Meu estandarte estava atrás de mim, e atrairia homens ambiciosos. Eles queriam minha caveira como uma taça para beber, meu nome como troféu. Olhavam-me enquanto eu os olhava, e viam não um homem coberto de lama, mas sim um senhor de guerra com um elmo que tinha um lobo na crista, braceletes de ouro, malha de elos apertados e um manto azul-escuro com bainha de fios dourados e uma espada famosa por toda a Britânia. Bafo de Serpente era famosa, mas mesmo assim eu voltei a embainhá-la, porque uma espada longa não ajuda no abraço da parede de escudos. Em vez disso peguei Ferrão de Vespa, curta e mortal. Beijei sua lâmina e em seguida gritei meu desafio ao vento de inverno.

– Venham me matar! Venham me matar!

E eles vieram.

As Crônicas Saxônicas – Morte dos Reis, página 326

Se escrever sobre a obra de Martin sempre me fez pensar duas vezes antes de tentar, escrever sobre a obra de Bernard Cornwell, me deixa com um receio ainda maior.

 Foi Bernard Cornwell que sedimentou minha paixão pelos livros. E isso não é um exagero.

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Já até havia falado sobre ele no post 10 livros que marcaram minha vida

É verdade que antes dele, eu já conhecia muita coisa.

Era fã de Tolkien, C.S Lewis, Lewis Carrol e acima de tudo isso, estava mergulhado no mundo de D&D e dos quadrinhos.

Mas foi com a obra de Cornwell que eu tive a certeza de que um livro era algo que poderia me trazer toda felicidade, no que se refere a entretenimento.

Eu não me lembrava de já ter estado há tanto tempo sem uma espada desde a infância. Isso fazia com que um homem se sentisse nu. Excalibur, página 452

O Wyrd

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Bernard Cornwell fala muito sobre destino em seus livros. o famoso WYRD.

Para quem não conhece, wyrd é um conceito anglo-saxão, que se refere ao destino pessoal. Um conceito que tem suas raízes no paganismo.

Em suma, tudo sobre a sua vida está escrito. E você não consegue fugir de seu destino.

 Vocês verão a frase: Wyrd Bið Ful Aræd (O destino é inexorável), em algumas obras dele, por diversas vezes.

isso é interessante, pois é exatamente por uma questão de wyrd, que o responsável por me apresentar a obra de Bernard Cornwell foi meu amigo Bruno Del Rey (que hoje é meu sócio no Estúdio UDES) e que, por sua vez, conheceu Cornwell por intermédio de seu amigo Elton Padeti (que hoje também é meu sócio no Estúdio UDES).

Tudo isso em 2003, se não me engano. Há mais de 10 anos atrás. Uma época quando sonhávamos com espadas, paredes de escudos, guerras, hidromel, ales escuras e glória. Não que isso tenha mudado muito nos dias atuais, mas… ficamos mais responsáveis… quero acreditar.

Bem… Quando comecei a ler O Rei do Inverno, o ímpeto de adolescente me fez questionar imediatamente a habilidade de Tolkien em descrever batalhas e Cornwell passou a ser o meu mentor, e eu sempre pensava:

Ele sabia escrever e um dia eu escreveria como ele.

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Consegui um autografo quando ele veio na Bienal no Brasil

 Talvez essa é a importância mais marcante que Cornwell teve na minha vida. Aliado também ao fato de ter estreitado ainda mais meus laços de amizade com aqueles que gostavam desse tipo de literatura.

A obra de Bernard Cornwell é apaixonante por que ele escreve de uma forma franca, direta e pouco fantasiosa. É um algo que ele se propõem a fazer, e domina essa técnica com maestria.

E o modo como ele descrevia armaduras, espadas, homens, mulheres e batalhas. Tudo muito direto. Verossímil.

Toquei Bafo de Serpente de novo e me pareceu que ela teve um tremor. Algumas vezes eu achava que a espada cantava. Era um canto fino, apenas entreouvido, um som penetrante, a canção da espada que desejava sangue; a canção da espada. As Crônicas Saxônicas – A Canção da Espada, página 20

Foi uma agradável surpresa quando vi que Artur era justo mas implacável. Que a magia de Morgana e Merlin não passavam de truques de mágica, que fascinavam os menos esclarecidos.

Os personagens eram humanos. Tinham qualidades e defeitos. Eram quase palpaveis.

 E as batalhas?

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Gloriosas! Ele descreve o júbilo da batalha de forma épica e te transporta para a guerra. Você se sente prensado em uma parede de escudos. Cansado no sexto golpe de uma espada larga. Você também escorrega na lama, nas poças de saunge e tripas espalhadas pela planície.

   Aquele júbilo, aquela loucura. Os deuses deviam sentir-se assim em todos os momentos durante todos os dias. É como se o mundo ficasse mais lento. Você vê o atacante, vê que ele está gritando, mas não ouve nada, e sabe o que ele fará, e todos os movimentos dele são muito lentos e os seus são muito rápidos, e nesse instante você não pode fazer nada errado, você viverá para sempre e seu nome será gravado no céu numa glória de fogo branco porque você é o deus da batalha. As Crônicas Saxônicas – Morte dos Reis, página 360

Pode parecer apenas uma descrição de fã…mas não é. Voces precisam ler, e saberão sobre o que estou falando.

Um ódio terrível cresce na batalha, um ódio que vem da alma negra para preencher os homens com uma raiva feroz e sangrenta. Alegria também. Eu sabia que a parede de escudos saxã iria se romper. Sabia muito antes de atacá-la. A parede era fina demais, tinha sido feita muito às pressas, e estava nervosa demais, por isso saí de nossa primeira fila e gritei meu ódio enquanto corria para o inimigo. Nesse momento eu só queria matar. Não, eu queria mais, queria que os bardos cantassem sobre Derfel Cadarn no Mynydd Baddon. Queria que os homens me olhassem e dissessem: ali está o guerreiro que rompeu a parede no Mynyd Baddon, queria o poder que vem da reputação. Uma dúzia de homens na Britânia tinha esse poder; Artur, Sagramor e Culhwch figuravam entre eles, e era um poder que suplantava todos os outros, menos o do rei. O nosso era um mundo em que as espadas davam status, e esquivar-se da espada era perder honra, por isso corri na frente, com a loucura enchendo a alma e a exultação dando-me um poder terrível enquanto escolhia minhas vítimas. Excalibur, página 291

O modo como ele mostra o paganismo e o cristianismo naquela época, (e claro, há uma propensão maior em falar do paganismo de uma forma mais bela) é muito interessante. Eu adoro os ensinamentos de Merlin.

Merlin é um crítico mordaz e com um humor tão sarcástico que me dá alegria.

  – Não seja estúpido, Derfel – reagiu Merlin impaciente. – Os druidas não têm permissão de escrever nada, é contra as regras. Você sabe disso! Assim que você escreve alguma coisa ela se torna fixa. Vira dogma. As pessoas passam a discutir a respeito, ficam autoritárias, referem-se aos textos, produzem manuscritos, discutem mais e logo estão matando umas às outras. Se você nunca escreve nada, ninguém sabe exatamente o que disse, de modo que sempre pode mudar. O Rei do Inverno, página 318

Depois de O Rei do Inverno, devorei O Inimigo de Deus e Excalibur.

E então, como podem ver na imagem lá em cima que eu nunca mais parei de ler Cornwell. Na sequencia passei para a trilogia de A Busca do Graal.

O Arqueiro, O Andarilho e O Herege foram lidos vorazmente. Dali para frente nunca quis ter outro personagem nas sessões de D&D que não fossem um arqueiro.

   – Por isso eu fico de olho aberto e com as flechas afiadas. A Busca do Graal – O Andarilho, Página 168

Com o  tempo, claro que fui lendo outras coisas que não fossem Cornwell, mas sempre que ele lançava um livro eu corria para comprar.

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O Condenado, O Forte, Azincourt, 1356, Stonehenge (que é um livro com um ritmo totalmente diferente, mas igualmente épico, e deve ser lido)… Alguns eu achei fracos, como é o caso de 1356 e O Forte. Mas em sua grande maioria, os livros de Cornwell são ótimos.

E foi há pouco menos de 10 anos atrás, mais precisamente em 2006, que li o primeiro livro de As Crônicas Saxônicas, o livro chamado O Último Reino.

E até hoje estou acompanhando essa série com muita vontade de saber se Uthred conseguirá conquistar aquilo que sempre sonhou.

As Crônicas Saxônicas

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As capas vão completando uma cena com dinamarqueses

Logo no primeiro capítulo você conhece Uthred e sabe que aquele é o personagem que você passará a amar no decorrer de sua vida.

Tentarei entrar bem pouco na trama do livro, mas por se tratar de um romance de um evento histórico que se passou na Inglaterra, é difícil não deixar escapar alguns spoilers, pois a maioria sabe sobre os acontecimentos nessa época.

Bem.. o livro trata sobre a invasão dinamarquesa às terras inglesas, que na época não tinha esse nome.

Historicamente, tudo começou com a invasão em um mosteiro em Lindisfarne, na Nortumbria.

E essa saga cobre os relatos históricos que contam o inicio da Era Viking na Inglaterra, e toda a trajetória de Alfredo, o rei que se autoproclamou Rei dos Anglo-saxões.

Assim seguiremos junto a Uthred que jurou retomar as terras e a fortaleza de Bebbanburg que eram de seu pai, usurpada por seu tio.

Porém, a história passa desde a infância de Uthred e, logo no início da narrativa, ele é pego pelos dinamarqueses e feito prisioneiro. E é a partir daqui que conheceremos os tão “temíveis” vikings.

É uma continuação das Crônicas de Artur?

Uma vez me perguntaram isso. E a resposta que dei foi: Não e Sim.

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Primeiro livro

Não, pois não é uma continuação propriamente dita.

Nenhum personagem das Crônicas de Artur aparecem aqui, pois ela se passa por volta de 500 depois de Cristo, e As Crônicas Saxônicas se passam por volta de 800 depois de Cristo.

Mas uma coisa interessante, que faz sentido traçarmos um paralelo é que os inimigos de Artur, em 500 d.c são os saxões. E são exatamente os saxões que estão na Inglaterra e enfrentam os Vikings.

Sendo assim, historicamente as Crônicas Saxônicas é continuação das Crônicas de Artur, pois os saxões são o povo que invadiu a Inglaterra e, depois de 3 séculos precisam defende-la da invasão nórdica.

Por que vale a pena ler As Crônicas Saxônicas?

Primeiro por ser uma série escrita por Cornwell.

Depois, acredito que valha a pena ler pois essa é uma série em que temos um dos protagonistas mais carismáticos da história.

E existe um elemento dentro da trama de Cornwell que nos faz ver a fundo o dia a dia dos dinamarqueses.

A reputação é tudo, e é a única coisa que sobrevive em nossa viagem ao Valhalla, e o homem que me matasse ganharia reputação. E assim, à luz agonizante do dia, eles se prepararam para nos atacar. As Crônicas Saxônicas – Morte de Reis, pagina 71

Personagens e fatos históricos romanceados 

   E enquanto houver um reino nesta ilha varrida pelo vento, haverá guerra. Portanto não podemos nos encolher para longe da guerra. Não podemos nos esconder de sua crueldade, de seu sangue, do fedor, da malignidade ou do júbilo, porque a guerra virá para nós, desejemos ou não. Guerra é destino, e o destino é inexorável. As Crônicas Saxônicas – A Canção da Espada, página 23

Na minha opinião, um dos melhores da série

Na minha opinião, um dos melhores da série

Cornwell é fanático por mapas históricos e por História também. Todos seus romances seguem, na medida do possível, fatos reais. E em todos seus romances existem guerras históricas que são abordadas.

Então, essa é a oportunidade de se aprender História lendo um romance extremamente bem feito.

E se você assiste a série Vikings, ou se você teve contato com algum livro que fala sobre a Era Viking, com certeza você ja ouviu falar de Ragnar Lothbrok. E ele está aqui no livro, e tem uma importância fundamental na vida do nosso protagonista Uthred.

Podemos ver todo o desenvolvimento do rei Alfredo, e perceber que ele era um homem com medos e defeitos.

Temos Ivar Sem-Ossos, que também é uma figura importante na história Nórdica (figura essa que que a série Vikings está abordando, mas de uma forma diferente, mas ricamente chocante e interessante).

Temos Ubba, que também é citado na história escandinava. Enfim… há muitos personagens históricos dentro dessa saga épica, e é interessante ver como eles interagem na historia contada por Cornwell.

E também há personagens que não são históricos, mas ganham nossos corações, assim que aparecem, como é o caso de Ravn, o skald (o “bardo dinamarquês”).

E claro, que não podia deixar a existência real de Bebbanburg, a fortaleza inexpugnável que Uthred sempre cita. Ela fica na Nortumbria.

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Bebbanburg na Nortúmbria

A narrativa de Cornwell é ótima 

Cornwell está tão habituado com a técnica narrativa que escolheu, que ele se tornou um exímio escritor.

Eu gosto da narração em primeira pessoa, onde o personagem conta o seu passado. E Cornwell manda tão bem que há momentos em que ele consegue nos enganar e nos faz temer pela morte do protagonista. Sim, o mesmo que está contando a história.

Foi assim com Derfel em As Crônicas de Artur, e é assim com o querido Uthred de Bebbanburg.

Até hoje não encontrei nenhum autor capaz de descrever uma batalha com a sensibilidade e visceralidade que Cornwell consegue.

É como eu disse, você entra dentro da batalha. Você odeia junto com o protagonista, você briga por sua causa, entende suas mudanças de ideologia.

Enfim… Um dos poucos artistas que conseguem prender minha total atenção no momento da leitura.

Podem esperar uma narrativa corrida, sem enrolações, com dezenas de momentos épicos. Mesmo sendo uma série com (até o momento) 08 livros, você lê eles de uma forma tão fluida, que não dá para acreditar que são 8 livros.

Bem diferente do ritmo dos livros de Tolkien e Martin, Cornwell prima pela rapidez da narrativa, e a descrição impecável das batalhas.

Se alguém já leu Conn Iggulden, se apaixonará por Bernard Cornwell.

Paganismo x Cristianismo

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Sem entrar no mérito religioso, todos nós sabemos que os séculos que vieram após o nascimento de Cristo trouxeram a questão da fé no cristianismo de uma maneira muito forte.

Entre os dinamarqueses, que cultuavam os deuses escandinavos e até mesmo entre alguns saxões que se apegavam as religiões bretãs e as galesas, o Cristianismo era algo estranho.

Então teremos muitos embates entre os cristãos e os pagãos. Isso é algo que me fascina. Esse embate, e o modo de exteriorizar a fé, seja pagã, seja cristã.

Os rituais pagãos, as imposições cristãs, trazem momento interessantes por toda a trama.

Obs:. Quem se interessa por esse tema, (paganismo), existe um livro muito interessante (Não, não ensina estripulias wicca) que vale a pena ser lido Os Druidas – Os Deuses Celtas em Formas de Animais. Esse é um livro histórico escrito por H. D’arbois de Jubainville sobre os druidas e o paganismo. Bem interessante. E fala um pouco sobre a história da Inglaterra. Antes mesmo de Artur.

VIKINGS e Paredes de Escudo

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Se nenhum dos motivos dito anteriormente te deixou empolgado para ler As Crônicas Saxônicas, eu digo para vocês: No livro há Vikings! No livro há dracares magníficos! Não há nada mais empolgante me um livro do que vikings (pelo menos eu acho).

O modo como Cornwell nos apresenta a cultura escandinava é fenomenal. Se você acha que por assistir Vikings voce já sabe o que acontecerá nessa saga, eu digo: Não. Você não saberá.

Leia o livro pois ele difere da série em vários pontos.

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Essa passagem a seguir, traz um pouco da essência narrativa de Cornwell.

   Seus homens gritavam insultos, batiam com as armas nos escudos e avançavam lentamente, alguns passos de cada vez. Os saxões e anglo orientais do exército inimigo estavam sendo encorajados por seus padres, enquanto os dinamarqueses invocavam Thor ou Odin. Meus homens estavam na maioria silenciosos, mas acho que faziam piadas para encobrir o medo. Corações batiam mais rápido, bexigas se esvaziavam, músculos tremiam. Essa era a parede de escudos. As Crônicas Saxônicas – Morte de Reis, página 356.

A descrição dos barcos vikings é um show a parte. Os escudos deixados ao lado para mostrar o número de guerreiros dentro da embarcação, a descrição das bestas na proa… Enfim… Um show a parte…

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BBC está produzindo um série de As Crônicas Saxônicas

Bem… esse não seria um motivo para eu ler um livro, mas acho legal quem passa a ter interesse em ler quando sabe que uma série inspirada em uma obra será feita.

Uthred de Bebbanburg

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Acredito que esse seja o motivo mais importante para se ler a saga.

   Era o destino que me impelia. O ano era 878, eu tinha 21 anos e acreditava que minhas espadas poderiam me dar o mundo inteiro. Eu era Uhtred de Bebbanburg […] As Crônicas Saxônicas – Os Senhores do Norte, página 31

Ainda que eu deva confessar, que tenho um carinho incondicional por Derfel (o protagonista de As Crônicas de Artur), Uthred é demais!

Acompanharemos ele desde seus doze anos, até sua velhice. E isso é muito legal!

Veremos ele em rota de colisão… ora com ingleses, ora com dinamarqueses…. e chegará um momento que o protagonista é uma amalgama de tudo o que vemos, e ele nos representa dentro daquela história. Por que não existe um leitor, homem ou mulher, que não irá se identificar com Uthred de Bebbanburg.

Bem… ler Cornwell é o mais proximo daquela epoca que poderíamos estar. Não há fantasia, não há mentiras. Ele mostra como aquela época era fria, injusta e inexorável.

   – Use a ponta, garoto. Use sempre a ponta. Mata mais rápido. – Ele estocou, fazendo-me apará-lo desesperadamente. – Se você está usando o gume da espada significa que está em campo aberto. A parede de escudos foi rompida, e se a parede de escudos que foi rompida é a sua, então você é um homem morto, não importa que seja bom com a espada. Mas se a parede de escudos se mantém firme isso significa que você está de pé ombro a ombro e não tem espaço para girar a espada, só para estocar.

Conclusão

As Crônicas Saxônicas é uma saga que tem tudo o que Bernard Cornwell sabe fazer de melhor.

E é tudo o que todo fã da Idade Média gosta. Paredes de escudos, batalhas, intrigas, castelos, chuvas e sangue.

Se você está assustado com o tamanho da saga, fique tranquilo. A leitura flui muito bem. E você nunca se verá em uma grande trama política. Tanto, que após algum tempo, você consegue imaginar o que está para acontecer, e quase sempre acertará.

Resumindo… é uma saga ótima para acompanhar…

E caso você interesse pela cultura viking, eu aconselho assistir a série da History Channel, e também convido vocês a lerem as Edda Poéticas ou Edda em versos. É uma coleção de poemas nórdicos, que trazem lendas dessa cultura, e até mesmo alguns fatos do dia-a-dia.

Vale a pena ler.

Antes de terminar gostaria de agradecer imensamente Vagner Stefanello, dono do sensacional blog Desbravando Livros.

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E todas as citações contidas nesse post tiveram a grande ajuda dele. Agradeço mais uma vez a ajuda, pois foi graças a isso que esse post relâmpago fui feito e publicado!

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   E uma das fiandeiras pegou o meu fio. Gosto de pensar que ela hesitou, mas talvez não tenha hesitado. Talvez tenha sorrido. Mas, quer tenha hesitado ou não, empurrou sua agulha de osso na trama mais escura. Wyrd bid ful araed. As Crônicas Saxônicas – Terra em Chamas, página 102