Pat Rothfuss,
In an evening of discussion of ideas, we started to discuss “Felurian and Kvothe”.And it was at that time that the idea was born: create a gift for you.My partner and personal friend Bruno Del Rey is the artist.I’ve just described and directed the design to evoke the magic of the moment.I liked the result. I hope you like it too.A gift from brazilian guys, Bruno Del Rey, Leandro “Drunkwookie” Fonseca and Estudio Udes.We wish all the best! We admire your work.
Uma homenagem à Patrick Rothfuss… mas por que a Feluriana?
A ideia nasceu depois de um final de expediente no estúdio, onde começamos algumas discussões sobre “A Crônica do Matador do Rei”. Comecei a falar sobre como a escrita do Patrick e sua narrativa eram envolventes, e na evolução de Kvothe que conseguimos ver e sentir. E fatalmente, falamos sobre a Feluriana.
A personagem Feluriana me fascina, desde o início da Crônica do Matador de Rei.
“Esta é uma história de Feluriana. A Dama do Crepúsculo. A Dama do Primeiro Silêncio. Feluriana, que é a morte para os homens. Mas uma morte feliz, para a qual eles vão de bom grado.” O Temor do Sábio – capítulo 81, A lua enciumada.
E como não se fascinar com personagem tão bela, profunda e com conhecimentos que traz um entendimento maior a Kvothe no decorrer da trama?
Fiquei curioso quando ela foi, timidamente, citada em O Nome do Vento…
― A razão de eu estar com o coração tão pesado é meu medo de nunca saber o seu nome. Eu poderia continuar a pensar em você como Feluriana. Mas talvez isso levasse a uma confusão lamentável. Denna me lançou um olhar especulativo. O Nome do Vento – Capítulo 58, Nomes para um começo
…e depois, claro, quando a vi em ação em O Temor do Sábio.
Uma encantada, em forma de uma linda mulher, capaz de matar viajantes incautos que se perdem em seu território, apenas usando sua beleza e seu vigor físico insaciável.
É impossível não se gostar de tal personagem.
O encontro com a feluriana foi um dos pontos que mostrou que Kvothe cresceria.
O desenvolvimento do personagem tem vários pontos de amadurecimento e evolução, e esse encontro é um deles. Kvothe passa a entender melhor a história dos Encantados e outras coisas mais (deixarei de comentar essa parte, pois ainda há aqueles que não leram, e quero que eles se surpreendam).
Como é a Feluriana?
Pesquisando, percebi que não existia nenhuma manifestação artística que fosse suficiente para retratar a Feluriana.
E nós aqui do Estúdio Udes, resolvemos usar nosso curto tempo livre para nos dedicarmos à tentativa de criar algo legal.
Meu sócio e amigo Bruno Del Rey conseguiu, de forma magistral, evocar o espírito da cena mais impactante do relacionamento de Kvothe e Feluriana.
O momento em que ele acorda, admira aquela criatura encantada e pensa em tudo o que fez até aquele momento.
Aqui estão todos os estágios da criação da cena, até chegarmos ao final.
Foi essa a passagem que nos inspiramos para a criação da arte…
“ACORDEI COM ALGO ROÇANDO a fímbria da minha memória. Abri os olhos e vi árvores estendendo-se contra um céu crepuscular. Em toda a minha volta havia almofadas de seda e, a poucos palmos de mim, estava Feluriana, adormecida, o corpo nu frouxamente esparramado.
Era lisa e perfeita como uma escultura. Suspirou em seu sono e eu me repreendi por essa ideia. Sabia que ela nada tinha de pedra fria. Era quente e flexível e até o mais polido mármore lembrava uma mó, se comparado a ela.
Minha mão estendeu-se para tocá-la, mas eu me contive, sem querer perturbar a cena perfeita diante de mim. Um pensamento distante começou a me importunar, mas eu o afastei como a uma mosca irritante.
Os lábios de Feluriana se entreabriram e suspiraram, produzindo um som de arrulho. Lembrei-me do contato deles. Senti-me arder de desejo e me obriguei a desviar os olhos de sua boca macia, de pétala de flor.
Suas pálpebras fechadas tinham um desenho de asas de borboleta, em arabescos de roxo-escuro e preto, com um rendilhado ouro pálido que se fundia com a cor da pele. Com o movimento suave dos olhos durante o sono, o desenho se modificava, como se as borboletas batessem as asas. Essa visão por si só provavelmente valia o preço que todos os homens tinham de pagar para apreciá-la.Devorei-a com os olhos, certo de que todas as canções e histórias que tinha ouvido não eram nada. Feluriana era aquilo com que os homens sonhavam. Em todos os lugares em que estivera, dentre todas as mulheres que tinha visto, só havia encontrado uma equiparável a ela.
[…]
Eu ia enlouquecer ou morrer.” O Temor do Sábio – capítulo 96, O Fogo em si
Eu confesso que ajudei muito pouco. Apenas descrevi a cena, tentando transmitir a ideia que o Pat Rothfuss passou na hora de descrever a cena. E o restante ficou a cargo do Bruno.
Sou suspeito ao falar isso, mas… Não poderia esperar outra coisa, senão algo sensacional!
Conseguimos captar a essência da cena e criar algo único!
Fica aí uma homenagem à obra de Patrick Rothfuss e um presente para os fãs.
E semana que vem tem mais teorias!
Aproveito para convidar todos a visitarem a página do Estúdio Udes e o tumblr do Bruno Del Rey, é só clicar nas imagens abaixo.
Ficou linda! Estilo bem característico, uma beleza! No DeviantArt tem duas artes muito boas da Felurian tbm.
Ficou maravilhoso!!!!!!!!!!
Ficou lindo do jeitinho que imaginei, parabéns pelo belo trabalho