Hoje vou falar sobre o polêmico Batman V Superman – A Origem da Justiça. O filme que polarizou fãs e críticos, que gerou amor e ódio, deve ser comentado aqui no Drunkwookie.
Porém, por que demorei tanto?
Esperei a maioria dos leitores e visitantes assistirem o filme. Assim, é mais interessante conversar e discutir sobre o filme.
Normalmente, os posts da série “vale a pena…” trazem primeiro as minhas impressões sobre o assunto e somente no final eu concluo minhas ideias, dizendo se vale (ou não) a pena ver/ler.
Porém, Batman V Superman é diferente. A avalanche de críticas negativas (e algumas positivas) combinada com as discussões acaloradas no FB, no twitter, em casa, no escritório, bar ou em qualquer outro lugar capaz reunir dois ou mais fãs de filmes e quadrinhos, exigem que eu inicie esse post respondendo a pergunta principal do post.
Vale a pena ver Batman V Superman?
Sim. Vale a pena ver Batman V Superman – Origem da Justiça.
Você deve ver Batman V Superman – Origem da Justiça. Por que é um bom filme? você vai perguntar.
Não. Ainda que eu tenho gostado do filme (e explicarei a seguir), vale a pena ver por que só assim você poderá opinar.
Quem melhor do que você mesmo para julgar se o filme é ou não é bom?
Acredito que toda e qualquer opinião deva servir como base para conversar. A opinião alheia nunca deve representar a sua opinião. Replicar ideias dos outros, em sua totalidade, não me parece algo legal.
Digo isso por que vi muita gente falando mal (ou bem) do filme, sem nem ao menos ter assistido. Algumas, até decididas a não assistir pois as críticas foram ruins. Isso é difícil de entender.
Acho que todos nós, fãs de super-heróis, esperamos tanto para ver esse momento (Universo Cinematográfico das Editoras), que não dá para entender tais posturas.
Bem… Feitas essas considerações, e supondo que meus leitores já viram o filme, vamos começar a falar sobre os motivos que fazem de Batman V Superman – A Origem da Justiça, um bom filme da DC Comics.
Isso não é uma crítica
Esse post não é uma crítica especializada sobre filme. Pois eu não sou crítico de cinema. Nem curso de cinema eu fiz. Eu disse isso no post Vale a pena ler (e assistir) – Demolidor e, talvez alguns de vocês se lembrem:
Na verdade eu apenas falo sobre o que eu gosto. Então minhas opinões não servem como crítica especializada.
Não estou menosprezando o papel do crítico, mas apenas explicando a diferença entre eles e eu. Pois as vezes quem lê o blog pode achar que eu não sou um crítico imparcial. Não sou. Pois não sou crítico.
Então, quero deixar claro que essas são minhas opiniões sobre o filme. Apenas o que gostei (e o que não gostei) de ver transportado para as grandes telas.
Batman V Superman – A Origem da Justiça
Que a Marvel Comics havia saído na frente da DC Comics, no que diz respeito ao Universo Cinematográfico, isso já sabemos. O Universo Marvel nos cinemas já está consolidado e rumamos para uma batalha cósmica em Vingadores – Guerra Infinita.
Porém, não tinhamos nada que pudéssemos olhar da DC Comics e dizer: Agora vai! Ë isso que eu quero!
Não tinhamos… Até a semana passada.
Depois de Batman V Superman, dá para ver o caminho que a DC Comics decidiu seguir. Decidiram ir por veredas diferentes daquelas que a Marvel Comics optou. A DC decidiu abordar temas complexos e nuances perigosos.
E isso não poderia ser mais empolgante.
A Morte dos Wayne
Quando vi um dos primeiros trailer de BvS, logo pensei:
Será mesmo que novamente veremos a morte dos pais de Bruce Wayne?
Mesmo sendo uma morte emblemática e tão necessária para a existência de Batman,(tanto quanto a morte de Tio Ben para o Homem-Aranha) achei que já havíamos visto muitas vezes.
Seja nos quadrinhos, seja nos cinemas.
Porém, a abordagem desse trágico momento é necessário para o desenvolvimento da trama. E em Batman V Superman, foi perfeito. Toda a sequência mostrando os Wayne morrendo pela arma de Joe Chill alternando com Bruce caindo em um buraco, foi sensacional.
O ponto alto da cena foi o momento em que a pistola do bandido é disparada contra Martha e o colar de pérolas se despedaça. Aquilo me remeteu automaticamente à obra de Frank Miller em O Cavaleiro das Trevas (Dark Knight Returns).
E ao final de tudo, Thomas Wayne chama pela esposa. Martha. Um nome que terá grande importância lá na frente.
A Trindade
Os três personagens principais do filme, que formarão a Liga da Justiça (junto com outros heróis, é claro) foram apresentados de forma substancial. Cada um trouxe uma personalidade bem marcante, e muito disso é culpa das críticas negativas (ou positivas).
Vou falar de cada um deles.
Superman, um alienígena tentando ser humano
Para mim, o grande lance do Superman é tentar se adequar a um lugar que não consegue entendê-lo. E essa tentativa gera uma dualidade, tanto entre os humanos, quanto para o próprio Clark Kent.
Acho que desde Homem de Aço, é assim que a DC Comics quer mostrar o seu herói nesse Universo Cinematográfico. Um herói capaz de criar inveja, de atrair preconceito. Um tema atual, sem dúvidas.
Acredito que essa abordagem possa ir contra a essência do personagem lá no início dos anos 40.
Pois é notório que o Superman que vemos hoje, não é o mesmo que algumas pessoas viram (eu não vi), no final da década de 30.
O personagem passou por grandes transformações. E quando eu digo grandes eu quero dizer: MUITAS mudanças.
Porém, percebo que não foram só mudanças de uniforme, mas também mudanças de personalidade. Uma atualização de suas condutas para que funcionasse sua inserção em um mundo mais atual.
Eu nunca tive muito contato com HQs desse herói. Quando conheci Clark Kent/Superman eu estava lendo A Morte de Clark Kent, A Morte do Super-Homem, a participação dele em O Cavaleiro das Trevas e depois a fase de Grant Morrison em Action Comics, dos Novos 52.
Talvez essas sejam as causas da minha propensão em gostar do que a DC está fazendo com o kryptoniano.
No filme vemos alguém que, apesar de todo o bem que acredita fazer, não consegue convencer os humanos de suas intenções.
Isso gera uma revolta interna no personagem, que não consegue conceber o porquê dos humanos duvidarem de suas condutas.
O melhor momento do Superman, em Batman V Superman, é aquele em que ele entra no Capitólio, andando entre homens comuns.
São homens de terno, mulheres de vestidos sociais, contrastando com alguém vestido de vermelho e azul. Dá para ver a grandeza do herói.
Ali conseguiram passar a ideia de que aquele ser, é um deus, comparado aos humanos. Porém, ele estava tao preocupado com seus próprios problemas, que algo muito ruim aconteceu no Capitólio, o que deu para Bruce Wayne os motivos certos para acabar com o Superman.
E depois da explosão, ouvir Clark dizendo que poderia ter visto a bomba, mas Não estava olhando, demonstra que ele estava pensando apenas em si mesmo, naquele momento.
Batman, o Cavaleiro Atormentado
O Batman é um cara atormentado e ponto. São vinte anos combatendo o crime. Muita coisa que ele presenciou serviu para mudar sua conduta.
A cena inicial do filma serve para nos mostrar isso. O Bruce que cai, provavelmente não é o mesmo que é elevando aso deus pelos morcegos, naquele sonho bizarro.
Por isso sou fã do Batman de Zack Snyder e Ben Affleck. Esse é o Batman que eu conheço. Um homem castigado pelo passado, que tenta na medida do possível, fazer a diferença.
Acho que precisamos pensar, no quão longe Batman foi para entender o liame entre o bem e o mal. É a mesma discussão que o Demolidor tem com o justiceiro na série da Netflix.
A essência do Batman que eu conheço
Minha primeira HQ do Batman, trazia na capa um monstruoso homem com máscara de luchador, conhecido como Bane, QUEBRANDO a coluna do Batman.
Aquilo era sensacionalista, forte, e ao mesmo tempo sedutor.
Talvez eu tenha conhecido o Batman em um momento em que ele não era o Batman de sua origem.
Mas aquele é o Batman que eu conheci. Aquele é o meu Batman e o Batman de muitos leitores de quadrinhos.
É difícil ouvir: O Batman dos cinemas, não é o verdadeiro Batman. Como? De onde isso foi tirado? A não ser que você tenha 70 anos, você viu coisas bem intensas acontecendo nas HQs do Batman.
Foi em 1988 que A Piada Mortal foi lançada. Ainda em 1988, tivemos o arco Morte em Família, onde o Coringa matou Robin à golpes de pé-de-cabra e uma bomba. E, antes disso, em 1986,Frank Miller nos agraciou com O Cavaleiro das Trevas.
Esse Batman sombrio, rondado pela culpa e obscuridade é o Batman que conheço. Do mesmo modo, seus inimigos.
Os próprios vilões do Batman são insanos.
Eles tem profundos problemas psicológicos. Vejam o Espantalho, o Coringa, o Professor Porko, a Hera Venenosa, Senhor Frio, o Cara-de-Barro, o Silêncio, o Capuz Vermelho, a Arlequina, a Corte das Corujas, o Duas Caras, o/a Ventríloquo/Ventríloqua.
Eu vejo homens e mulheres com graves problemas psicológicos que, após importantes perdas em suas vidas, decidiram o caminho do mal.
Depois de Quedas, eu vi Terremotos e Contágios. Gotham foi Terra-De-Ninguém.
Muito tempo depois, vi Batman descansando em paz, quando Grant Morrison nos presenteou com um Batman forjado no sofrimento, capaz de aguentar qualquer carga emocional que pudesse atingi-lo.
Foi um dos arcos mais viscerais que vi e que completa tudo o que Bruce viria a passar em O Cavaleiro das Trevas.
Enfim…
Há elementos para glorificar ou excomungar o Batman que vimos no cinema.
Porém, eu gostei do que vi. Gostei muito.
Esse é o melhor Batman que vi no cinemas (ainda que eu prefira o Bruce Wayne de Christian Bale).
Mulher-Maravilha, sendo A Mulher-Maravilha
Ainda que ela não faz uma diferença tão grande no início do filme e os jargões “você nunca conheceu uma mulher igual a mim”, quando Diana está como Mulher-Maravilha, não existe críticas.
Em poucos minutos de cena, você entende que precisa de um filme solo dela.
Uma guerreira que gosta de lutar, que se diverte na batalha, independente do inimigo.
Acho que ali tem muito do espírito das Amazonas que veremos em seu filme solo. E eu estou louco para ver.
O pouco que conheço da Mulher-Maravilha é o que foi abordado nos Novos 52. Se algo dali for usado, como foi usado no Superman, eu fico felix.
Lex Luthor
Não é um homem. Nem de perto. Mesmo assim, a maioria o aceira como a um membro da família. Uma vez adultos, meninos e meninas com medo das incertezas encontraram segurança no irmão mais velho de outro planeta. Ele conseguiu ficar tão parecido conosco que fez quase todos esquecerem que não é um de nós. Quase todos. Lex Luthor – Homem de Aço (set/2011
Essa frase acima, extraída da HQ Lex Luthor: Homem de Aço (2011), resume a postura do Lex Luthor nesse filme. A inveja e seu alto intelecto é quem move o personagem.
O fato do Superman ser um alienígena afronta, de forma pessoal, Lex Luthor. E por todo o filme ele tenta acabar com a “fama de bom moço” que o kryptoniano passa à população.
O que mais gostei no filme, foi ver que ele acessou o conhecimento total dos kryptonianos. Ao final do filme, temos u Lex capaz de entender os conceitos das 52 terras (talvez), a existência dos Novos Deuses e muito mais.
Os outros membros da Liga da Justiça
Flash
Eu cheguei cedo demais? Cheguei cedo demais? Flash em BVS
Ver o Flash vindo do futuro, para avisar Bruce Wayne do que aconteceria com o mundo, caso o Superman perdesse Lois Lane, foi uma emoção sem igual.
Ali eu gritei internamente: PQP! Eles vão abordar volta no tempo!!! PQP!
Ali, tive a certeza de que a DC mais uma vez apostou no desconhecido.
Mais uma vez se distancia da Marvel.
Mexer com o espaço-tempo é algo perigoso. As chances de dar errado são muitas, porém, se funcionar teremos algo sensacional. NAS TELAS DO CINEMA.
Quem lê quadrinhos sabe como sofre aqueles fãs que se deparam com esses conceitos, pois a DC Comics é conhecida por suas Terras e suas Crises.
Saber que veremos viagem no tempo, me deixa extremamente feliz.
Aquaman e Ciborgue
Mais dois membros da futura Liga da Justiça são apresentados. Da melhor forma possível? Não. Eu não gostei. Achei muito pequena a participação, e de uma forma muito jogada. Porém, sabemos que eles existem.
Mas acima de tudo, sabemos que outra cosia existe. Algo muito importante no Universo DC Comics… A Caixa Materna. tenho certeza que o que revive o Ciborgue é uma Caixa Materna.
A Caixa Materna é um “computador inteligente e vivo” criado pelos Novos Deuses. Ela está vinculada com seu usuário e é capaz de prover poderes à eles.
E o mais interessante, não é só aqui que vemos a Caixa Materna.
Deus vs Homem. Dia vs Noite
Estamos falando e falando dos personagens, mas não entramos no cerne do filme.
O embate entre o Cavaleiro das Trevas e o Filho de Krypton.
Muitas pessoas disseram que herói não luta contra herói. Disseram que abordar algo assim é uma manobra de marketing. Sinto informar que TODAS as editoras de quadrinhos fazem isso. Inclusive a Marvel Comics, que nos presenteará com Capitão América: Guerra Civil.
Porém, concordo que há pessoas que realmente não gostam dessa abordagem.
Por isso acredito que o trailer de Batman V Superman – A Origem da Justiça, foi bem sincero sobre isso.
O trailer mostrou que o filme seria sobre o embate desses dois heróis. Isso não podemos negar. E foi isso que eles nos deu.
Eu não sou tão fã dessas cenas de luta. O que gostei no filme foram as abordagem que citei anteriormente e aquelas que citarei depois.
De qualquer forma, heróis mostrando seus poderes e suas estratégias, são sempre bem-vindas.
O que me agradou, vendo as cenas de luta entre Batman e Superman, foi a nostalgia que me atingiu.
Sempre vi os dois lutarem e sei que sempre verei.
Vimos isso em tanto quadrinhos, que não dá nem para contar. De tempos em tempos, temos um embate entre Dia vs Noite. Deus vs Homem.
Os roteiristas gostam de abordar a diferença de poder entre esses dois heróis. Eles gostam de colocar em rota de colisão, a inteligência contra a força física.
Quem ganha com isso é o leitor.
Isso não é novidade. Tivemos isso em Vingadores também.
Tanto no primeiro filme, quanto em A Era de Ultron.
Como parar uma batalha em Deus vs Homem?
A minha grande ansiedade não era sobre como a luta se desenrolaria.
Sabia que haveria: pancadaria, utilização do cinto de utilidades, mais pancadaria, kryptonita e pancadaria extra.
Minha grande dúvida era saber quais seriam as razões para o embate entre os dois acontecer e depois, como se encerraria tal treta.
As as fotos de Martha (forte, aquelas imagens) foram suficientes para desnortear Clark Kent.
Enquanto a explosão no Capitólio foi suficiente para que Batman decidisse matar o kryptoniano.
Junte esses dois elementos à falta de diálogo e tempo e pronto: temos Batman Vs Superman.
O elemento usado para acabar com o conflito, e impedir que Bruce enfiasse uma lança de Kryptonita (sensacional demais) no peito de Clark Kent, foi um elemento diferente.
Martha era algo incomum entre os dois, e é algo tão pessoal, que foi a única forma de uni-los.
É clichê usar amor materno? Sim. Eu achei clichê quando vi mas achei genial logo depois.
É bem típico de quadrinhos se apegar à pequenos detalhes e transforma-los em plot twist.
Alguns funcionam. Outros não. Dessa vez funcionou.
Desde o início vimos o pai de Bruce citar o nome de Martha. Um nome que ficou gravado em Bruce.
Eu percebi que Bruce entendeu a humanidade do kryptoniano, naquele momento. Como um alienígena pode ter laços afetivos? Ele tem uma mãe?
Isso bastou para segurar a mão da “Justiça” do Batman.
Podíamos ter algo diferente? Claro.
Podíamos ter, quem sabe, no momento do golpe final, a aparição milagrosa de um escudo de uma certa amazona, impedindo que a lança acertasse o coração do kryptoniano!
Já pensaram nisso?
E logo depois, todos os envolvidos ao redor de uma mesa, emburrados. Porém, prontos para se juntarem e formarem a Liga da Justiça.
Poderia ser algo assim e eu gostaria!
Gostaria, se não tivesse visto isso em Vingadores, há anos atrás.
Pontas soltas que não vejo a hora de serem amarradas
Viagem no Tempo e Caixas Maternas
Não dá para simplesmente ignorar o conceito da Caixa Materna que dá vida ao Ciborgue, nem o retorno do Flash dizendo que o Superman pode acabar com tudo o que conhecemos.
Em uma cena que não foi para a versão final do cinema, conforme vocês conferem abaixo, vemos mais Caixas Maternas.
isso é um prenúncio a respeito dos Novos Deuses, raça à qual pertence Darkseid, o vilão da Liga da Justiça.
Conhecido pelo seu símbolo Omega, o mesmo que aparece naquela premonição de Bruce, antes da aparição do Flash, tudo indica que teremos Darkseid como vilão da Liga da Justiça.
Talvez não apenas ele, mas outros seres de Apokolips, seu planeta natal.
Se levarmos em consideração a aparência da criatura que aparece na cena excluída…
… Possivelmente teremos Yuga Khan, também no próximo filme.
Apocalipse
Esse foi o único momento que não me agradou tanto no filme. Não gostei do design no monstro.
Achei muito parecido com o troll das cavernas de A Sociedade do Anel. E a quantidade de efeitos especiais deixaram tudo muito falso. Ok, sei que não dá para pedir realismo em um momento desse, mas essa é a proposta do filme.
Porém, a cena serviu para vermos os heróis trabalharem em grupo, e isso foi sensacional.
Ver o laço da Mulher-Maravilha foi bem legal.
E claro, quando há Apocalipse, há morte do Superman.
Eu confesso que me assustei. No imaginava que ele iria morrer. porém, se você prestar atenção, quando Clark Kent é atingido pelo Sol, lá no Espaço, seu rosto volta ao normal, é curado quase que instantaneamente.
Logo, a Morte do Superman seria seguida de uma ressureição.
Agora é esperar…
Nota
Conclusão
Está claro que não teremos filmes da DC/Warner iguais aos filmes da Marvel/Dinsey. A DC/Warner resolveram dar outro enfoque à seus heróis. Um enfoque que mostra deuses caminhando ao lado de homens, como dúvidas e anseios tão humanos, que torna difícil sempre escolher o certo.
Talvez seja esse o motivo da Liga da Justiça existir. Talvez ela também servirá para ajudar os heróis que se distanciarem de seu objetivo. Por isso temos heróis tão humanos.
E tal humanização conta com nuances de cinza que podem levá-los à lugares difíceis de retornar. Não existe maniqueísmos quando o assunto é o ser humano.
Mas ainda assim, la no fundo, os heróis são os mesmos, basta querer enxergar.
Acredito que os heróis são aqueles que você conhece. Pois há infinitas crises, em infinitas terras que remodelam os personagens de acordo com a época (ou a cabeça dos roteiristas).
O verdadeiro Superman é o que Grant Morrison criou em Os Novos 52 ou será aquele de 1938? A essência do Batman é aquela criada na década de 30, ou aquela apresentada no final da década de 80?
Basta você entender qual o Batman e Superman que você conhece. E se não conhece nenhum, não sinta vergonha de começar a conhecer agora.
Vale muito a pena ver Batman V Superman – A Origem a Justiça.
Se o tom realista do filme é um problema para alguns, para mim é um novo mundo de possibilidades.
Acho que proliferação de ideias, as diferenças de conteúdo, os diversos modos de contar uma história, algo muito empolgante.
Super-Heróis são o que quisermos que sejam, pois cada um vê um herói de uma forma.
Esses são os heróis da DC no cinema. Aceite-os. Eles são bons, são profundos, são complexos. São bons heróis.
Cabe a nós aceitarmos ou não.
Agora, pensem nas possibilidades. Pensem no que poderemos ver nos cinemas. Imaginem os Novos Deuses na Terra, a possibilidade de vermos Darkseid no filme da Liga da Justiça, discussões sobre a Força da Aceleração e, por que não, ter a oportunidade de ver uma Crise Final em IMAX.
Só esse pensamento já me deixa ensandecido!!!
Poderemos ver algo que a Marvel (dos cinemas) jamais ousaria em nos mostrar. Algo que ela jamais optaria em apostar.
Gosto de ver coisas novas, de testemunhar novidades. Acho que é isso que me prendeu tanto à esse filme.
Essa é a escolha da DC Comics nos cinemas. Mostrar que o Mundo pode cair sob o peso dos super-heróis.
Ele PODE, mas não é por isso que, necessariamente, cairá.
Caso você aceite esse ponto de vista, tenho certeza que você será surpreendido daqui para frente. Quando as hordas de Apokolips chegarem na Terra, quando os Novos Deuses aportarem na Terra veremos do que a Liga da Justiça é capaz, e consequentemente do que a DC é capaz.
Não concordo quando você diz que a proposta do filme é ser realista, quais os argumentos para tal? Concordo que este é um universo mais adulto e complexo, mas realista não é.
Acredito que o tom realista se deve ao fato de vermos os super-heróis da DC mais humanizados. Um Superman com dúvidas sobre seu papel na sociedade, um Batman amargurado pelas suas perdas. Nesse sentido, eu digo que é realista.
Quando assisti o filme, aproveitei ao máximo, deixei o pensamento crítico pra depois. E depois que decidi que esse filme tem mais problemas de que qualidades. Perderam uma oportunidade perfeita de mostrar quem é esse Superman na cena do senado, mas explodiram o lugar como parte do plano do Luthor, uma decisão que aos meus olhos foi infeliz pro desenvolvimento do personagem. O embate entre os dois foi desnecessário, a justificativa é furada pq primeiro: o Super poderia ter encontrado a mãe dele. Segundo: Batman foi manipulado ridiculamente e levado à luta.
Gostaria de ressaltar que o Bataffleck é de longe uma das melhores coisas desse filme.
O plano do Luthor é muito furado e ele, pra todos os efeitos, de todas as versões do Lex que já vi, não faz sentido nenhum. O que ele faria com o Apocalipse depois de criá-lo sem saber se podia controlá-lo? Não parece muito coerente com o gênio que conhecemos, é idiota. Acredito que existe uma síndrome absurda no cinema de que TUDO tem que ser conectado, o problema é que pra fazer isso tem que ter um roteirista muito competente e quando se fala de adaptar quadrinhos é duas vezes mais trabalhoso e nisso esse filme falha. Tenho esperança de que daqui pra frente, a Warner aprenda com os erros cometidos, não aguentaria ver um filme solo ruim com um Batman tão bom que criaram, e da Mulher Maravilha também é claro 🙂
Mano o Batman já queria pegar o Superman antes do Lex Luthor entrar na história. O inicio em metropolis, o predio caindo.
Gosto muito do site, principalmente as Teorias de GOT. Mas como leitor da DC 80tista e 90tista tendo a discordar de seu artigo. Vou enumerar algumas coisas.
O Batman do Ben Affleck é bom (atuação), mas o Batman mostrado não. Você fala de um Batman amargurado, já combalido e violento que acompanhou como leitor, mas na obra que dá origem ao principal embate do filme, este mesmo velho, cansado e violento não tem a intenção de matar o superman, não porque não queira mas também porque sabe que não pode. O final da HQ de Miller mesmo com aquele Batman violento respeita o cânone do Batman não assassino, Piada Mortal também respeita isso, HQs ultrapesadas, as mortes que causou seja para o bem ou para mal levaram Bruce Wayne ao fundo do poço…se passa anos ele sempre tendo milhares de motivos para matar o coringa mas aquilo é o seu último filtro de sanidade, não matarás. O Batman manipulável tão facilmente foi infantil (sim infantil até mais que um filme da Marvel), em diversas histórias o homem morcego é levado a situações que não domina, a situações que fogem a seu controle, mas ele sempre tem ciência que está sendo levado à aquilo, como contratacar é sempre a questão ou descobrir quem é, ele não é o maior detetive do mundo a toa. Sendo o maior detetive do mundo ele não saberia qual nome da mãe do superman? Outra coisa decidido a matar dificilmente ele pararia por causa do nome da mãe, a certeza dos seus atos como Batman sempre estiveram em todos os momentos, aquilo é o que ele é, sua vida como Bruce Wayne que é cercada de dúvidas.
Lex Luthor, mesmo que se faça uma atualização do vilão o ator é caricato demais, ele daria um grande charada, mas peca numa característica básica é imutável de Lex…a frieza, o vilão nos quadrinhos sempre passa a impressão de um tubarão seu olhar frio e o pouco afetamento é o que o torna o vilão do superman, mas zack snyder o transforma em um dos vilões psicóticos do Batman.
Superman amargurado, sim ele é constante desde a tentativa de humanização do personagem, algo que a DC errou mais do que acertou nos últimos anos, aliás as melhores histórias recentes são de um herói que resgata a coisa do herói positivo, o pro de toda a história é que mesmo amargurado o super podia ter sido pintado em outro tom…apenas suas cores os destiguem mas obviamente vemos uma história feita por um fã do Batman que rascunha um superman que poderia ser um Bruce Wayne em início de carreira.
Enfiar tudo num filme, sem consolidar personagens…considero uma cagada. Não pensado em copiar a Marvel mas usando ela como exemplo, você tem 10 min de mulher maravilha que foram ótimos, mas o que acontece se o filme dela for uma bomba.? Ela é um dos 3 maiores heróis da terra. A Marvel quando vendeu os seus heróis mais rentáveis pra sony e fox, teve que começar a repensar seu universo nos quadrinhos, pegando 3 heróis que apesar de ícones eram ridiculamente impopulares nos anos 90 (Thor o cara asas na cabeça que passa tempos se, revista própria, capt um herói que era datado de um momento mas que por vestir uma bandeira limitava seu alcance e homem de ferro esquecido), construindo bom arcos com Mark Millar e muitos outros bons escritores lança seu universo ultimate e resgata esses heróis. A DC não precisa se preocupar com isso não tinha um Wolverine na frente de um Batman nem dúvidas que o super é a mulher maravilha são os maiores heróis do universo, tendo esse potencial para que uma salada de frutas, onde uma fruta pode azedar todas as outras. Thor é mediano mas não compromete os vingadores, já esses 3 são a santíssima trindade dos quadrinhos, já tivemos um super mediano, agora uma guerra civil BvS com apenas um filme, que poderia ter mais impacto com um filme da mulher maravilha e do Batman antes, você joga seu melhor em algo que infelizmente para muitos foi mediano pra bom…poderia ter sido épico. Pra mim pessoalmente como leitor de quadrinhos apesar da estética do Snyder, faltou aquele momento de Glória Heróica, que vi no filme do homem aranha 1 e 2, na primeira vez que Wolverine puxa suas garras, na reunião dos vingadores no meio da batalha, na música do guardioes da galáxia, no super de christofer reeve, no coriga de Ledger e até no trenzinho do homem formiga…aquele momento que por mais que se tenha pancadaria te remete a um sentimento juvenil de ver aquele herói específico no momento de glória…é o momento que para e você fala puxa esperei por isso a vida toda.
Gostei do seu comentário. Quero continuar a conversa, no fds eu te respondo! Abraços, Caio.
Discordo. Todo mundo ama o batman por achar que ele nunca demonstra sinal de fraqueza e tem um código de não matar. Ocorre que em muitos casos ele já matou e foi ridiculamente manipulado psicologicamente (vide a história Pray e muitas em que o personagem mata). O fato do embate principal do filme ter como principal referência a obra de Miller não quer dizer que seja uma adaptação fiel a ela. E já que o batman mata vilões que fazem um mal menor à sociedade que superman poderia fazer, como no futuro/realidade alternativo(a), certamente que ele tentaria matar o próprio. Os motivos da hq e do filme são completamente diferentes e o contexto histórico mais ainda. Batman sempre foi manipulável quando a questão é sua família. Acho que o fato de ele ser o maior detetivo do mundo não quer dizer que ele deva saber todas as resposta, até pq depois de décadas enfrentando o coringa ele nunca descobriu sua identidade (chupa essa manga). Mesmo assim, isso não desmereceu sua capacidade investigativa.
Quanto ao Lex, admito que não é o que queria, mas essa é uma nova versão do personagem e como tal ficou estranho, mas legal pra mim.
Superman passou por um desenvolvimento intenso no filme cara. A princípio vc repara que ele é um cara que não tá fazendo questão da opinião pública, só querendo viver sua vida com a Lois e fazer o que julga ser o certo. Em seguida, conforme os planos do Lex ganham corpo, já vemos que o super começa a ficar confuso, sentindo o fardo por mortes que não são culpas dele. Logo quando decide conversar, temos a cena do capitólio, onde vemos esse fardo só aumentar pelas palavras do super que se sentiu culpado por não ter visto a bomba. adiante temos ele sendo manipulado pelo Lex pra enfrentar o Batman e morrer, como Lex pensou que seria. Já entra a questão de ser possível ou não ser bom entre os humanos. O cara enfrenta vários dilemas e no fim, abre mão de uma vida com a Lois, se recusa a matar o Batman e se mata pra salvar todo mundo.
Mas respeito sua opinião. Quanto mais penso no filme mais curto o que ele me entregou.
Verdade cara, quanto mais eu assisto mais eu gosto do filme, ainda mais com a versão definitiva 😀
Opa, desculpa escrita do primeiro texto, li a crítica pelo celular e digitei por ele mesmo meio que de supetão sem revisar. Respondendo a questão da identidade do Coringa…na verdade ela não importa, nunca importou se você pensar no filme de Nolan e as versões que ele mesmo conta sobre sua origem, você tem uma mensagem um pouco mais clara. Não importa quem fui e minhas motivações importa o que sou… E ele a antítese do Batman, ele ri ele mata ele enlouquece enquanto Bruce se contém. Você querer definir o coringa seria limitar o personagem, ele é assim porque foi abusado ele é assim porque era um comediante fracassado, no final isso nunca foi importante. Veja Wolverine em seu auge, sem memórias brutal, com apenas um limitante seu senso de honra…aí devolvem a memória do personagem, borá professor e matam boa parte do melhor que Logan tinha…e como Jason Bourne descobrir tudo. Falo isso porque coringa é o nêmesis aquele que desestabiliza, aquele que é o mistério e aquele que ele mais evitou matar. Falando de Batman matar, você tem centenas de histórias inclusive com um Batman facilmente manipulável um personagem pelo qual passaram dezenas de escritores, então muitos altos e baixos, pegue as melhores histórias do homem morcego de Alan Moore a Miller existe sim uma espinha dorsal de quem ele é…se você pegar tudo do Batman bom e ruim vale lembrar que ele já enfrentou o homem pipa, já foi partido ao meio pelo Bane e com a quedas das vendas concertaram a coluna dele. Não chupo manga porque não gosto e vim fazer um comentário sobre o meu entendimento, não ficar vendo quem está certo ou errado.
Respeito sua opinião. Só quis expor a minha. E concordo com o que diz sobre o coringa: sua identidade não importa pra nós que lemos, mas o batman é um detetivo, o melhor de todos, investigação faz parte do trabalho dele, ele não poderia simplesmente dizer que não importa quem era o coringa e parar aí.
Esse é o meu problema em relação a quadrinhos de heróis que nunca acabam. Cada um que viu suas trocentas versões vai defini seu herói de acordo com seu gosto pela época que mais gosta. E defini esse gosto quase de uma forma de um trabalho de faculdade. No final quem vai está na frente vai ser o criador, mas como os mesmo heróis vivem até hoje é estranho não espera mudanças no seus conceitos.
Uma porcaria o filme
É um ponto de vista tb