E já são 17 filmes da Marvel nos cinemas!
Uma grande jornada até aqui, com diversos acertos e pouquíssimos equívocos!
Thor – Ragnarok estreou 03 de novembro e parece ter agradado a maioria dos fãs do Deus do Trovão.
Em Abril desse ano eu tinha dito um pouco sobre o que eu esperava desse filme, e já imaginava que teríamos um filme mais puxado para o lado cômico.
O filme beberia da fonte de Guardiões da Galáxia, uma vez que, até o momento, não tínhamos um filme memorável do Thor e era necessário apostar em uma guinada de estilo.
E isso foi bom?
É sobre isso que falarei hoje.
A Trama
A trama é bem simples e acerta em cheio.
Uma profecia paira sobre Asgard. O Ragnarok! Sendo assim, o fim do mundo asgardiano está prestes à acontecer e Thor decide, sozinho, investigar uma vez que Odin (Loki disfarçado) não parece muito interessado na defesa do Reino.
Tal investigação leva o Deus do Trovão até Muspelheim onde enfrenta Surtur. Depois disso Thor encontra o verdadeiro Odin ( com a ajuda do Doutor Estranho) e descobre ter uma irmã mais velha, Hela, que até então estava presa e sua existência havia sido apagada da história asgardiana. O embate com sua irmã o joga em um planeta desconhecido. Nesse planeta ele encontra Valkiria e Hulk (reecontra também Loki). Juntos, eles vão à Asgard para derrotar Hela.
Pontos Positivos
Como sou um cara otimista, vou começar pelos pontos positivos do filme.
Efeitos Especiais
A produção da Marvel é impecável, como sempre. Até mesmo um simples dragão que aparecerá alguns poucos minutos em tela, tem uma qualidade tão boa que dá gosto de ver.
Porém, não só as cenas de CGI são impecáveis. O figurino desse filme é o mais belo visto até agora.
Me lembrou muito Star Wars quando o filme nos apresenta Saakar. A Marvel sabe mesclar bem efeitos especiais e figurino.
Mjolnir. Ascensão e Queda
Gostei muito de ver o modo como o Mjolnir foi abordado. Muito parecido com o que vemos nos quadrinhos!
Logo no início do filme vemos Thor e seu martelo em perfeita sincronia, enfrentando hordas de demônios e derrotando Surtur de forma bem eficaz. A ideia ali foi mostrar o que Thor viria a perder, quando seu martelo fosse destruído.
Thor já perdeu seu mjolnir diversas vezes. Seja porque inimigos o destruíram, seja porque Thor se tornou indigno.
Sim, nos quadrinhos Thor se tornou indigno de poder empunhar seu martelo, porém isso não o impediu de continuar sendo um deus temível.
Com Jarnbjorn, “o urso de ferro”, Thor continuou viajando pela galáxia. (Tudo bem que para voar entre um planeta ou outro, ele utiliza a ajuda de uma cabra mágica, uma vez que o machado não o ajuda a voar como o Mjonlir).
Aproveitando a oportunidade, esse é um ótimo momento para acompanhar os quadrinhos do Thor.
Temos o arco “Thor Indigno” nas bancas.
Vale muito a pena ler, pois Jason Aaron nos roteiros, e Oliver Coipel na arte é simplesmente a melhor coisa que poderia acontecer para o Deus do Trovão.
Voltando ao filme, gostei da ideia de termos o martelo quebrado. Pois Thor teve que se virar com suas outras habilidades.
A batalha na Bifrost, onde Thor enfrenta um exército de zumbis usando seus punhos, os raios e relâmpagos foi uma das melhores cenas do filme.
Hela, a melhor vilã
Dizer que Hela é a melhor vilã da Marvel, não quer dizer que ela é ótima. Sim, ela é ótima. Os vilões da Marvel sempre careceram de identidade e Hela foi a que mais trouxe isso.
Queria que tivesse mais de Hela e mais de sua história, porém o filme se propôs a mostrar novamente uma luta entre heróis.
Percebam que ela traz elementos em suas roupas e em seu estilo de luta que muitos poderiam fazer paralelos ao de Loki. Entretanto, esses elementos remetem à Frigga, mãe de Hela, esposa de Odin.
Foi Frigga que ensinou seus feitiços à Loki, e consequentemente foi ela quem ensinou-os à Hela.
Esse pequeno detalhe foi um dos pontos altos do filme. E quem quiser ver um pouco de Frigga lutando com espadas, é só clicar no video abaixo.
A Valquiria de Tessa Thompson
A melhor personagem da Marvel.
E digo isso sem medo de parecer exagerado. Há tempos gostaria de ver um/uma personagem secundário que fosse auto-suficiente. E ela é perfeita.
Suas convicções dentro da trama são mais bem exploradas do que as de Bruce Banner por exemplo.
A Valquíria de Thor – Ragnarok não é a mesma dos Quadrinhos. Em um flashback vemos que Brunhild (a Valquíria dos Quadrinhos que já fez parte dos Vingadores Secretos) morreu ao salvar à Valquíria que vemos no filme.
Tessa Thompson trouxe uma personalidade para a Valquíria que até então não tínhamos no Universo Cinematográfico da Marvel. Espero poder vê-la em Vingadores – Guerra Infinita.
Planeta Hulk
Quem acompanha o Drunkwookie sabe que adoro o arco Planeta Hulk. E vê-lo no cinema foi legal!
Não da forma como esperava, mas um filme solo do Hulk parece estar fora de cogitação para a Marvel. Então, o pequeno recorte de Saakar e Hulk gladiador foi suficiente para alimentar meu ego nerd.
Korg e Miek totalmente diferentes dos quadrinhos, mas ao mesmo tempo insanamente divertidos!
Grão-Mestre
O Grão-Mestre é a prova que humor comedido, funciona. Porém, sobre o humor falarei mais adiante.
Pontos Negativos
Em questão de quantidade, são poucos os pontos negativos do filme.
Porém, um deles foi o que mais me incomodou, mas vamos lá.
Retcons e correções do Universo coeso
Primeiro quero falar sobre retcons.
A Marvel é conhecida (e sempre elogiada) por suas amarrações que vem sendo feita desde seus primeiros filmes. Muitos acreditam que esse é o fato mais marcante do estúdio, sendo isso o responsável pelo sucesso desse Universo tão coeso.
Entretanto, em Thor – Ragnarok percebemos que nem sempre a Marvel está tão afinada como se espera.
Nesse filme percebemos que a Marvel teve que “arrumar” alguns equívocos criados lá atrás, no primeiro filme de Thor.
É compreensível que inicialmente a vontade era trazer vários easter eggs para os fãs. Entretanto, muito do que foi visto ali no Cofre de Odin, no futuro seria usado de outra forma, e acabou sendo um problema.
A Manopla do Infinito que havíamos visto no Cofre de Odin teve, então, que ser revelada como falsa. Para mim foi uma desculpa um tanto esfarrapada para “consertar” um fanservice mal inserido.
Outro problema de cronologia, que exigiu a inserção de um retcon, foi o passado de Hela. Hela ser a primogênita de Odin foi uma jogada bem interessante. Entretanto, como explicar o porquê de ninguém lembrar dela?
Os desenhos encobertos no teto da Sala do Trono e o sepulcro escondido abaixo da sala do Cofre serviram para dar um passado à Hela, dentro de Asgard. Simples, acertado, porém passa longe da ideia de “universo amarrado” que a Marvel vem construindo até então.
Anticlimax
Talvez esse tenha sido o ponto negativo que mais me incomodou. Eu não tenho nenhum problema com o humor em filmes. Tanto a inserção dele, quanto sua falta.
Sendo assim, não vou achar um filme da DC muito ruim porque não tem humor, nem vou achar um filme da Marvel muito bom porque tem humor.
Esse papo de “É que o filme não se leva a sério”, parece a nova regra cinematográfica. E para mim, foi a vontade exagerada de “não se levar à sério”que incomodou bastante.
Não foram as piadas de Thor – Ragnarok que me incomodaram. Mas os momentos anticlímax que, em demasia, pareceram forçados. Para mim, Anticlimax não é humor.
O Martelo não chegar logo depois de uma frase heróica e de impacto?
Ok! Engraçado demais.
Uma bola batendo em vidro reforçado e atingindo a cara do Thor, logo após um discurso heróico?
Hum… Tudo bem!
Um Bruce Banner não se transformando em Hulk e caindo de cara no Bifrost?
Sei lá.
Foi esse excesso de anticlímax que não funcionou para mim. É um caminho narrativo que não me agrada e eu não vejo graça.
Só para citar coesão… No final de Vingadores, Bruce já havia demonstrado que conseguia controlar a transformação em Bruce/Hulk (mas não o contrário). Então, ver essa cena na Bifrost é engraçada, claro! Mas não faz sentido.
Conclusão
Esse é o melhor filme do Thor. A história é simples e funciona muito bem.
Porém, isso não faz dele um filme ótimo. Não há nada memorável no filme como um todo, e os anticlimax ajudam à tornar o filme esquecível muito rápido, infelizmente.
Fico com receio do tipo de personalidade que vão impingir no Thor, daqui para frente.
Ele ser engraçado, piadista em seu próprio filme, ok! Eu não gosto, mas muita gente gosta.
Porém, fica a dúvida: E quando Thor se juntar com os outros personagens da Marvel?
Homem de Ferro, Homem-Aranha, Homem-Formiga, Drax, Senhor das Estrelas, Rocket Racoon, Groot e Doutor Estranho (em menor grau) tem doses de humor demais. Teríamos então mais um alívio cômico na equipe contra Thanos?
Acho exagero. Teríamos heróis muito genéricos, com personalidades parecidas e isso seria uma perda.
Gostei da história, mas não gostei das inserções forçadas de humor.
Por isso torço para que a perda do Mjolnir, a perda de um olho e a suposta destruição de todo povo de Asgard (como sugere a cena pós-crédito interpretada juntamente com a descrição do início do trailer de Vingadores:Guerra Infinita), nos traga um Thor menos piadista, mais reflexivo, para dar contraponto e não nivelar todos heróis em Vingadores – Guerra Infinita.
Pois seria um desperdício resumir Os Vingadores à uma grande equipe de stand-up.
Nota
O que esperar de Thor e seu núcelo em Vingadores – Guerra Infinita?
Acredito que Loki tenha pego o tesseract e esse é o motivo de termos a nave de Thanos aparecendo na cena pós-crédito.
Acho que a nave de Thanos destruirá a nave de Thor, causando a morte de muitos asgardianos. Isso seria elemento suficiente para termos um Thor um pouco mais atormentado.
Hela poderia voltar e se unir à Thanos. Como ela representa a Morte, e Thanos é apaixonado pela Morte, seria um gancho perfeito para uni-los.
Eu simplesmente adorei esse filme! Não acredito que todos asgardianos venham a morrer, mas com certeza Thor assumirá um posto com ainda mais responsabilidade por substituir o pai. Assim, além dos traumas sofridos, não o vejo fazendo gracinhas nos filmes dos Vingadores, mas ele sempre esteve de alguma forma em cenas mais cômicas (era irresponsável e fanfarrão no sue primeiro filme, seus embates com Hulk no primeiro Vingadores). Além disso, teremos seu encontro com os Guardiões das Galaxias, não é mesmo?
Eu não sei o que você pensa, mas eu amo os filmes. São muito interessantes, podemos encontrar de diferentes gêneros. De forma interessante, o criador optou por inserir uma cena de abertura com personagens novos, o que acaba sendo um choque para o espectador. Desde que vi o elenco de Thor Ragnarok imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, pessoalmente eu irei ver por causo do ator Idris Elba, um ator muito comprometido. Eu vi recentemente Idris Elba em The Dark Tower. É uma historia que vale a pena ver. Para uma tarde de lazer é uma boa opção. A direção de arte consegue criar cenas de ação visualmente lindas.