[RESENHA] O Trono Vazio

 […]A igreja não admitirá que a Anglaterra existe por causa de meu pai, dizendo que ela foi feita e dominada por guerreiros cristãos, mas o povo da região sabe a verdade. Meu pai deveria se chamar Uhtred da Anglaterra. O Trono Vazio – Prólogo, página 13.

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Chegamos ao oitavo livro de As Crônicas Saxônicas de Bernard Cornwell. Quem acompanha o blog provavelmente já leu o post Vale a Pena Ler – As Crônicas Saxônicas.

Para quem ainda não leu o post sobre As Crônicas Saxônicas, faço um convite à leitura pois essa, é uma série arrebatadora.

Na minha opinião, uma das melhores sagas para quem quer conhecer o trabalho de Bernard Cornwell.

Bem… vamos falar de O Trono Vazio.

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Sempre aviso que haverá spoilers.

Nesse post haverá momentos que falarei especificamente sobre o conteúdo do livro e sobre personagens. entretanto, vou evitar mencionar a morte de  personagens.

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O Trono Vazio, a narrativa de Cornwell e a nostalgia que sempre agrada

Já ouvi pessoas falarem que quem leu um livro de Cornwell, leu todos.

Eu discordo completamente.

É fato que, ao ler um livro de um autor, lembramos dos livros anteriores, sendo eles da mesma saga ou não.

Com Cornwell, acontece de uma forma ainda mais orgânica. O autor tem uma habilidade narrativa impecável e cativante, sendo assim, é impossível não lembrar de outros livros de sua obra.

tlk_firstimageOutro fato que devemos lembrar é que ele é um romancista histórico e,  eventos históricos tendem a se repetir.

O modus operandi da Igreja é um exemplo clássico. Seja na época de Artur em As Crônicas de Artur, seja na época de Thomas de Hookton em A trilogia do Graal ou na época de Uhtred, o Cristianismo sempre agiu de forma parecida.

Então quando vejo alguma atitude de um certo grupo ali retratado, se repetindo, eu não vejo como uma cópia. Vejo como uma constatação.

Tudo isso, aliado ao humor ácido de Cornwell, o livro nos confere momentos perfeitos, que valem a leitura.

[Sobre os cristãos]

Sorriem, cantam seus salmos e pregam que sua crença tem a ver com amor, mas diga que acredita num deus diferente e de súbito tudo vira cuspe e rancor. O Trono Vazio – Primeira Parte, O guerreiro agonizante, página 42

O Trono Vazio tem seus momentos geniais

Acredito que esse seja um livro divisor de águas, até mesmo entre os grandes fãs de Uhtred de Bebbanburg.

No oitavo volume de As Crônicas Saxônicas, em alguns pontos, eu percebi um amadurecimento legal.

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Qual Uhtred?

Nesse livro, Cornwell faz algo que eu nunca imaginei que ele faria. Nosso Uhtred não é o único narrador da história. Eu fiquei impressionado com tal alteração, porém se levarmos em consideração o final de O Guerreiro Pagão, faz total sentido.

Logo nas primeiras páginas o livro surpreende. A dúvida plantada em O Guerreiro Pagão, lá no ano passado, continuava nos perseguindo até o término do primeiro capítulo.

Lembram que Uhtred havia sido mortalmente ferido, e estava à beira da morte? Então… eu queria saber desesperadamente o que havia acontecido com Uhtred.

Foi somente no último parágrafo do prólogo, saberíamos que fim ele levou.

Sensação da passagem de tempo e o crescimento dos personagens

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Esse é o livro da saga que mais nos passa a sensação de passagem de tempo. Desde O Último Reino, quando vemos Ragnar levando Uhtred para a companhia dos dinamarqueses, sabemos que os anos vão se passando, Uhtred vai crescendo e, quando menos esperamos, vemos o jovem guerreiro transformado em um grande Senhor da Guerra.

Porém, eu não consegui sentir essa passagem cronológica por todos esses livros e me surpreendi ao ver o Uhtred-filho e Stiorra bem crescidos.

Uhtred-filho agora lidera homens e luta ao lado do pai enquanto Stiorra, que tinha um papel quase sempre relegado (por ser criança), deixou de ser a garotinha que conhecíamos e transformou-se  em uma linda, inteligente e importante mulher.

Deixe que eu o mato _ pediu minha filha e me virei atônito. Stiorra dera dois passos e me olhava com o rosto inexpressivo. Levantou a mão direta para o seax. _ Deixe-me fazer isso.

Meneei a cabeça, negando.

_ Matar não é o trabalho de uma mulher.

_ Por que não? Podemos dar a vida. Não podemos também tirá-la? O Trono Vazio – Primeira Parte, O guerreiro agonizante, página 87

No decorrer da trama as ações de Stiorra demonstram-se tão acertadas, que não conseguiria ver como Uhtred teria sucesso em suas diversas empreitadas, se não obtivesse auxílio da filha.

Gostei de ver Uhtred filho, Stiorra e Æthelstan (filho de Eduardo) passando a ganhar terreno na trama.

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Ainda falando sobre o tempo… Vemos que a velhice atingiu Uhtred.

Os efeitos do ataque mortal de Cnut com sua Cuspe de Gelo, são sentidos por nosso protagonista por todo o livro. Eu temi por Uhtred em O Trono Vazio e não foi nem uma nem duas vezes…

Percebem que temos uma dualidade na trama? E esse é um dos elementos que mais me agradou. Se por um lado acompanhamos o envelhecimento de Uhtred, por outro acompanhamos o florescer de novos personagens.

Wyrd bið ful ãræd.

O destino é inexorável. Recebemos o poder e o perdemos. Eu estava ferido e ficando velho, minhas forças se esvaíam. O Trono Vazio – Parte 2 – A Senhora da Mércia, página 141.

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Nostalgia

Quando falo da nostalgia é porque li O Último Reino em 2006.

São quase 10 anos acompanhando Uhtred, desde a infância até atingir a idade adulta. Um garoto dividido entre saxões e dinamarqueses, depois um senhor da guerra presos pelos seus próprios juramentos, e agora um homem ferido… longe das paredes de escudo.

Lembro das comunidades do Orkut criadas por mim, na época:

Todas as comunidades relacionadas aos livros e as mais engraçadas “Uhtred vs Ubba“e “Não aceitei a morte de… (spoilers Ragnar)”.

O Trono Vazio evocou lembranças antigas relacionada ao tempo. E Cornwell conseguiu usar isso dentro do mundo do livro.

Antigos combatentes, homens comuns que lutaram ao lado de Uhtred em famosas batalhas, no dia-a-dia acabam reconhecendo o Senhor da Guerra, pelo qual arriscaram suas vidas.

E a ajuda e o reconhecimento vem de forma natural.

Passamos trotando pelo portão da cidade. parei para olhar para o homem barbudo que havia lutado em Teotanheale.

_ Desculpe o que vai acontecer _ falei a ele.

_Senhor? perguntou o guarda intrigado.

_ Seu portão vai ser bloqueado. _ avisei._ E confie em mim, eu sei o que estou fazendo.

_ O senhor sempre soube. _ respondeu ele, rindo. O Trono Vazio, Parte 2 –

Se nesses momentos nos divertimos, em outros ficamos um pouco tristes.

Sigtryggr conhecia isso. Ele adorava  a guerra. Ainda consigo vê-lo subindo aquela escada, o rosto tomado pelo júbilo e a espada longa estendida. Será que essa havia sido minha aparência quando matei Ubba? Será que Ubba via minha juventude e minha ânsia, minha ambição, e nessas coisas viu sua morte? O Trono Vazio – Terceira Parte – o deus da guerra, página 308

É possível perceber a verdade batendo na porta. Uhtred percebendo que passara muito tempo desde que ele foi um garoto. Desde que matou Ubba.

Homens jovens em busca de reputação aparecem, querendo derrubá-lo.

TLK-Ubba

Poucos Combates, muita Política e algum Misticismo

O Trono Vazio deixou as batalhas campais, o sangue, o júbilo do combate, os escudos entrechocando, os bebados gritando palavrões e as espadas cortando carne, tendão e ossos, um pouco de lado.

Foi Política o assunto mais abordado neste volume.

A trama abordou um momento mais político da história da Inglaterra, pois uma importante figura da Mércia morreu. E com sua morte criou-se uma grande incerteza sobre o destino político daquela região.

Gostei de como Æthelflaed finalmente atingiu um status na Mércia, impossível de ser ignorado.

TLK-Alfred

O fato dela ser mulher apenas deixam os mércios confusos.

Seguir uma mulher, mesmo ela sendo tão competente?

Gostei de ver a postura dela, por toda a trama, ainda que ela seja rabugenta demais.

Æthelstan, o filho (não) bastardo de Eduardo, passa a ser um incômodo para algumas pessoas influentes e essa problemática traz desenvolvimentos interessantes na trama. Uhtred começa a demonstrar um lado sentimental pouco explorado nos outros livros.

Porém, não é só a jornada para ajudar Æthelflaed a liderar a Mércia e nem manter  Æthelstan vivo.

A trama fala sobre a recuperação de Uhtred, e adentramos no misticismo. Me lembrou a busca pelos tesouros da britânia, empreendida por Merlin em Excalibur.

THE LAST KINGDOM 2

RAVN

Queria muito que voltássemos ao misticismo nórdico. A busca pela esapda, aliada à confissão de Stiorra de adorar os deuses de seu pai, me deram a esperança de que veriamos mais sobre isso.

Porém, não tanto quanto eu desejava.

Humor e as descrições de Cornwell

O humor é uma constante na obra de Cornwell. E em O Trono Vazio me pareceu muito mais refinado.

_ O senhor Æthelred não precisa de capelães agora, portanto os filhos da mãe podem se mudar. Eles podem dormir nos estábulos.

_ Nos estábulos, senhor? _ perguntou, nervoso, o administrador.

_ O seu deus pregado não nasceu em um estábulo? Se um estábulo foi suficiente para Jesus, é suficiente para os malditos padres dele. Mas não para mim. O Trono Vazio – Segunda parte, a senhora da Mércia, página 180.

A posição de Uhtred a respeito dos dogmas da Igreja é conhecida desde o primeiro livro. Ele foi criado por noruegueses e passou a cultuar Tor e Odin. Mesmo passando para o lado dos saxões, ele nutre um desprezo divertido.

Sobre as descrições de Cornwell, me recordo de pessoas que diziam

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Niguem descreve uma batalha melhor que Bernard Cornwell.

Ao ler O Rei do Inverno, eu percebi que aquilo poderia ser verdade. Aquela afirmação era verdadeira.

Hoje, 15 anos (e 19 livros) depois, eu digo que:

Ninguém descreve uma parede de Escudo igual a Bernard Cornwell.

Mesmo não tendo grandes batalhas nesse volume, é possível se deliciar com as descrições de Cornwell em outros momentos. Momentos em que ele nos transportam para um forte saxão, para uma reunião do Witan, para a prenseça de dinamarqueses, para o convés de um drakkar.

É tão vívida as descrições e tao ricas em detalhes, que nos sentimos dentro do livro.

A alegria de navegar e Cymru

Peguei a esparrela durante um tempo, não porque meu filho não pudesse controlar uma embarcação, mas só pela alegria de sentir o tremor do mar no cabo comprido. […] Pensei se existiam barcos em Valhalla. Imagine uma eternidade com um bom barco, um mar brilhante, o vento no rosto, uma tripulação de bons homens e uma mulher ao lado.

_ Skidbladnir_ eu disse. O Trono Vazio – Terceira Parte – o deus da guerra, página 223.

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Alguns livros dessa série trazia ótimos momentos de Uhtred. Ora dentro de um drakkar, ora em uma embarcação saxã.

Eu sempre gostei de descrições náuticas, mais precisamente sobre vikings. Em O Trono Vazio, seguimos em um barco rumo à Gales, em busca de Cuspe de Gelo, a espada que feriu Uhtred em O Guerreiro Pagão. Durou pouco viagem citada, mas valeu a pena.

No decorrer da leitura dos livros dessa série, me vi pensando que Cornwell nunca abordara histórias escocesas ou galesas, com heróis daquele povo. A menos não de tal forma, que tivesse um protagonista dessas regiões.

Sempre quis ver romances históricos sobre a história desses dois países.

E por incrível que pareça, Cornwell passou bem perto de tal abordagem desta vez. Pudemos ver que Gales também estava (a seu modo) lutando para uma unificação dos povos de sua região. Pela primeira vez é citado o sonho de uma Cymru. Hywel, o Rei Galês é divertido e cativa assim que você o conhece.

Quando viajei para Gales em 2013, via esse nome escrito em todos os lugares. CYMRU.

Foi nostálgico ler sobre o início dessa ideia. Se os saxões buscavam a criação da Anglaterra (Inglaterra), os galeses buscavam Cymru.

Então o livro é muito bom mesmo?

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Não. Até o momento descrevi todos os elementos que me agradaram. No entanto, há alguns pontos na série que já vinham me incomodando desde Morte dos Reis (O sexto livro da série), perduraram em O Guerreiro Pagão, e sobressaltaram-se demais em O Trono Vazio.

Um dos principais é o uso excessivo do deus ex machina usado na obra.

Para quem não está familiarizado com o termo (e isso é normal), o deus ex machina é uma expressão latina de origem grega ἀπὸ μηχανῆς θεός (apò mēkhanḗs theós), que significa literalmente “Deus surgido da máquina”.

Essa expressão é utilizada para indicar uma solução inesperada e improvável para resolver uma situação ou dar fim à uma obra ficcional.

Quem acompanha a série sabe do que estou falando. Uhtred sempre se dá bem. Sempre.

O instinto é uma coisa estranha. Não se pode tocá-lo, senti-lo, cheirá-lo, mas deve-se confiar nele… O Trono Vazio, Terceira Parte – o deus da guerra, página 272.

Alguém pode dizer: Ah, mas isso está na cara! Ele é o narrador da história. Se ele morrer acabou!

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Há outros meios de continuar contando uma história sem Uhtred (como pudemos ver no próprio prólogo desse livro). Porém a questão não é esta.

Longe de mim querer que Cornwell mate seu personagem principal. Não acho que uma obra é boa ou ruim pela quantidade de personagens principais mortos.

Eu só esperava que no decorrer da trama Uhtred não fosse tão sortudo. Às vezes o desenvolvimento e resoluções leva a crer que ele não conseguirá se safar, pois é totalemnte improvável que ele se saia bem… E mesmo assim ele consegue

Começa a ficar inverossímil demais, e você se pega pensando:

Uhtred está cercado por 500 homens?

Tudo bem, alguém aparecerá da colina com um exército maior para salvá-lo. 

Você vira a página e lá está ele sendo salvo.

Uhtred está encurralado?

Ok. O inimigo escorregará e ele ganhará certa vantagem.

E é isso que acontece.

Uhtred se passa por cristão e seu inimigo exige que ele declame uma oração cristã para não matá-lo?

É certo que ele irá lembrar da oração.

Exato.

Sei que isso acontece muito nos outros livros de Bernard Cornwell.  E sempre gostei.

Repito, eu não acho o deus ex machina ruim. Até acho que, usado na medida certa, é interessante e até saudável para uma obra ficcional.

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É aquele momento em que você prende o fôlego e comemora quando seu personagem favorito se salva.

O problema é o uso exacerbado. Passamos ver alguns momentos da trama da seguinte forma: Ou Uhtred é quase onisciente, ou seus inimigos são burros demais em certas situações.

Eu sei que o livro é contado em forma de narrativa e que Uhtred não irá morrer, até o final da série. Assim como Derfel, em As Crônicas de Artur.

Porém, isso não impede de observar que a sorte dele parece nunca ter fim. Me incomoda essa saída ser uma constante.

talvez essas “saída milagrosa” me fizeram indagar se a série não começou a ficar previsível.

Ou isso, ou o fato de que estamos no oitavo livro da série. Então já descobrimos a fórmula de Cornwell e acaba ficando mais dificil de ser surpreendeido.

Conclusão

Vale muito a pena ler O Trono Vazio.

Ainda que nem de longe ele se assemelhe à A Canção da Espada, que para mim ganha nota 5 de 5.

Porém, O Trono Vazio passa longe de Terra em Chamas, que para mim ganha nota 2 de 5.

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O Trono Vazio leva 3 wookies e meio.

O final de Stiorra ganhou minha atenção assim como a tensão do prólogo. A abordagem dos personagens mais novos foi algo muito bem feito e a sensação nostálgica e a passagem de tempo me cativou.

Porém, ao final, confesso que fechei o livro e me senti cansado. Cansado, assim como Uhtred me pareceu.

São oito livros, ou seja, quase 10 anos de jornada pela Inglaterra infestada de vikings.

Sinto que Uhtred, assim como eu, precisa de descanso. As Crônicas Saxônicas chega à um momento em que pede uma resolução… um final.

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Queremos ver Uhtred retomando Bebbnaburg.

Esse é o seu principal objetivo, desde O Ultimo Reino. E não vê-lo próximo de seu objetivo, traz um sabor de derrota.

Aposto que se Uhtred sair de cena e der espaço para seus filhos e àqueles que ele tanto admira, teríamos mais fôlego. Por que sei que essa guerra está longe de acabar.

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As embarcações com cabeça de dragão ainda chegam aos nossos litorais, os escoceses mandam seus bandos de guerreiros para o sul, e os galeses adoram ver um saxão morto. Se fizéssemos o que os padres querem, se transformássemos nossas espadas em arados, estaríamos todos mortos ou escravizados. O Trono Vazio – Terceira Parte – o deus da guerra, página 307

Aguardemos o nono livro, Guerreiros da Tempestade. Previsto para outubro lá fora. E para quem ainda não sabe, teremos em outubro a estreia da série LAST KINGDOM produzida pela BBC que contará essa historia fantástica.

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7 Comentário

  1. 5 de setembro de 2015    

    E que venha o 9º livro, vamos ver como a história vai se desenrolar…

    Abraço!

  2. Lucas de Melo Facó Lucas de Melo Facó
    7 de setembro de 2015    

    Um livro sobre os saxões, os vikings e os normandos da série “Homens de armas” da editora Osprey:

    http://warfare.likamva.in/6C-11C/Saxon_Viking_and_Norman.htm

    Alguns sites sobre os anglo-saxões, os vikings e os normandos.

    1º: http://www.regia.org/main.htm

    2º: http://www.hurstwic.org/

    3º: http://www.vikingsonline.org.uk/

  3. 8 de setembro de 2015    

    Drunk, muito bom o post!

    Me sinto da mesma forma em relação ao excesso de deus ex machina, por mais que o autor tente dar substância para que ocorram, algumas vezes fica chato!

    Acompanho algumas séries que vc recomenda e escreve sobre aqui no seu site: ASoIaF, Crônicas Saxônicas e A Crônica do Matador do Rei. Todos os seus post são muito bons, parabéns pelo trampo!

    Em relação a Crônicas Saxônicas e A Crônica do Matador do Rei, queria te sugerir algo. Um post sobre os personagens coadjuvantes e recorrentes dessas séries. Tipo um compilado com um básico sobre cada um; origem, primeira aparição, principais façanhas, morte, etc. Algo desse tipo seria enriquecedor. Nessas séries longas, como ficamos com um hiato muito grande entre um livro e outro, acabamos nos esquecemos de detalhes importantes desses personagens. Por exemplo, no Trono Vazio eu já não lembrava mais nada sobre a Gisela, continuo não lembrando pq na Wikipedia só tem escrito “Uhtred’s wife”, rsrs. Talvez até já exista um site com esse conteúdo, mas não achei.

    • dwookie dwookie
      9 de setembro de 2015    

      Uma boa ideia! Vou pensar a respeito.

  4. André Dias André Dias
    8 de setembro de 2015    

    Excelente crítica! Terminei o livro ontem à noite (também com a sensação de cansaço abordado por você) e concordo com inúmeros pontos abordados, sobretudo com o “deus ex-machina”.

    Após ler 7 livros da saga, eu parti para “O Rei do Inverno”, e logo no início, Artur e sua tropa aparece como um elemento salvador em uma situação praticamente irreversível. Me lembrou as inúmeras vezes em que Steapa aparece “do nada” para somar forças à Uhtred, ou a vez em que “milagrosamente” foi salvo e libertado da escravidão ou quando Ubba escorregou nas tripas para, então, ser derrotado por Uhtred, etc, etc, etc.

    É uma formulazinha que, mesmo não tirando o mérito e a qualidade da escrita e da imaginação de Cornwell, me faz perder um pouco a imersão na história. Mas, de toda forma, estou bastante ansioso pelo nono livro e pela série da BBC!

    E parabéns pela crítica! 😉

  5. Glaidson Glaidson
    9 de setembro de 2015    

    Drunk, você já sabe se e em qual emissora a série vai ser transmitida no Brasil? Muito bom o post, parabéns e obrigado.

  6. Fernando Fernando
    13 de outubro de 2015    

    Ótima crítica…. eu me identifiquei bastante com suas sensações… mas por outro lado imagino que essa previsibilidade seja intencional. Achei o livro meio morno mas me identifiquei bastante com a situação do Uhtred em não poder participar das batalhas como ele gostaria… daí o motivo de elas não parecerem tão empolgantes pra quem as vê de fora. Eu pratico luta medieval e posso dizer que um duelo de 3 minutos parece interminavel quando se está dentro da arena. Posso estar superestimando o Bernard Cornwell mas acredito que há uma motivação para este clima mais ameno, e realmente nesse livro ele não citou uma vez sequer a conquista de Bebbanburg. Será que ele desapegou de seu objetivo final ?

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