Vale a Pena Ler “Mistborn – O Herói das Eras” [RESENHA]

Infelizmente, sou o Herói das Eras. Mistborn: Nascidos da Bruma: O Herói das Eras.

É assim que inicia-se o capítulo final dessa trilogia sensacional!

Eu já fiz duas resenhas sobre os livros anteriores, que vocês podem ver clicando abaixo.

Mistborn – O Império Final

Mistborn – O Poço da Ascensão

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Tentarei ao máximo não dar spoilers, (mas reli o texto e digo que não consegui) porém há fatos e citações que são impossíveis não revelar a “nova” situação de alguns personagem importantes. Sendo assim, eu peço para que se você ainda não leu e não quer saber o que vai acontecer, pare de ler e volte quando tiver terminado.
Agora, se você é daqueles que não ligam para spoilers e até se sente motivado a ler após algumas revelações, continue, vale a pena.

Sobre Brandon Sanderson e seu modo de contar histórias

Aqui tudo é grandioso.

Em O Herói das Eras não temos apenas a resolução dos problemas apresentados em O Poço da Ascensão. Assim como em seu predecessor, Mistborn – O Herói das Eras resolve problemas causados no livro anterior, mas também nos mostra novos embates, novas relações e novos males que assolam o Mundo.

E dessa vez são maiores e mais abrangentes.

Nos três livros, Brandon Sanderson nos leva a crer que sabemos até onde aquela trama pode chegar, que sabemos qual é o real vilão. Ele até nos leva a crer que já entendemos seu sistema de magia e todo o alcance dela.

Mas é aqui que nos enganamos!

A cada livro Sanderson nos diz: Você está longe da verdade! Ainda tem mais um segredo!

Existe um quebra-cabeças aqui, algo a ser resolvido. O que é que Kelsier vivia dizendo?
Sempre há outro segredo.

A cada livro ele nos entrega algo completamente novo! Um novo mistério, um novo poder, um próximo segredo.

E isso aguça a curiosidade, pois as novidades daquele mundo não deixam de surgir e vão se estabelecendo e enredando na trama de forma tão coesa e lógica, que você compra a nova ideia, assim que ela é apresentada.

Por isso, considero Sanderson o novo gênio da Fantasia atual. O modo como ele conta sua história é genial. Eu não havia entendido dessa forma, quando iniciei a leitura de O Poço da Ascensão, como disse no post anterior.

Novos segredos, novos poderes, novos perigos

Diante dessa profusão de novos elementos dentro da trama, você se sente dentro daquele universo. pois não é apenas você que não se surpreende com as novas informações. Os personagens também! Eles vão aprendendo junto com o leitor. E isso nos coloca lá dentro, como protagonistas.

Dentre essas novidades, acredito que a mais estarrecedora dela é a Hemalurgia e seus efeitos. Assim foi quando descobrimos os segredos da Feruquemia.

A Hemalurgia recebeu esse nome devido à sua ligação com o sangue. Não é coincidência, creio eu, que a morte esteja sempre envolvida na transferência de poderes via Hemalurgia. Marsh a descreveu certa vez como um processo “sujo”. Eu não teria escolhido esse adjetivo. Não é perturbador o bastante. “Mistborn: Nascidos da Bruma: O herói das eras.

Ela estava lá, desde O Império Final. Porém, só nos damos conta e passamos a entender seu funcionamento no decorrer do capítulo final!

Descobrimos também os segredos por trás dos Koloss e dos responsáveis pelas Brumas, pelo poder dos Nascidos da Bruma e Brumosos e descobrimos ainda o que é o Poço da Ascensão.

E claro, quem é o Herói das Eras. Esse foi o livro que mais anotações eu fiz.

Pois dos três, foi o que mais me empolgou as anotações do diário, que estão no começo de cada capítulo.

Convido vocês que, depois da leitura do livro, voltem e leiam apenas o cabeçalho de cada capitulo. Informações sobre a Alomancia, Feruquemia e Hemalurgia estão ali.

Também sabemos mais sobre o passado dos kandras e sua função no Mundo.

No decorrer da história, vamos sabendo ainda mais sobre as atitudes do Senhor Soberano, sobre seus acertos e seus erros.

E vemos alguém humano.

Pelo menos, na minha concepção ele fez, o que deveria ter sido feito naquele momento. Errou, é claro e o povo pagou um grande preço. Entretanto, seria impossível fazer de outra forma.

Novos Brumosos e novos metais?

Yomen comprovara que existiam Brumosos de atium. Mistborn: Nascidos da Bruma: O Herói das Eras.

Em determinado momento descobrimos que são 16 os metais alomânticos. Entretanto, nessa trilogia não são descobertos todos. isso abre espaço para futuras continuações.

Sobre a trama em si

Elend agora deve entender todas as mudanças em seu ser, entretanto não tem muito tempo para isso pois o Mundo está ruindo. Vemos estranhos poderes surgirem entre personagens que já conhecíamos.

Vemos até a presença de espíritos que buscam auxiliar nossos personagens.

Entretanto, nada é o que realmente parece. Por isso, senti uma sensação de paranoia por todo o livro, e no final sabemos que muitas coisas eram alteradas por Ruína e, desde sempre,  as aparições era parte de seu plano.

O metal atravessado em uma pessoa era vital para a conexão com tal criatura. Lembram do brinco da mãe de Vin?

Bem, todas as visões dela, todas as intervenções sobrenaturais de seu irmão, advinham desse “canal aberto” com Ruína, ao ter metal atravessado no corpo.

Foi o que eu disse lá atrás: Os elementos estavam ali, desde o início, porém as explicações vão aparecendo no capítulo final da trilogia.

Batalhas e os Nascidos da Bruma e seus personagens

“Um redemoinho de golpes exatos e esquivas impossíveis, sempre uns passos à frente de seus oponentes. Inimigo após inimigo caía diante dele. E, quando começou a ficar sem atium, se empurrou a partir de uma espada caída de volta à entrada. Lá, com muita água para engoli-lo, Sazed esperava com outra bolsa do metal. Mistborn: Nascidos da Bruma: O Herói das Eras.

As cenas de batalha estão ainda melhores. Não temos apenas Vin dando uma aula de como levar ao extremo os dons de um Nascido da Brumas.

Temos um outro personagem. Um recém-Nascido da Bruma, poderoso ao extremo e que, devo admitir, tem um grande charme nesse gran finale. Exércitos de Koloss são derrubados com suas próprias armas, quando empunhadas por braços cheios da força de e pés carregado de agilidade, graças ao peltre. Voos espetaculares com a ajuda dos empurrões e puxões de metal, advindo da queima de Ferro e aço.

Mas nem só eles tiveram destaque dessa vez.

Muitos personagens tiveram uma evolução muito interessante. Foi o caso de Fantasma, Vin e Elend (Quem eu não suportava e depois passei a respeitar).

A luta pessoal e incessante de Marsh é comovente. Foi um dos personagens que mais gostei nesse terceiro livro.

Já outros continuaram os mesmos, como Brisa. Sobre Sazed, o terrisano teve sua fase descrente, mas tivemos um fechamento justo para isso. Havia me parecido um pouco exagerado para um Guardador as atitudes vistas em O Poço da Ascensão. De qualquer forma, o final me animou. Sazed é sim um grande homem e merece ser quem se tornou.

Há ponto negativo?

Eu não digo ponto negativo. Pois o livro eleva tanto o ritmo quanto o nível que vimos em O Poço da Ascensão.

Entretanto, acredito que o livro é complexo e confuso em alguns poucos momentos. A maioria deles é quando trata sobre o papel dos “irmãos primordiais“, Ruína e Preservação.

Foram eles que criaram o mundo. E também criaram a vida e os poderes que nele existem. A grande batalha final trata sobre os deuses que criaram o Mundo.

Entretanto, achei muita informação para pouca explicação. Talvez eu esperasse um pouco mais de explanação, uma vez que esse plot dos irmãos não m empolgou tanto. Acho que a magnitude de tudo acabou me incomodando um pouco, uma vez que não senti tudo plenamente elucidado. Confesso que esse ponto baixo se dá mais pela minha falta de entendimento do que por falha do autor.

Conclusão

O livro é maravilhoso, tem momentos grandiosos, traz aquele clima de aventura e impõe novas regras de magia no imaginativo da Fantasia.

Acho que Faerie (O mundo da Fantasia, segundo Tolkien) ganhou mais um pedacinho!

Essa Fantasia estará sempre nas minhas listas de preferidas.

E vocês? O que acharam?

 

6 Comentário

  1. 19 de abril de 2017    

    Tu leu, tu leeeeu! \o/
    Os sistemas de magia desse livro são fenomenais! Nem acreditei quando finalmente revelaram o segredo do brinco da Vin (embora o meu palpite fosse bem diferente).
    Quanto a Ruína e Preservação, acho que as lacunas são propositais. Pelo que entendi, esses deuses são personagens em outros livros do Sanderson que compõem a Cosmere. Então, pra entender tudo mesmo, só lendo as outras séries, hahaha. Mas acho que ele fez um balanço legal entre deixar ganchos pros outros livros e fechar pontas soltas: dá pra parar nessa trilogia e se sentir satisfeito, e também dá pra querer continuar.
    PS: dizem que o Mistborn: Secret History é ainda mais mindblowing…

    • 19 de abril de 2017    

      Mais mindblowing? Nossa! precisarei ler então, rsrs

      • 20 de abril de 2017    

        Secret History é pra cair o forninho. AHUHAUHAUHUAH

        Finalmente se rendeu a Mistborn então? 😀

  2. Gil Gil
    2 de janeiro de 2018    

    O final (epílogo) não menciona o que acontece aos Kandras, Marsh (q não morreu), Yomen, Cett. gostaria de saber. Já procurei na internet informações e nada.

    • 9 de dezembro de 2018    

      Os kandras realmente eu não sei informar pra você, mas Marsh morreu queimado junto com os Kollos, Yomen tambem morreu e Cett tambem, tudo queimado pelo sol. Todas as pessoas que não estavam nas cavernas abrigadas morreram queimadas pelo sol, pois as cavernas protegeram as pessoas da luz do sol. Você pode reparar isso quando o Sazed vai ate fora da caverna ver Elend, Vin e Ruina que jaziam mortos no chão que ele começa a se queimar por conta do sol e fica só o osso antes de transceder como Deus

    • Daniel Daniel
      12 de fevereiro de 2019    

      Essas respostas estão na Segunda Era!

No entanto, Pings

  1. Livros em 2017 – Parte III – DrunkWookie on 27 de dezembro de 2017 at 16:13

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