo nos quadrinhos foi uma boa saída. Uma boa ideia.
Mc Farlane já tinha usado isso para a própria criação do Spawn.
Marvel e DC usaram esse alívio narrativo com muito afinco e erraram na mão.
De repente todos eram muito complicados… todos tinham seus dilemas, mas os roteiros eram rasos, e não conseguiam abordar com convicção.
Reclamações demais…E elogios também
Mas ainda com todos esses problemas, eu sou um adorador da a arte em quadrinhos.
Faz parte da minha vida esse canal de ideias.
Muitas HQs trouxeram elementos para reflexão.
A HQ em que traz a história de um garoto com câncer que sonha em conhecer o Homem-Aranha é uma das melhores histórias que já li.
ela se chama “O garoto que Colecionava Homem-Aranha“
Foi publicada no Brasil pela editora Abril, na edição nº 19 da revista O Homem-Aranha, em janeiro de 1985.
É uma história curta, mas significativa.
Aqui eu fiz alguns recortes, e postei apenas alguns momentos da história, mas acho que já dá ver a essência da mensagem.
Passei muito tempo da minha vida com a cara enfurnada em uma HQ, e agradeço isso.
Acho que ajudou a construir meu caráter.
Ainda hoje eu gosto da old school dos quadrinhos.
A dificuldade de Peter em conseguir dinheiro e ser herói e mesmo assim, fazendo o impossível para ser um cara legal.
A simples presença de Steve Rogers que impõe um respeito solene onde quer que ele chegue.
A pureza na cara do Super-Homem.
A selvageria controlada (até certo ponto) de Logan.
A moral levada à risca de Scott Summers.
Sei que muita coisa mudou e muitos tiveram suas características alteradas por motivos editorias e monetários… mas esses eram os exemplos que eu tinha como base na adolescência…
A profissão de Matt Murdock que me conquistou e hoje sou advogado.
Eu gostaria de ser desenhista, assim como o brasileiro Mike Deodato Jr, mas não consegui… não tinha disciplina o bastante para desenhar… hehehehe
Então cada cruzeiro, cruzado, URV e real gasto, foi bem gasto!
Cada desenho ruim, ou roteiro péssimo foi compensado com por um desenho ótimo e um roteiro bárbaro em algum outro momento.
Como guardar?
O grande problema é guardar tudo isso.
Com o tempo a caixa de sapato ficou pequena. As gavetas já não comportavam mais, e nem as caixas.
Bom… Por enquanto tenho metade em um estante no quarto, e a outra em um espaço no armário.
A maioria delas está acondicionada em saquinhos plásticos. (dá trabalho, mas o legal é que você rele uma e empacota três, relê uma e empacota mais três).
Guardá-las ensacadas aumenta a vida útil do papel. É legal também por pedaços de carvão ou giz caso você guarde suas revistas em locais fechados, para evitar a umidade.
A sílica é ótima também para eliminar a umidade.
Como eu tinha mutias revistas e muito tempo sem fazer nada, resolvi aplicar os poucos conhecimentos de Access que tinha e criar um controle dos meus quadrinhos.
Fiquei profissional no negócio, tanto é que hoje só uso o Access para trabalhar…
E meu controle ficou ótimo. 1400 revistas cadastradas no Access.
E quem disse que eu perdi tempo fazendo um controle das minhas revistas em quadrinhos? Talvez meus irmãos tenham dito isso mais de uma vez… mas tudo bem… eu entendo!
O ápice da coleção e uma certa estagnação
A idade chega, o tempo passa… e então parei de colecionar quadrinhos e passei a ter interesse …Dinheiro… Mulheres… Iate…. Mulheres… Mansão… Mulhers…..
Hahahaha mentira… Eu continuo colecionando até hoje. Só não pude perder a oportunidade da piada.
O que aconteceu por um tempo foi que as mesmas revistas começam a cansar e encarecer…
Pouco tempo antes de a Editora Abril vender seus direitos de publicação à Panini, ela estava jogando as edições na lama.
Edições de 100 paginas à R$ 10,00?
Na época era um absurdo!
Foi nessa época que Mary Jane morreu de uma forma completamente esdruxula e eu prometi que não voltaria a colecionar Homem-Aranha (uma promessa que quebraria mais duas vezes ao longo da minha vida).
Apenas Spawn continuava a prender minha atenção. e parei de comprar muita coisa da Abril e da DC e me enveredei pela Vertigo.
Hellblazer foi um dos meus focos e outros materiais da Vertigo.
Mas foi bom… Acabei voltando minha atenção para outras HQ, e fui buscar material clássico nos sebos.
Santos dos Assassinos, uma mini da Vertigo me chamou muito a atenção.
Um velho pistoleiro que não consegue salvar os filhos de uma gripe, pois é atrasado por bandidos em um saloon.
O cara morre, e mata o Demônio! O cara MATA o DEMONIO! E volta como o Anjo da Morte!
E se vinga de todos que contribuíram para seu atraso e consequentemente a morte de seus filhos e esposa. É sensacional!
Assim, só comprava revistas antigas para tapar buracos das minhas coleções incompletas, ou novidades que eu considerava valer a pena.
Foi nessa época que tive contato com a fase de Thor de Simonson, A estreia dos Vingadores no Brasil, A Morte da Fênix Negra, e outros clássicos como a Guerra Kree – Skrull, o Desafio Infinito de Thanos… O Crepúsculo Esmeralda, e outras.
Foi nessa época que virei fã dos Vingadores, e depois, mais tarde Bendis realmente me cativou com a sua visão da equipe dos heróis mais poderosos da Terra.
Muita coisa clássica e boa de ler eu encontrei nos sebos. Bem longe das bancas de jornais.
Foi a melhor fase de colecionar Quadrinhos.
As revistas antigas, da decada de 70 e 80, são na minha opinião as melhores.
Acho que estavam no ápice dos quadrinhos… e depois disso pasosu a decair, mas sei que não é eterno esse declínio… como eu disse esse ramo da indústria é cíclico.
A DC Comics reformulou seu universo e acredito que esteja colhendo os frutos de sua decisão ousada.
Não posso esquecer de mencionar algumas histórias boas, saídas dos crossovers mais estranho…
como por exemplo esses dois:
A simples ideia de fazer uma história onde Predadores veem à Terra para caçar Tarzan é sensacional…eu não tenho palavras para descrever como a ideia é surreal.
E Thundercats e Superman, é algo não tão fora do imaginável mas é interessante vê-los juntos.
Meus heróis da adolescência
Entre altos e baixos eu li muita coisa legal e muita coisa ruim.
Mas é claro que tantos anos colecionando quadrinhos eu tenho minhas listas de preferência:
Do lado dos Desenhistas eu sou fã de:
Alex Maleev;
Steve McNiven;
Mazzuchelli;
Scott Campbell;
Oliver Coipel;
Greg Capullo;
John Romita Jr;
Joe Kubert;
Escritores
Jack Kirby;
Alan Moore;
Frank Miller;
Ed Brubaker;
Bill Willingham
Warren Wellis;
Michael Straczynski;
Mark Millar;
O futuro da coleção
Por resolver que somente compraria HQ de qualidade (no meu ponto de vista) a coleção deixou de crescer da forma como crescia…
Está certo que algumas grandes sagas (Guerra Civil, a Guerra dos Anéis – Lanterna Verde) me fizeram voltar a acompanhar, mas nada que me prendesse totalmente.
Dignos de nota seriam:
– O retorno do Thor foi magnificamente escrito pelas mãos de Straczynski (o mesmo cara que manchou o passado de Gwen Stacy).
– Os Novos Vingadores;
– Os Novos Thunderbolts de Warren Wellis;
– O Soldado Invernal de Ed Brubaker, que trouxe do limbo o Capitão América;
– Guerra dos Anéis (Lanterna Verde);
– Planeta Hulk; uma excelente saga do Hulk no melhor estilo Gladiador de Ridley Scott.
– Invasão Secreta;
– O Dossiê Murdock;
– Os Novos 52 (o Reboot que a DC Comics resolver dar em seus heróis). Uma decisão difícil, mas acertada.
Os últimos 05 anos foi assim… algumas coisas chamaram atenção, outras nem tanto…
Mas é assim… Esse mundo é assim…
Você abandona um herói, acompanha outro, depois volta atrás, e volta atrás mais uma vez.
É a mesma mecânica que os escritores usam ao matar seu personagem favorito. Nada é para sempre. Nada é imutável.
Voltei a colecionar Homem-Aranha, e com o pacto do Mefisto parei. Xinguei, reclamei, e xinguei de novo. Mas voltei, e novamente desisti.
É assim… Às vezes agrada às vezes não…
E dali pra cá, comprei muita coisa.
Minha coleção
Tenho de tudo um pouco, mas sou fã declarado da Marvel, talvez por não gostar muito do Super-Homem e da Liga da Justiça.
Farei um post sobre as minhas sagas ou arcos de histórias favoritos…
Hoje compro apenas encadernados da Marvel Deluxe, ou alguma HQ específica que já li e sei da qualidade.
Com a internet ficou mais fácil ver a qualidade de determinada saga, ou de determinado quadrinho.
Tenho desde antigas revistas de 1968, até edições americanas que não saem aqui.
O material que não pode faltar na coleção de um fã da Marvel é o Chronicle Marvel.
Um livro ilustrado que conta ano a ano, mês a mês sobre todos os lançamentos da Marvel Comics até 2009.
Eu compraria mais revistas se o modo de publicação fosse igual ao dos EUA.
Onde as revistas são vendidas separadamente. Aqui no Brasil é inviável comprar tudo.
Hoje se eu quiser acompanhar o Demolidor, preciso desembolsar R$ 15,00 mensais e ler vinte páginas apenas… As outras oitenta páginas são de outros heróis que eu particularmente não gosto.
Mas devo agradecer a Panini… Eles tratam os fãs de quadrinhos de forma honrosa.
Sempre há publicação de material em encadernados, e isso contempla aqueles fãs, assim como eu, que preferem esperar e comprar o arco de histórias publicado em papel especial e capa dura.
O que leio atualmente?
Atualmente coleciono Fábulas da Vertigo. Uma série espetacular, onde Bill Bill Willingham traz até nós os personagens clássicos das fábulas de uma forma nunca vista antes.
Você já assistiu Once Upon a Time? Gostou?
Então você virará fã de Fábulas sem pensar.
Não gosta de Once Upon a Time?
Então você vai delirar com Fábulas.
Sim… a essência pode lembrar Fábulas, mas o conteúdo real vai bem mais além de tudo que já li.
Outra surpresa foram as novas HQs do Batman (Novos 52) e sinceramente, fiquei impressionado com a qualidade do arco A Corte das Corujas. Batman 01 a Batman 12.
Conclusão
Hoje tenho cerca de 1400 revistas.
Para chegar nesse número passaram-se muitos anos… e nem gosto de pensar em quanto gastei nesse percurso.
Já vi a morte do Batman, do Super-Homem, do Homem-Aranha, do Homem-Formiga, do Capitão América , as duas mortes de Bucky Barnes, as duas de Otto Octavius…
Fora a aposentadoria de metade dos heróis que conheço.
Já vi lutas “inéditas” que se repetiram de década em década.
Os crossovers da Marvel vs. DC Comics, da Image Comics vs. X-men…
E posso afirmar…são ciclos… tudo se repete, mas ao mesmo tempo se inova…
Acompanhei heróis novos inseridos no passado (Sentinela), vi os mais bizarros retcons (quando insere uma informação que nunca existiu no passado do personagem) construídos.
Vi clones, replicantes, atores geneticamente modificados, soros, raios cósmicos, gama, psiônicos, aranhas radioativas, pele de rinoceronte radioativa, exoesqueletos de ultima geração, bilionários com mania de heroísmo, vilões sádicos, vilões toscos e o mais diversos tipos de mutantes e alienígenas.
Vi desenhos bárbaros e desenhos horríveis. Mudei de opinião centenas de vezes.
Tenho escritores preferidos, desenhistas preferidos, e arte-finalistas preferidos.
Aprendi a gostar de John Romita Jr. Aprendi a entender Alan Moore e hoje sei que a obra V de Vingança e Watchmen são visionárias.
Vi batalhas judicias reclamando direitos autorais. sobre tal personagem, Editoras acusando-se sobre plágio.
E no final quem se importa se Miracleman é uma cópia de Shazam, ou se o Sentinela é uma cópia de Super-Homem e uma cópia de Miracleman (que inicialemnte chamava Marvelman)?
Ainda assim, vi muita coisa legal…
Presenciei o dom de Alan Moore e de Frank Miller.
Alan Moore reformulou Miracleman, reformulou O Monstro do Pântano… onde ele colocou a mão, houve prosperidade.
Frank Miller salvou o Demolidor do cancelamento, deu a profundidade que Batman merecia…
Bendis salvou a Marvel Comics das decisões de Quesada. Olhem para os Vingadores! o filme só foi possível graças ao Brian Michael Bendis.
Mike Deodato e Warren Ellis “criaram” os Thunderbolts novamente!
Vi Thanos quase destruir a existência por causa de uma paixão… Vi heróis aliando-se à Loki para derrotarem um mal maior.
Vi a quase extinção dos mutantes, a aparição dos inumanos, a Noite das Sentinelas, e o Longo Dia das Bruxas.
Guerras Secretas, Guerras Infinitas, Cruzadas infinitas, Crises Infinitas, Guerras Civis, Invasões Secretas, Crises nas Infinitas Terras, Crises nas infinitas Crises e depois Crises Finais.
Vi 52 e novos 52. presenciei Ascensões, Quedas, Dinastias mutantes, Dizimações Mutantes, gênesis e regênesis.
Terremotos, Contágio, Contagens Regressivas, eu já vi muita coisa.
Enfim… valeu a pena…
Essa coleção faz parte da minha vida e resolvi compartilhar aqui no blog. Há varias revistas que, quando tenho tempo eu paro folhear.
Muitas me remetem à lembranças da época que comprei.
Certas revistas me recordam épocas de dificuldade em casa… Outras me lembram de momentos felizes com meus pais ou irmão.
A paixão por quadrinhos me levou a conhecer em um evento o meu ídolo, o desenhista Mike Deodato Jr.
Alem de falar com ele, ganhei de quebra um autografo (eu e minha noiva).
Acho que esse é o motivo para ser tão importante essa coleção.
o que ela representa, e gosto de passado que ela traz consigo.
Sou chato com elas, mas empresto sempre que vejo interesse genuíno de quem pede.
Agora tenho meus primos que ficam fascinados com o montante de revistas… E é legal ver que outras pessoas lerão as revistas que li na década de 90…
É estou ficando nostálgico… Pois nada nada, são 23 anos de coleção…
OBS:. nem preciso dizer como eu fiquei no dia da pré-estreia de Os Vingadores no Cinema!
Se interessaram em HQs?
Se quiserem ler quadrinhos ou iniciar uma coleção o mercado é propício para isso.
A DC Comics deu um reboot em seus personagens.
Ou seja, são novas histórias, um novo início.
Vocês não precisam lembrar o que aconteceu em 1995 para entender o que está acontecendo com o Batman.
São só 12 edições de “passado” que eles tem.
Já a Marvel aposta em uma guerra (mais uma). Vingadores Vs. X-men.
Ver Homem de Ferro contra Magneto, Hulk contra Collossus é um começo ótimo para um iniciante.
Já estava esperando há muito por esse post, porque eu tive uma pequena ideia do tamanho da sua coleção (tanto no que diz respeito a qualidade, como quantidade) quando visitei ao seu perfil no site Guia dos Quadrinhos, e fiquei literalmente babando pelos títulos que você tinha.
Títulos que marcaram a história do mundo dos quadrinhos, encadernados maravilhosos, edições de luxo para colecionadores, algumas obras que nem são tão boas assim, mas possuem o seu valor, tudo muito lindo e perfeito.
E você conseguiu colocar toda a essência da sua coleção aqui. Eu sei bem como você se sente, porque quando temos uma coleção cuidamos com muito amor e muito carinho e protegemos da forma como podemos nossas preciosidades, nos tornamos até bem possessivos por ela, eu por exemplo não empresto a ninguém as minhas, a não ser que seja alguém de muuuita confiança que eu tenha certeza que vai cuidar tão bem quanto eu.
Bem, pelo menos é assim que me sinto também 🙂 Uma paixão que trazemos da nossa infância e que levamos pra vida toda… E pretendo continuar com ela.
Fico feliz por ter a honra de conhecer, mesmo que virtualmente, pessoas como você, que acabam se tornando inspirações, pois quero que a minha coleção de HQ’s chegue a um nível próximo da sua.
Amei mesmo o post, parabéns!
Já estava esperando há muito por esse post, porque eu tive uma pequena ideia do tamanho da sua coleção (tanto no que diz respeito a qualidade, como quantidade) quando visitei ao seu perfil no site Guia dos Quadrinhos, e fiquei literalmente babando pelos títulos que você tinha.
Títulos que marcaram a história do mundo dos quadrinhos, encadernados maravilhosos, edições de luxo para colecionadores, algumas obras que nem são tão boas assim, mas possuem o seu valor, tudo muito lindo e perfeito.
E você conseguiu colocar toda a essência da sua coleção aqui. Eu sei bem como você se sente, porque quando temos uma coleção cuidamos com muito amor e muito carinho e protegemos da forma como podemos nossas preciosidades, nos tornamos até bem possessivos por ela, eu por exemplo não empresto a ninguém as minhas, a não ser que seja alguém de muuuita confiança que eu tenha certeza que vai cuidar tão bem quanto eu.
Bem, pelo menos é assim que me sinto também 🙂 Uma paixão que trazemos da nossa infância e que levamos pra vida toda… E pretendo continuar com ela.
Fico feliz por ter a honra de conhecer, mesmo que virtualmente, pessoas como você, que acabam se tornando inspirações, pois quero que a minha coleção de HQ’s chegue a um nível próximo da sua.
Amei mesmo o post, parabéns!
Cara, eu vivi muito do que você falou, essa relação de amor e ódio com algumas histórias/autores/desenhistas é natural. Tenho um pouco mais de tempo que você nisso. Comecei meus quadrinhos com a Disney num almanaque em francês que me pai trouxe pra mim, aprendi a ler em francês (naquela época) só por causa dos quadrinhos, eram 1985 e eu tinha 8 anos. Vi crises infinitas e infinitas terras também, mas principalmente vi histórias que moldaram muitos valores que tenho hoje, vi modelos que valem (valiam em alguns casos) a pena serem seguidos, sou fã de hq e filmes que lhes rendam homenagens.
Sou um antiquado para muitos mas tenho certeza que tenho muito mais a oferecer como ser humano que aqueles que não enxergam nessa arte o potencial de encantar e levar a outros mundos, tanto quanto os livros, o potencial de levar discussões sobre o mundo e coisas reais aos leitores de forma sublime e deixando-os escolher suas posições.
Parabéns pela sua coleção, hoje não tenho a minha, infelizmente algumas enchentes as levaram, mas tenho o amor pelos encadernados e pelos sebos onde me “atualizo” com as histórias do passado.
Continuemos colecionando e mostrando aos mais jovens toda a beleza das hqs,
Abraço.
“E foi em 90 que aprendi a ler” Peraí que eu vou ali no cantinho me matar e já volto, OK? E POSTAR UMA COISA DESSAS NO DIA DO MEU ANIVERSÁRIO É MUITA SACANAGEM! (Tá legal, eu só li no dia seguinte, mas ainda assim…;P)
HEHEHE! Brincadeiras à parte, eu adorei o post. Amo de paixão os filmes de super-heróis, e tudo começou com a série animada de X-Men (aquela com aqueles uniformes amarelos e azuis ridículos. Mas mil vezes mais legal do que o que veio depois), mas nunca li os quadrinhos. Tenho vontade, vou te falar que sim, mas quando eu estava crescendo não me interessava, e quando era pequena minha mãe só gostava da Turma da Mônica (sou apaixonada até hoje) porque era bonitinho e fofinho. De menina mesmo. OK que hoje eu curto mesmo é o sangue derramado pelas espadas e Nicholas Sparks me dá vontade de vomitar. Mas na época eu ainda era fofa 😉
Então, foi só depois que eu comecei a me interessar por isso. Não comprava pelo mesmo motivo que você falou: preço. Acho muito caro. E daí que nunca sei quando vai começar uma saga, e pegar no meio não dá certo. E depois, o que eu gasto em livros não é brincadeira. boa parte do meu salário fica nas livrarias .Se bem que faz um tempo que eu não compro nenhum. Em compensação, foi o box do blu ray de Game of Thrones e me dei de aniversário o de Star Wars completo. É, sou nerd também, não por amar The Big Bang Theory e achar que Sheldon é o rei. E nem considero isso uma ofensa. Sou nerd mesmo, e aí?
Adorei saber um pouco mais desse universo maravilhoso. Me emocionei com a história do menino com câncer que queria conhecer o Spider-Man e quase chorei.
Beijos!
Gosto muito do HQs do Capitão America!
Curte lá!
Desafio Surpresa A Arte de Improvisar ( Arte Exclusiva)
Falta só 1 Like/comentário = Fotos do meu celular!
Cara, muito bom… Como fã da Marvel, e tendo lido várias sagas; vc foi bem demais, escreve muito bem. Faltou só citar, provavelmente por ser distante do seu gosto pessoal, A espada selvagem de Conan, que colecionei fervorosamente na minha adolescencia…. E talvezm, a microssaga dias de um futuro sombrio dos xmen…. mas quadrinho sempre tem muita coisa a dizer. Abraço.
boa noite.. queria saber se as suas gibis da coleção da coca cola estão a venda.. agradecido
Excelente post cara, queria saber se me autoriza utilizar a primeira imagem como thumbnail pra um vídeo meu ensinando a galera como comprar gibis nos sebos.
Claro! autorizado. heheheh depois passa o link para eu assistir hehehe
Drunk ja leu sandman? É muito bom!