A Música do Silêncio, Auri e As Portas de Pedra – Parte II

Estamos de volta, com a segunda e última parte do post – A Música do Silêncio, Auri e As Portas de Pedra. Para quem ainda não leu a primeira parte, clique no link abaixo, leia e volte para cá.

A Música do Silêncio, Auri e As Portas de Pedra – Parte I

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Agora, para quem já leu e já adquiriu os livros,  é só continuar.

O nome de Auri, a ligação da menina com Kvothe e seu papel no final da trilogia

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Um nome lindo e suas obrigações

“Auri sentou-se por um momento no escuro. Já havia acontecido algumas vezes. Já fazia muito tempo, mas ela se lembrava. Estivera sentada assim, vazia feito casca de ovo. Vazia e com o peito carregado, na escuridão raivosa, quando o ouvira tocar pela primeira vez. Antes de ele lhe dar seu novo nome, doce e perfeito. Um pedaço de sol que nunca a deixava. Uma dentada no pão. Uma flor no coração dela.” A Música do Silêncio.

Aqui temos uma importante revelação. Auri diz que estava vazia antes de ganhar um novo nome, um pedaço de sol, uma dentada no pão e uma flor no coração.

Para quem não se lembra, Auri é um nome dado por Kvothe em O Nome do Vento.

Quando eu lhe perguntei seu nome, ela correu de volta para o subsolo e levou dias para reaparecer.
Assim, eu havia escolhido um nome para ela: Auri. O Nome do Vento, capítulo 53 – Círculos Lentos

E junto com o nome, ele havia levado outros presentes para a garota, que tocaram o coração dela.

Agachei-me e abri o estojo do alaúde.
― Eu lhe trouxe pão ― informei, entregando-lhe o pão preto de cevada embrulhado num pedaço de pano. ― E uma garrafa d’água.
― Isso também é muito gentil ― comentou ela com ar gracioso. A garrafa pareceu muito grande em suas mãos. ― O que há na água? ― perguntou, tirando a rolha e olhando para dentro.
Flores. E o pedaço da Lua que hoje não está no céu. Também o pus aí dentro.” O Nome do Vento, capítulo 53 – Círculos Lentos

Acredito que o sol que ela cita é a presença de Kvothe. Já os outros itens, estão citados acima. Auri, além de ganhar um novo nome, um novo amigo, ganha uma nova vida.

Origem do nome

De onde Kvothe tirou esse nome? Me parece que o próprio garoto não sabe e tudo leva a crer que foi um nome simplesmente tirado da cabeça.

Porém, esse nome tem um peso e terá uma grande importância daqui para frente. Acredito que esse nome foi tirado do nome da mãe de Kvothe.

Laurian. LAURIAN.

Inconscientemente, Kvothe impingiu à menina um nome ligado ao da sua mãe. Lembrem que nomes são profundos.

Será que isso trará consequências?

Ah, mas é simplesmente um nome, não?

Não. Impossível pensar isso quando falamos dessa série literária.

“– Há duas coisas que vocês precisam lembrar. Primeiro, nossos nomes nos moldam e, por nossa vez, moldamos nossos nomes.” O Temor do Sábio, capítulo 12 – A Mente Adormecida

Toda a Fantasia  de A Crônica do Matador do Rei gira em torno do poder que os nomes tem. Logo, não posso deixar de teorizar sobre nomes.

Acredito com certeza que veremos no nome AURI, um significado, uma importância em As Portas de Pedra.

E se isso não bastasse para dar base as minhas suspeitas, temos uma informação sobre nomes.

Elodin correu os olhos entre nós, de um lado para outro.
– Auri?
Esperei que ele terminasse a pergunta, mas isso pareceu ser tudo.
Auri compreendeu antes de mim.
– É o meu nome – disse, com um sorriso orgulhoso.
– É mesmo? – indagou Elodin, curioso.
Auri fez que sim.
– Foi o Kvothe quem me deu – explicou, com um largo sorriso na minha direção. – Não é maravilhoso?
Elodin assentiu com a cabeça.
– É um nome encantador – disse, polidamente. – E combina com você.
– Combina – concordou ela. – É como ter uma flor no meu coração.
Olhou com ar sério para Elodin e acrescentou:
Se o seu nome estiver ficando muito pesado, o senhor deve fazer o Kvothe lhe dar um novo.” O Temor do Sábio, capítulo 11 – Refúgio.

Sendo assim, sabemos que o antigo nome de Auri, lhe trazia um peso sobre os ombros. Algo que lhe afligia muito. Só resta saber o que, especificamente.

Os três presentes

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Por todo o livro vemos Auri correndo atrás de três presentes para Kvothe. Uma vela. Um refúgio e um beijo de proteção.

“Primeiro, a vela inteligente, toda Taborlin. Toda cálida e recheada de poesia e sonhos.
A segunda era o lugar adequado. Uma prateleira em que ele poderia colocar seu coração. Uma cama para dormir. Ali, nada poderia machucá-lo.
E a terceira?”

[…]

“Mas havia a terceira coisa. Dessa vez, Auri não enrubesceu. Sorriu. Lavou o rosto, as mãos e os pés. Depois, deu um pulo rápido ao Porto e abriu o azevidro. Com dois dedos, tirou uma única baga minúscula, viva como sangue, apesar da luz verde de Foxen.
Auri correu até Van e deu uma olhadela no espelho. Passou a língua nos lábios e pressionou a baga contra eles, umedecendo-a da esquerda para a direita. Depois, alisou-a de um lado para outro entre o lábio superior e o inferior.
Olhou para seu reflexo. Não parecia diferente de antes. Seus lábios eram do mais pálido tom de rosa. Ela sorriu.”

Esses presentes foram dados em O Temor do Sábio, no capítulo 11.

“– Agora, levante-se. Eu tenho três coisas para você, como seria justo.
Fiquei de pé e ela me estendeu algo embrulhado num pedaço de pano. Era uma vela grossa que cheirava a lavanda.
– O que há dentro dela? – perguntei.
– Sonhos felizes. Eu os coloquei aí para você.
Revirei a vela nas mãos, enquanto se formava uma suspeita.
– Você mesma a fez?
Ela meneou a cabeça e deu um sorriso delicado.
– Fiz. Eu sou incrivelmente esperta.
Guardei-a com cuidado num dos bolsos da capa.
– Obrigado, Auri.
Ela ficou séria.
– Agora, feche os olhos e se curve, para eu poder lhe dar seu segundo presente.
Intrigado, fechei os olhos e dobrei o tronco, perguntando-me se ela também teria feito um chapéu para mim.
Senti suas mãos dos dois lados do meu rosto e então ela me deu um beijo minúsculo e delicado no meio da testa.
Surpreso, abri os olhos. Mas ela já estava de pé, a vários passos de distância, com as mãos nervosamente presas nas costas. Não consegui pensar em nada para dizer.
Auri deu um passo à frente.
– Você é especial para mim – disse, com ar sério e o rosto grave. – Quero que saiba que sempre. ”

Qual o papel de Auri nisso tudo?

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E então… Auri sorriu. Não por ela. Não. Nunca por ela. Ela devia permanecer pequena e guardada, bem escondida do mundo.
Mas por ele era outra coisa, toda diferente. Por ele Auri traria à baila todo o seu desejo. Invocaria toda a sua argúcia e a sua arte. E depois criaria um nome para ele. – A Música do Silêncio

Acredito que a ligação entre Auri e Kvothe esteja completamente entrelaçada. Ela terá um grande papel a desempenhar em As Portas de Pedra.

A relação de ambos sempre foi singular, pautada na simplicidade das coisas e na força delas. Então, acho que tudo que referir-se aos dois, será bem sutil. Até que no final, seremos agraciados com grandes momentos.

O nome Kote

Será ela quem dará a ele o nome Kote e assim ele deixará para trás, o poderoso nome Kvothe.  Com seus dotes de nomeadora, a menina dará um novo nome à Kvothe, livrando-o de todo peso de seus ombros. E assim, ele poderá usar o local seguro, o presente dado por Auri.

Qual era o antigo nome de Auri?

Em nenhum momento, nem em O Nome do Vento, nem em O Temor do Sábio, nem em A Musica do Silêncio, soubemos o nome verdadeiro de Auri.

Se levarmos em consideração minhas teorias anteriores, existe um nome guardado.

Seria esse o nome de Auri? Por que estou dizendo isso?

Porque há um nome contido em uma caixa. O nome da Lua está guardado na caixa Lackless porém, até o momento, é impossível abrir a estranha caixa.

Acho difícil o nome de Auri ser o nome da Lua. Entretanto, nada tira da minha cabeça que ela tem relação, ou terá um papel importante no mistério do nome da Lua.

Percebam que temos uma garota com uma parcela do nome de Laurian (uma Lackless de acordo com a teoria anterior). Será que isso seria o bastante para ela criar uma chave capaz de abrir a caixa Lackless?

E se essa caixa só puder ser aberta com a chave dada por Auri?

Aquela chave entregue em O Nome do Vento.

“― Uma chave ― disse, orgulhosa, empurrando-a para mim.
Aceitei-a. Tinha um peso agradável na minha mão.
― É muito bonita. O que ela abre?
A Lua ― respondeu Auri com uma expressão grave.
― Isso deve ser útil ― comentei, examinando-a.
― Foi o que achei. Assim, se houver uma porta na Lua, você poderá abri-la ― disse, sentando-se de pernas cruzadas no telhado e me dando um sorriso. ― Não que eu encoraje esse tipo de conduta imprudente. – O Nome do Vento, capítulo 53, Círculos Lentos.

Ter um pedaço de um nome seria possível, conferir-lhe determinados poderes? Se Kvothe fosse um nomeador e moldador poderoso, talvez essa minha teoria seria possível.

O papel de Auri está ligado à  lua

Seria isso uma possibilidade real ou apenas coincidência?  Se for real, temos uma garota quebrada e jogada na escuridão, tentando viver sua vida, nomeando e moldando tudo o que existe no Subterrâneo, aparecendo e desaparecendo, exatamente como Feluriana disse sobre a Lua está em constante movimento.

 não a manteve parada [a lua]. e agora ela oscila entre mortal e encantada[ os mundos]. – O Temor do Sábio, capítulo 102 – A Lua em Eterno Movimento

Essa ligação com a lua explica um pouco da personalidade de Auri, mas não o nome, nem a idade.

Idade de Auri

Algo que joga contra o fato de Auri ter relação direta com a Lua, para mim, é sua idade. Ela tem cerca de 20 anos e estudou na Universidade, não faz muito tempo.

Tanto quanto eu podia calcular, Auri era poucos anos mais velha que eu; com certeza não passava dos 20. – O Nome do Vento, capítulo 53 – Círculos lentos.

Auri cita um professor em A Música do Silêncio. O Alquimista-Mor que ainda dá aulas na Universidade.

Fitou o fogo por um instante e virou de costas. Ele queimaria por algum tempo. Era o que Mestre Mandrag sempre dissera: nove décimos da química eram a espera. – A Música do Silêncio

Então, tudo leva a crer que ela deixou os estudos na Universidade há pouco tempo atrás.

Outra questão que conversei com muitas pessoas por aqui é sobre o fato dela ser uma encantada.

Seria possível Auri ser uma encantada?

Vejamos se seria possível Auri fazer parte do mesmo mundo magnifico que Bast e Feluriana fazem parte.

“— A maior parte deles não vem a este mundo. Não gostam dele. Ele arranha sua pele, como se vestissem aniagem. Mas, quando vêm, gostam de uns lugares mais do que outros. Gostam de lugares selvagens. Lugares secretos. Lugares estranhos. Há muitos tipos de fadas, muitas cortes e casas. E todos eles são governados segundo os próprios desejos.”

“Fechando a cara, Auri o levantou, embolou aquela coisa ingrata e subiu a escada sem nome. Sentiu-se achatada e arranhada como uma velha pele de animal. Seca como papel escrito dos dois lados. Nem a implicância brincalhona do novo degrau de pedra conseguiu instilar nela um sopro de alegria.”

Essas duas passagens mostram que os encantados tem algumas características específicas. E podemos ver algumas delas em Auri. Entretanto, o ferro é o elemento que confirma que Auri não é uma encantada.

“Abaixo desse vinha o segundo emaranhado. Auri afastou com o pé um velho cano de ferro para continuar a descer, depois, ao passar, puxou uma válvula com a mão livre, mudando de velocidade e deslizando pelo espaço estreito entre dois canos de cobre da espessura de um pulso.”

Os encantados não tocam em ferro, pois isso traz dores à eles. E aqui Auri o tocou sem problema alugm. Sendo assim, parece que existem mais perguntas do que respostas.

Conclusão

O que posso afirmar é que Auri é uma nomeadora e possível modeladora. Porém, nem ela se dá conta disso, por ser alguém humilde.

Será ela quem cuidará de Kvothe e lhe dará o nome de Kote, mudando sua vida completamente.

Acredito ainda que ela é a peça principal para abrir a caixa lackless onde encontra-se o nome da Lua. E tudo isso se dá ao fato de Kvothe ter escolhido o nome Auri para ela, retirado inconscientemente do nome de sua mãe. Laurian.

Sendo assim, Kvothe tem uma poderosa aliada para enfrentar aquilo que está por trás das Portas de Pedra.

Já as outras ideias suscitadas, são apenas ideias para discutirmos por aqui. Existem muitos elementos e estou tentando levar todos em conta. Ainda pairam dúvidas sobre os rumos da trama, mas não cansarei de especular.

Acredito que esses pequenos fragmentos indicados aqui, servem como base (uma frágil base, eu admito) para essa minha teoria.

De qualquer forma, esses são os elementos que temos para trabalhar.

Entretanto não podemos descartar que seja apenas coincidência.

Porém, se tudo for simples coincidência, bem…

É uma baita simples coincidência.

E vocês o que acham?

Deixo aqui uma passagem que talvez eu venha a falar um pouco mais, no futuro.

“– Posso lhe contar histórias que ninguém jamais ouviu. Histórias que ninguém jamais tornará a ouvir. Histórias sobre Feluriana, sobre como aprendi a lutar com os ademrianos. A verdade sobre a Princesa Ariel. O Temor do sábio, capítulo 2 – Azevinho.

22 Comentário

  1. Pedro Maldonado Pedro Maldonado
    13 de fevereiro de 2017    

    Muito bom, eu também sempre acreditei que ela ajudaria Kvothe a tornar-se Kote. E sobre quem Auri pode ser, não tinha pensado nesse Laurian, legal, mas estou como mencionado por último, acredito que seja Ariel Calanthis (Filha do Rei Roderic, acho que de Vintas), a princesa que “desaparecida”, pela educação que Auri nos mostra, seus conhecimentos sobre Ciridae e os Amyr e por ai vai. Minha única questão aqui é se um Rei de um reino enviaria sua filha pra estudar na Universidade de outro reino (se não me engano eram bem distantes no mapa), mas pela fama da Universidade, é possível. Ansioso por mais posts, sucesso! (:

    • 3 de abril de 2017    

      Eae meu amigo! Tudo bem? Eu to pensando muito na Ariel. Logo logo vou fazer um post sobre ela.

      • Esdras Evangelista Esdras Evangelista
        11 de outubro de 2018    

        Quem é Ariel afinal? Quando vamos saber sobre ela? rs

  2. Vinicios Garcia Vinicios Garcia
    14 de fevereiro de 2017    

    Sobre Auri nomear Kvote como Kote, acho bem dificil, beirando o impossivel, pelo fato de Kote ter o significado de “Desgraça”.
    Acredito que ele tenha tomado o nome para si, para não esquecer que ele leva desgraça onde passa.

    Acredito mais na teoria de Auri ser da realeza. Pelas passagens que ele toma chá com ela, e mostra a etiqueta toda dela, Kvothe chega até a destacar isso.

    Minha teoria é de quem trai ele, trai em quesito sobre ele dizer algo sobre a Auri, e ocasionar na morte dela ( o anjo) e a culpa cair pra ele ainda.

    • 3 de abril de 2017    

      Entendi. Eu não sabia o significado de Kote. ENtão, pode ser que ela não faça por vontade própria. Talvez por um pedido dele, Não sei.

    • Yago Yago
      10 de novembro de 2017    

      Não acho que Auri vira a morrer por culpa do Kvothe, e sobre o anjo morto, creio firmemente que seja um dos Amyr, já que em O Nome do Vento deixa bem explícito que ele teve que LUTAR contra um anjo para conseguir sua amada, sabemos que ele luta com um anjo e que a luta ocorre na praça provavelmente em frente à Eolica… há uma passagem no primeiro livro, onde um jovem percebe que Kote era na verdade o Kvothe, e diz que o local onde ele o matou (aqui não sabemos ao certo o que ele matou) ficou todo destruído, deixando até mesmo impossível a reconstrução da calçada.
      Essa minha teoria de que o anjo que Kvothe matou seja um dos Amyr se baseia em uma das histórias contadas nos livros, na qual Tehlu transforma em anjos as pessoas que protegeriam o mudo do Encanis, dando assim asas para eles, para que os mesmos cheguem com rapidez ao lugar no qual Encanis se encontrasse, e SE o traidor não fosse Lanre e sim Selitos, e SE a canção de Denna realmente é a verdadeira história da queda de Myr Tariniel?!

  3. Lindsay Itaboraí Lindsay Itaboraí
    16 de fevereiro de 2017    

    Gostei muito do post Drunk. Estava com saudades das teorias sobre livros.

    Contudo, só não concordo com a parte que você disse “O que posso afirmar é que Auri é uma nomeadora e possível modeladora. Porém, nem ela se dá conta disso, por ser alguém humilde.”

    Primeiro, não diria POSSÍVEL modeladora, pra mim, os indícios apontam que ela é A MODELADORA, alguém como uma capacidade inimaginável (vide a cena da vela, onde ela dobra “o mundo” a sua vontade).

    Em segundo lugar, não acho que ela não se dê conta por ser humilde, acho que ela tem plena ciência de sua capacidade, e por isso o “mundo normal” do qual ela fazia parte não faz mais sentido. Na minha interpretação, acho que ela é tão poderosa, que compreende a matéria em sua essência, e por isso a forma de se relacionar com o mundo é tão diferente.

    Sendo assim, o que vejo nela é mais algo como respeito. Por conhecer tão bem a forma como as coisas são e funcionam, ela tem um grande respeito por todas as coisas, e sabe que seria errado (ou desrespeitoso como ela sempre diz) moldar o mundo a sua vontade. E claro há como você bem disse, uma dose de medo, por algum grande feito que ainda vamos descobrir no livro seguinte.

    No mais, parabéns pelo sempre ótimo trabalho.

    • 3 de abril de 2017    

      Obrigado pelas belas palavras! Realmente fazia tempo que eu não me debruçava nas teorias de sagas literárias. E A Música do Silêncio me ajudou, quando resolvi rele-la! Ela sendo Modeladora, me abre ainda mais os horizontes! To pensando em escrever mais um post sobre O Temor do Sábio.

      • Andressa Andressa
        11 de abril de 2017    

        Pelo amor de Deus, escreva!!! Suas teorias são sensacionais!

        • 11 de abril de 2017    

          HAhhahaha Pode deixar, vou escrever sim! Obrigado por acompanhar o Drunkwookie!

  4. Cássio Levi Cássio Levi
    17 de fevereiro de 2017    

    Gostaria muito de que suas teorias fossem verdade, Drunk. Mas tem algo que me incomoda.
    É fato que algo grave vai acontecer no terceiro livro. Porém, tenho a impressão de que não é tudo isso que esperamos. O Patrick já disse que não vai continuar a história de Kvothe. Ele quer explorar outras figuras importantes no mundo que ele criou. Como ele mesmo disse: Kvothe é só mais um dentre os muitos. E a outra coisa é sobre o final. Kvothe conversou com o Ctaeh (acho que é assim que se escreve). E através de Bast sabemos que o Ctaeh conhece e escolhe o pior futuro de quem conversa com ele. Kvothe pede que Bast olhasse ao redor. Já estavam nesse futuro. Era o fim. Temo que esse seja o final do fantástico Kvothe: desencadeará problemas, e terminará desaparecido, apenas uma sombra desconhecida do que um dia ele foi

  5. Bruno Bruno
    26 de junho de 2017    

    Fala um pouco sobre o rei que o kvothe mata, pelo que o material fala o rei se chama roderic, e o kvothe é o matador do rei né? Fora isso depois de revelar pro cronista o nome dos sete, ele da a entender que o chandriano pode ir caçar ele. Oque nos leva a pensar que no final das contas o kvothe não consegue a vingança dele né, o chandriano continua vivo e atuante por ai

  6. Bruno Bruno
    10 de julho de 2017    

    Drunk, muito bom seu post.
    Mas temo discordar de uma coisa que para mim ficou meio óbvia, quando li (talvez na terceira vez).
    Acho que, na verdade, o Kvothe é um Lackless, mesmo que le próprio não saiba.
    Por um bom motivo.
    Ele desconhece plenamente a origem nobre da mãe dele. Passou uns dias com alguns parentes dela na infância e nada mais.
    Quando ele conhece Meluan Lackless, no jantar na casa do Maer, ele nota que ela tem traços familiares com alguém.
    Primeiramente eu pensei que fosse a Denna, mas depois lembrei que ele criou barreiras na memória para tudo que fosse referente à dor que passou com a morte dos pais. Se fosse a Denna, ele faria a ligação na mesma hora, visto sua memória impressionante, mas, por se tratar da mãe, ele ainda estaria “bloqueado” a isso. Até porque nunca revelou, em momento algum, que houvesse baixado essas barreiras completamente.
    E ele vai falar novamente o nome da mãe dele só pela metade do Temor do Sábio, muitos anos depois da morte dela.
    Lembre-se do ódio de Meluan para com os Edena, que haviam roubado sua irmã. Esta, portanto, tia dele.
    Assim, acho que a ligação aos Lackless no terceiro livro será justamente ele, não a Auri.
    Abraço

    • 10 de julho de 2017    

      Eu digo exatamente isso no post “O Que esperar de As Portas de Pedra”. Kvothe é Lackless.

  7. Lucas Martins Lucas Martins
    24 de agosto de 2017    

    Ótimo texto! Enquanto o lobo mau, digo, o próximo livro não vem, só nos resta teorizar mesmo. Achei muito divertido ler essa sua visão, uma vez que ainda em 2015 dois amigos meus chegaram a uma teoria similar, mas segundo eles, o nome dado ao Kvothe pela Auri seria “Duleitor”. Se bem recordarmos, Duleitor é o nome dado pela “primeira amada de verdade” do Kvothe por ela gostar do som (vide orelha do Nome do Vento), então, pela teoria, após o protagonista ser expulso da universidade, provavelmente de forma bastante conturbada, ele moraria nos Subterrâneos com a Auri por uma temporada, onde ela o nomearia após eles se enamorarem.

    O que sempre me incomodou sobre isso tudo foi o fato de ser bastante óbvio, ao menos para mim, que o primeiro e maior da vida de Kvothe sempre foi Denna, fato este reforçado ainda no primeiro livro em um Interlúdio imediatamente anterior à obtenção da Gaita de Prata onde Kote conta a Bast e ao Cronista sobre a mulher que entraria na história.

    De toda forma, achei sua teoria bem mais condizente, não apenas pois o novo nome tiraria todo o peso do antigo, mas por complementar perfeitamente a sensação que nos é passada após lermos a Música do Silêncio. Contudo, como comentaram por aqui também, “Kote” significa “Desgraça”, talvez a escolha de tal nome se deva para que Kvothe nunca se esqueça de suas origens e atos. Bem, ~ainda~ não temos como saber.

    PS.: Sempre achei que o nome Auri tivesse relação com Aurum, o nome latino para ouro, devido aos cabelos dourados da mesma.

  8. Zanetti Zanetti
    21 de outubro de 2017    

    Caso a Auri realmente seja a princesa, Kvothe pode sim ter adotado o nome de Kote através dela quando ele mata o rei, vide o título

  9. Luciano Luciano
    20 de novembro de 2017    

    Muito bom o post.
    Já li 3 vezes cada livro e ainda não tinha encontrado ninguém interessado em resolver o enigma da princesa Ariel!
    Eu acho importante porque relaciona com outra passagem: “Já resgatei princesas de reis adormecidos em sepulcros.”

    Quanto ao nome da Auri, é bom levar em conta a explicação do Kvothe e a importância que o Elodin deu: “no fundo do coração, eu pensava nela como minha fadinha da lua.”

  10. Fernando Martins Fernando Martins
    6 de dezembro de 2017    

    Sobre o nome “Kote”, acho o seguinte:
    Na página 445, em um diálogo com o Mestre Kilvin após o acidente na Ficiaria, Mestre Kilvin diz uma frase em Siaru:
    “― Conhece o ditado “Chan Vaen edan Kote”? Tentei decifrar o quebra-cabeça. – Mestre Kilvin
    ― Sete anos… não sei o que é Kote.
    ― “Espere uma desgraça a cada sete anos” ― ele explicou. ― É um antigo provérbio, e muito verdadeiro.”
    Na tradução de Kvothe, a única palavra que ele não consegue traduzir, é ‘Kote’, o que acabou me levando a crer que tal palavra, significa ‘desgraça’.
    Sabe-se que Kvothe adotou esse novo “personagem” de hospedeiro para fugir de algo que aconteceu, o que pode ter sido alguma desgraça, literalmente e por isso a palavra “Kote”.
    Então acho que esse nome não foi dado pela Auri.

  11. CAMILA FERNANDES CAMILA FERNANDES
    31 de janeiro de 2018    

    vc apontou sobre ela possivelmente ser uma encantada, e o pq de não ser. Mas, no entanto, e se ela na realidade for uma uniao de um ser encantado e um humano? seria possivel? o fato dela aparentar ter 20 anos nao necessariamente significa que ela tenha essa idade, vide Feluriana linda e maravilhosa. seria possivel dizer que Auri é do mesmo periodo antes da guerra dos encantados?
    Pelo o que é dito haviam outros modeladores e nomeadores, seria ela entao uma tbm?

  12. camila camila
    31 de janeiro de 2018    

    vc apontou sobre ela possivelmente ser uma encantada, e o pq de não ser. Mas, no entanto, e se ela na realidade for uma uniao de um ser encantado e um humano? seria possivel? o fato dela aparentar ter 20 anos nao necessariamente significa que ela tenha essa idade, vide Feluriana linda e maravilhosa. seria possivel dizer que Auri é do mesmo periodo antes da guerra dos encantados?
    Pelo o que é dito haviam outros modeladores e nomeadores, seria ela entao uma tbm?

  13. 15 de março de 2018    

    Estou relendo os livros pela terceira vez, e absorvi algumas informações que haviam passado nas outras leituras e que talvez digam algo realmente importante para o próximo livro.

    No capítulo 3 do Nome do Vento, quando alguns viajantes estão na pousada, um deles reconhece Kvothe, e diz a seguinte frase:

    “― Eu sabia que não podia ser você. Mas achei que era, mesmo assim. Ora, quem mais tem o seu cabelo? ― indagou. Abanou a cabeça, tentando em vão desanuviá-la. ― Vi o lugar em que você o matou, em Imre. Perto da fonte. Todas as pedras do calçamento ficaram estilhaçadas ― disse, franzindo o cenho e se concentrando nessa palavra. ― Estilhaçadas. Dizem que ninguém é capaz de remendá-las.”

    Esse trecho provavelmente cita a morte do Rei que Kvothe realizou, e algo que intriga é:
    – Porque o rei estaria em Imre, tão próximo da Universidade, ao invés de estar na República?
    Isso fortalece a teoria que em algum momento da trama o Ambrose se tornou rei e Kvothe o matou (de forma brutal, ainda segundo o trecho citado acima), e que justamente pela forma brutal, demonstra que foi um acesso de raiva do Kvothe, talvez até como vingança por algo feito contra a Denna.

    Claro que posso ter viajado um pouco na análise, mas faz um certo sentido.

    • Wagner Ganaghar Wagner Ganaghar
      8 de abril de 2018    

      Achei essa teoria bastante interessante, mas um pouco óbvia.
      O pensamento de Ambrose como Rei já me passou pela cabeça, mas eu não tinha me atentado para detalhes da morte. Também não sei se seria tão fácil o Ambrose se tornar rei, apesar de ser de família influente.

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